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— Amor, eu não tô muito bem não. Você pode ficar com o Henri hoje? - peço ao Renato após constatar um febre baixa com o termômetro.

A mudança climática e minha incrível cartela de problemas respiratórios me causavam uma grande frequência estando doente em qualquer estação do ano, mas com a chegada recente do inverno e os ventos frios, veio junto um resfriado que estava pegando em todos e a vítima da vez era eu e a Karen, que não pode vir trabalhar em casa, por ter que ficar no hospital tomando remédio na veia por um pequeno problema cardíaco somado ao resfriado muito forte.

— você não se sente melhor não amor? - vem até mim.

Eu estava na cama por sentir meu corpo todo doer a cada movimento e tudo tinha começado no dia anterior com uma crise horrível de espirros e uma dor de cabeça lucinante.

— na verdade não, e a Karen está no hospital por causa desse resfriado, então é melhor que ela fique o restante do dia descansando.

— Tá bom, eu vou lá gravar com o muleques e levo o Henri junto, tem certeza que não quer ir ao hospital?

— absoluta, se eu me sentir pior eu te aviso, mas por agora é só essa dor de cabeça, no corpo e esse cansaço.

— eu estou preocupado com você Victoria.

— relaxa, tomei um antialérgico e um remédio de gripe aqui que está me dando um sono que daqui a pouco eu durmo, fica tranquilo. - forço um sorriso fraco sentindo um incomodo na garganta me causando uma crise de tosse, e o Renato de ante mão puxa o frigobar para mais perto da cama e me entrega uma garrafa de água, das muitas que ele deixa no quarto por preguiça de descer até a cozinha pela madrugada.

— calma amor, eu vou deixar algumas coisas aqui pra você e de último caso é pra você descer, tá me ouvindo? - assinto me aconchegando na cama após beber a água.

— relaxa, eu vou ficar bem e dormindo aqui tranquila.

— depois eu vou pedir minha mãe pra fazer uma canja ou alguma coisa assim pra você tá? Até mais tarde. - se abaixa e deixa um beijo na minha testa.

Depois de alguns minutos acabo dormindo pelo efeito dos remédios.

P.o.v Renato

Estava preocupado com a Vivi sim, mas após insistência dela eu fui trabalhar e acabei por levar o Henri junto, já que a Karen também estava gripada e o meu medo era o Henri pegar essa gripe, por ser um bebê ainda.

Chego em casa e visto meu moletom vermelho que estava ao lado da cadeirinha do Henri que dormia tranquilo com a touca quase cobrindo seus olhos.

Saio do carro e dou a volta pegando meu pequeno o aconchegando no meu colo e pego a naninha dele.

Entro em casa por cima mesmo e passo pela sala da Dani a vendo trabalhar.

— oi Dani, vi que tinha mandado uma mensagem, mas não deu pra responder, a Victoria tá doente e o Henri fica só comigo. - me explico para a minha irmã que se levanta e vem ver o sobrinho que dormia tranquilo no meu ombro.

— ô titia, coisa linda da minha vida. - fala acariciando o rosto dele devagar o fazendo suspirar. — o que a Vic tem? Ela me mandou mensagem mais cedo só falando que não ia poder vir hoje.

— ela pegou uma gripe forte e hoje acordou com febre e enxaqueca, ela tomou uns remédios e provavelmente já dormiu de novo.

— ah entendi, bom se precisar chama, vai colocar ele lá no seu quarto?

— tô pensando, mas eu tenho que deixar ele perto ou pode acordar e estranhar.

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora