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No outro dia estava de ressaca, um pouco né...

Fui trabalhar completamente exausta, mas fiz todo meu trabalho quieta, e toda hora o Renato aparecia lá na sala e falava que era pra eu poder subir no quarto dele, para conversarmos sobre o que eu tinha visto.

Termino de editar um vídeo do Renato mesmo e mando pra Dani, que ela tinha pedido pra enviar pra ela postar.

Termino vendo que já era hora de ir pra casa e eu teria que ir conversar com o Renato, ou ele iria lá em casa e pioraria a situação.

— Dani, acabei aqui. Vou lá conversar com o macho. - falo me levantando e pego meu moletom da marca do Gui, que ele mesmo tinha me dado.

— vai lá amiga, boa sorte que o bicho tá nervoso hoje. - fala e eu acabo fazendo uma careta saindo da sala e subo pro quarto dele enquanto guardo a marmita na minha bolsa.

Chego e bato na porta, vendo o Bruno e o Eduardo abrirem a porta logo em seguida.

— falou Re, vou lá em baixo. - Bruno fala e chama o Eduardo para descer também.

Ambos me cumprimentam rápido enquanto entro no quarto e fecho a porta atrás de mim e fico escorada na mesma.

— o que queria falar Renato? - pergunto colocando a minha mão pra trás e ajeito a bolsa na outra.

— senta aqui amor, por favor. - pede virando a cadeira do computador pra mim.

Suspiro nervosa e caminho até a cama, me sentando na sua frente.

— vida, eu quero me desculpar por ter deixado aquilo acontecer.

— eu vi a mensagem no seu celular aquele dia. Depois do dia dos namorados o Rezende te falando que a Carla queria te conhecer, você não disse que tinha namorada? - o interrompo

— eu não sei, desculpa. Eu fiquei com medo de isso ir se espalhando e logo todo mundo saber e você sofrer hate. - fala rápido gesticulando.

— Renato, você sente vergonha de me assumir? - pergunto o olhando.

Vejo sua expressão vacilar e suspira alto.

Na hora eu entendi bem. Eu não sou o tipo de pessoa certa para ser assumida para todo um público, porque eu tenho certeza que não me adequaria à isso.

Me levanto o vendo parada olhando pra mim com a expressão confusa.

— aonde você vai? - segura o meu pulso.

Como eu estava de costas, ele não podia ver que eu sequer fui capaz de segurar o choro, até pelo menos chegar em casa.

— vou pra casa, pra mim já deu Renato. - falo sentindo minha voz falhar.

—eu não disse que não teria coragem de te assumir. Eu assumo agora se quiser. Eu te amo além do sol e da lua, Vivi. É com você que eu quero passar o resto da minha vida. Eu não quero que fique insegura com essas coisas bobas, eu sou seu, completamente apaixonado por você e eu não sei como posso te amar mais do que ontem e menos do que amanhã. Não vai embora vida, eu te quero do meu lado. - fala me virando de frente e finalmente vendo que eu estava chorando.

— promete que não vai deixar nenhuma mulher te beijar sem ser eu?

— prometo bebê. Só você pode me beijar, me algemar e fazer o que quiser comigo, sou todinho seu. - fala beijando meu pescoço enquanto me abraça.

— nem mesmo se for a Gisele Bündchen? - pergunto segurando seu rosto o fazendo me olhar.

Seu olhar encontrando no meu, fazendo a minha boca secar, meu estômago se revirar em ansiedade para estar junto dele, o coração se acelerou de uma forma que eu soube que eu sou completamente dele!

— nem mesmo se for a Gisele. Eu amo você, e você é a mulher mais linda da minha vida. - fala sorrindo e me puxa enquanto se senta na cama me puxando pelo cós da calça.

Ele senta na beirada da cama, ficando com as pernas em paralelo e me deixa no meio, fazendo eu me abaixar um pouco e selar nossos lábios em um selinho lento.

— te amo tá? - fala ainda deixando alguns selinhos na minha boca.

— huhum. - respondo deixando a minha bolsa na cama dele.

— é pra falar que me ama também. - bate na minha bunda, me fazendo reclamar.

No momento de distração ele me beija, enfiando a língua devagar na minha boca me fazendo retribuir automaticamente. E porra, como eu senti falta desse beijo e desse homem.

Meu homem!

— ô Re, Dani ta chamando pra reunião. Eita porra! - nos assustamos com o Léo entrando no quarto de supetão e acaba me fazendo morder o lábio do Renato e sai um pouco de sangue na hora.

— aí caralho. Porra Léo, bate antes de entrar. Susto da porra! - Renato fala levantando e passa na mão na boca limpando o sangue.

— amor, me desculpa. - falo olhando o sangue e pego um lenço de papel dele o entregando e ele deixa em cima.

— tudo bem princesa, não foi sua culpa. Vou lá. - levanta com o papel na boca e o Léo sai rindo.

— eu vou pra casa, tô cansada e com cólica. - falo pegando a minha bolsa novamente e colocando no ombro.

— precisa ir no médico ver isso, se quiser eu te acompanho depois. - fala saindo comigo do quarto, me abraçando pela cintura.

Descemos juntos conversando e eu olhando se a boca dele tava inchando, mas estava bem pouco.

— tchau mô. - falo indo pra direção contrária dele e vou embora pra minha casa.

Eu estava bem mais calma em relação ao que estava sentindo. Mesmo sabendo que se eu ficar de bobeira, vão vir mais gente como ela. Tá certo que ela não sabia, porquê ele não falou. Mas é tão difícil assim fazer uma dedução simples com uma aliança de prata na mão direita?

Paro no sinal vendo o por do sol enquanto tocava vestido da fendi. Me fazendo lembrar automaticamente do dia dos namorados e nosso momento juntos.

Gravo stories com a mão no volante mostrando a minha mão com a aliança enquanto toca a música.

Eu nunca tinha mostrado a aliança para o meu público tão diretamente, eles tinham visto eu com o anel do conjunto, mas não de aliança.

Respiro fundo ao ver que a Carla tinha acabado de me seguir no Instagram, assim como a galera da ADR.

Deus dai-me paciência.

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora