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Estava dormindo tranquila, ao lado do Renato e o Henri estava no berço ao lado da cama, quando ouço o choro manhoso do mesmo, que me faz levantar na hora.

Pego o bebê no berço vendo que ele estava chorando de sair lágrimas, o que me assusta um pouco.

Olho a fralda dele, não vendo nada e constato que é fome. Tiro a blusa que estava vestida e tiro a parte do sutiã de amamentação, o encaixando certinho no meu peito, para eu não me machucar.

Assim que ele pega direitinho, sinto uma dor pela sucção forte dele. Me sento na cama, colocando o travesseiro um pouco em pé e escoro as costas nele enquanto espero o Henri mamar. Reparo que ele fica agitando as perninhas enquanto mama.

— calma bebê, a mamãe está aqui com você. Tá tudo bem, você está seguro, o papai está do seu lado também. - converso com ele, segurando a mãozinha dele que estava um pouco fria e pego a luvinha dele que ele mesmo tinha tirado e coloco na mão dele.

Fico por quase uma hora amamentando o Henri que resmungava o tempo todo e agitava as perninhas. Assimilando que ele fazia o mesmo na barriga.

Assim que vejo ele satisfeito, o tiro do peito e limpo a boquinha dele que chegava a está cheia de leite e no queixo também.

— prontinho filhote, hm mamãe que cheiro de leite. - cheiro o pescoço dele.

— Vivi, tá acontecendo alguma coisa? - me assusto com a voz rouca do Renato.

— não, Henri tava chorando querendo mamar. Agora vou colocar ele pra arrotar. - pego a toalhinha de boca dele e deixo no meu ombro.

— deixa que eu faço isso, descansa.

— não, você trabalha amanhã. Não é nem justo!

— não tem problema, eu já virei noites editando, jogando e fazendo tanta coisa, aguento virar com o meu filho também.

Suspiro pensando e o entrego o bebê e ele o coloca contra seu peito e eu ajeito a toalhinha de boca.

Deito novamente me sentindo bastante cansada e olho os dois e sorrio, admirando como se pareciam.

Seguro o pezinho do Henri ficando boba com o tamanho tão pequeno.

Fico alguns minutos reparando cada detalhes do meu filho e acabo dormindo rápido.

Acordo horas depois vendo que são seis da manhã e o Renato estava dormindo do mesmo jeito que o vi a última vez, com o Henri no peito dele, dormindo igual o pai dele.

Levanto e pego o Henri, fazendo o Renato assustar, provavelmente pensando que o neném estava caindo.

— calma, tô pegando ele. Pode dormir. - falo baixo e ele assente, deitando de lado e abraça o meu travesseiro.

Deito o Henri no berço dele, de lado e o cubro, vendo ele se esticar com preguiça.

Vou no banheiro e aproveito para tomar um banho, antes que ele acorde.

Visto o absorvente pós parto e uma cinta , já que a minha barriga estava bem inchada ainda.

Penteio meu cabelo, deixando umido e desço para a cozinha.

Preparo café e esquento um pouco a canjica que a Irene tinha feito. Arrumo a mesa para quem for acordando ir comendo também.

Sento na cadeira e como em silêncio após a canjica esquentar.

— bom dia, dormiu bem? - Dani entra na cozinha e me abraça de lado.

— bom dia amiga, dormi. Ficava acordando as vezes, mas na hora que dormi mesmo o Henri chorou pra mamar, depois o Renato acordou e colocou ele pra arrotar e aí eu dormi tranquila.

— eu ouvi ele chorando, deu uma dózinha Vivi.

— chegou a sair lágrima amiga, ele é bem fominha viu, quando tava cheio e eu tirei ele do peito, tava todo babado de leite.

— eita, assim que é bom. Você que colocou a mesa?

— foi, eu não tava fazendo nada mesmo. - dou de ombros.

Estávamos em uma conversa sobre tudo o que aconteceu, quando ouço o choro do Henri e o Renato descendo com ele no colo e a cara amassada de sono, sem camisa.

— ele está com fome, acabei de trocar a fralda. - fala vindo até mim e eu levanto, pegando meu filho e cheiro seu pescoço.

— obrigada. - o agradeço por ter trago o bebê e ele apenas assente com a cara de sono e se senta para comer.

Pego a fralda de boca no ombro dele e coloco o Henri pra mamar, tomando todo o cuidado para ele não pegar meu peito de um jeito errado.

Passo os dedos devagar pelos cabelos pretos do meu filho o admirando e pensando em como ele é lindo e fofo.

— vai levar ele lá na casa Vivi? - Dani pergunta e eu a olho pensando.

— só semana que vem, eu tô com medo de sair assim com ele, vou esperar um pouquinho.

— a galera vai surtar, ele é tão fofinho da dinda. - pega o pezinho dele.

— ele é não é? Ele é tão grande pra ter nascido de oito meses e meio, imagina se ele nasce de nove, aí eu precisaria definitivamente fazer o corte. - falo e bebo um pouco do suco de goiaba que tinha ali na mesa.

— dói tanto assim? - Dani me olha fazendo careta.

— dói, mas é mais uma ardência e passa muito rápido, só que eu ainda não vi minha perseguida.

— fiquei sabendo que volta ao normal.

— meu obstetra disse o mesmo, sem contar que tô menstruando tudo que não menstruei esses oito meses.

— misericórdia, parem de falar de sangue e vagina no café da manhã! - Renato fala fazendo careta.

— não quer ouvir, tampa os ouvidos. - respondo e volto a conversar com a Dani a fazendo rir.

— quem vê até pensa né. Fazer foi bom né, agora falar sobre te incomoda. - Dani fala me fazendo rir.

— foi ótimo se quer saber. Fazer é sempre gostoso. - fala na cara de pau me deixando chocada.

— Renato, respeita a sua irmã! - o repreendo.

— não Vivi, tudo bem. Eu já tô acostumada com ele falando essas coisas o dia inteiro, ainda mais agora que vocês não estão juntos, ele só fica falando o dia inteiro que está na seca.

— se depender de mim que fique. - dou de ombros a fazendo rir e se levantar.

— eu tô indo para a academia, tchau pra vocês. Tchau amor da minha vida, gostoso da titia. - Fala com uma voz engraçada, enquanto mexe com o Henri que nem da bola.

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora