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— além de mentirosa, agora é bisbilhoteira? Foi isso mesmo que ouviu Victoria. Será mesmo que esse neném aí é mesmo do Renato? Aquele dia você estava tão fácil, que eu vi no mínimo três passando a mão em vo... - no momento de raiva apenas fecho a mão e segundos depois sinto os nós da mão doer e a Dhara com a cara virada pro lado, e todo mundo chocado me olhando.

— escuta aqui, sua cachorra. Eu já tô cansada de você interferindo na minha vida e no meu relacionamento. - a seguro pelos cabelos a fazendo me olhar e seguro o seu pulso direito que vinha em direção ao meu rosto. — você tem que aceitar que ele não te quer, eu sou a mãe do filho do Renato. Olha o papel que você está de prestando, Magali e Mario sabem disso tudo?.

— cachorra é você, vagabunda. Eu vi você quase dando pro Coronado na boate, é de esquina ainda, porque nem cobrou né? Pelo o que eu saiba você precisa de dinheiro, vai ver essa criança vai ter que ser sustentada por uma prostituta e vender bala no sinal, já que a mãe se comporta assim. - fala sorrindo maldosa.

A raiva era tanta que a jogo no chão e desfiro alguns tapas e socos na sua cara, suas unhas arranham meus braços, mas eu não estava nem ligando pra isso.

— PARA COM ISSO, PELO AMOR DE DEUS! - ouço a Irene gritando e logo alguém me segurando pelos braços. E vejo a Dhara sendo segurada pela Dani.

— para Vivi, pensa no Henri. Calma mulher! - Mika fala me segurando.

— EU TÔ CANSADA DE VOCÊ SE INTROMETENDO NA MINHA VIDA, EU TÔ' CANSADA DE SER TAXADA DE UM MONTE DE NOME QUE NÃO É JUSTO. EU NUNCA DEPENDI DE NINGUÉM PARA ME SUSTENTAR, EU SEMPRE TRABALHEI PARA TER TUDO QUE TENHO. VOCÊ NÃO É NINGUÉM PRA FALAR DE MIM, EU PELO MENOS FIZ AS ESCOLHAS QUE ME TROUXERAM ATÉ AQUI, E SE EU ESTOU GRÁVIDA, FOI PORQUE EU E O RENATO QUISEMOS, E SE QUER SABER FOI A MELHOR FODA DA NOSSA VIDA, MAS VOCÊ NÃO SABE O QUE É, PORQUE VOCÊ É SECA. EU TÔ CANSADA DE VOCÊ SEMPRE SE INTROMETENDO NA MINHA VIDA. FALA DE MIM, MAS NÃO FALA DO MEU FILHO, ou eu juro que vou arrebentar a sua cara todinha. - falo a última parte baixo a olhando nos olhos.

Eu sentia meu cabelo grudado no meu rosto pelo suor. Eu estava tremendo de raiva.

— eu não menti. Você é metida, se acha demais por estar grávida, quer ser o centro de tudo. Eu sempre notei os seus olhares pro Renato desde quando a gente namorou. É uma vagabunda que dá em cima de homem comprometido, aposto que até do Thiago já deu em cima.

Fecho os olhos e consigo um jeito de sair dos braços da Mika e corro até a Dhara que me olhava rindo me chamando.

Fecho a mão, dando outro soco na cara dela, com o ódio que eu estava, eu ficaria horas descontando a raiva na cara dela. Essa sínica!

— desgraçada, a única que faz essas coisas é você! Que até em cima do Renan já deu, e ninguém me falou, eu via. - falo enquanto sinto outra pessoa me tirar de cima dela que me olhava com raiva.

— para Victoria, vai machucar o Henri. - ouço a voz do Renato no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

Eu estava ofegante e muito cansada. Olho em volta e todos os meninos estavam aqui olhando tudo atonitos.

Mika estava levantando ela que me olhava com raiva.

— isso não vai ficar assim não. - fala me olhando, enquanto limpa um pouco de sangue do canto da boca.

— cai pra mão, bom que eu termino de te arrebentar. - fecho a mão novamente, pronta pra reagir se ela viesse até mim.

A vejo dar dois paços e o Boquinha entra no meio separando e a Mika a segura por trás.

Vendo todos aqui, assistindo essa cena, só consigo sentir vergonha por isso. A Irene chorava nos olhando, fazendo minhas pernas fraquejarem.

— Irene, me desculpa. Pelo amor de Deus! - me solto do Renato indo até ela que só coloca a mão na frente e sobe pro quarto com a Emily indo atrás dela.

Me sento no sofá, completamente ofegante e seguro uma almofada contra o rosto, liberando um grito de raiva, seguido por um choro compulsivo.

— Victória, olha pra mim. - ouço a voz do Renato e o mesmo tira a almofada do meu rosto.

Todo mundo estava quieto na sala. Eu acho que estavam tão surpresos quanto eu por essa reação agressiva que tive. Eu nunca fui assim...

— me desculpa, eu não deveria ter feito isso na casa da sua mãe. Me leva de volta pra casa pelo amor de Deus, eu estou tão envergonhada Renato. - seguro suas mãos nervosa, ainda tremendo por causa da raiva e do choro agora...

— Dani, pega um copo d'água por favor? - pede pra Dani que olhava preocupada. — calma Victoria, respira e expira. Se acalma, pelo Henri, por favor. - pede com os olhos marejados.

— ela disse coisas tão horríveis, Renato. Ela é tão suja, meu Deus do céu, ela falou do meu filho que ainda nem nasceu. - falo chorando.

— você sabe que nada daquilo é verdade, você vai ser uma mãe perfeita. Calma, vem cá! - me abraça, me fazendo sentir seu perfume.

Seguro sua blusa enquanto o sinto me pegando no colo e sobe comigo pro quarto.

Assim que chegamos, ele me deita na cama e se deita na minha frente, após tirar o tênis.

Ele se deita de barriga pra cima e coloca a minha cabeça no seu peito, fazendo um cafuné, que vai me acalmando aos poucos.

— calma bebê, tá tudo bem. Eu acredito em você, dorme um pouquinho. Eu vou resolver tudo para que não aconteça mais nada, fica calma e descansa. Já passou tudo... - ouço suas voz calma e acabo pegando no sono rápido, pelo cansaço enorme que estava sentindo...

Minha barriga estava toda dura e eu sentia muita dor na base da coluna, eu sentia como se estivesse em uma sauna bem apertada.

Acordo sentindo a dor mais aguda, que me faz gritar de dor, chamando a atenção das pessoas da casa e vejo o Renato entrando no quarto correndo, ao lado da enfermeira que já tinha até ido embora após eu ter ido dormir de tarde.

— tem alguma coisa acontecendo com o Henri. - falo chorando...

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora