13

2.1K 140 19
                                    

Tinha acabado de tomar banho e estava me arrumando para fazer o jantar, após ter arrumado a casa e aberto as janelas para arejar um pouco.

Separo tudo para fazer uma lasanha e um pudim para sobremesa, quando ouço a campainha tocar derrepente me assustando.

Vou até a porta da frente que já estava aberta e sigo até o portão fazendo os sensores acenderem.

Abro o portão vendo que o Renato que tinha tocado a campainha. Aproveito e abro o portão de garagem para que ele possa entrar com a moto dele.

Enquanto ele entra já fecho o portão novamente e o espero estacionar direitinho.

— veio rapidinho nego. - falo com ele que me segue pra dentro de casa após deixar o capacete na garagem mesmo.

— é, vim mesmo, tipo literalmente! - fala rindo me fazendo negar.

— vem. Eu ia começar a preparar agora, não vai demorar nada porque eu cozinho rápido. - falo voltando pra cozinha e coloco meu avental novamente para não sujar minha roupa limpa.

— precisa de ajuda? - pergunta se escorando na mesa.

— sabe fazer pudim? - pergunto o olhando por cima do ombro enquanto coloco o macarrão pra cozinhar e ia para os temperos para o molho da lasanha.

— hm não. - fala me fazendo rir.

— tudo bem, eu te ensino. É bem rápido. - passo as instruções de como fazer o pudim de forno e logo o mesmo esta fazendo direitinho.

E enquanto o pudim dele está no forno elétrico, termino de montar a lasanha e coloco no forno do fogão. Confiro o arroz e vejo que estava pré-cozido.

— vamos lá na sala enquanto as coisas cozinham.

— bora gata.

Me jogo em uma parte do sofá e ele se joga na outra parte ficando com a cabeça próxima a minha.

— queria me dizer algo hoje Re?

— queria, mas estava com vergonha.

— da onde isso? Você não é tímido não Renato.

— ah as vezes eu sou sim. - fala me olhando.

— tá, fala aí oque estava com vergonha, só tem nós dois em casa mesmo. - dou de ombros.

— é que hoje você estava muito linda. - fala me fazendo parar e olhar pro teto paralisada.

— é, obrigada eu acho. - falo já gaguejando.

— olha pra mim Vi. - pede e eu me viro de barriga pra baixo no sofá, levantando meu tronco para o olhar. — eu tô falando sério.

— onde quer chegar com isso Renato?

— você sabe bem que eu não te vejo só como amiga. Você sabe que eu gosto de você porque eu não te escondo isso quando estamos só nós dois. - fala fazendo meu coração acelerar.

— você sabe que é complicado Rê. - digo ofegante sentindo as palmas das minhas mãos suarem.

— a gente não precisa fazer isso ser complicado. Só nós dois e mais ninguém vai saber, não precisa ter rótulo nem nada.

Pisco um pouco rápido para ver se de fato eu estava ali com ele, e ele falando isso.

— eu nunca imaginei isso Renato, tá que eu gostei do nosso beijo, gostei muito na verdad... - sou calada derrepente com a sua boca contra a minha selando nossos lábios.

Afasto o rosto um pouco assustada e me ajeito no sofá, ficando finalmente sentada de uma forma confortável.

— tá, mas ninguém pode saber, ninguém mesmo e não vamos ter rótulos, a vida apenas vai nos levar até aonde der e se caso aconteça algo não podemos deixar isso ferir a nossa amizade.

— tá bom, ta bom vem cá. - me segura pela cintura me fazendo sentar de lado na sua perna.

Junto meus lábios aos seus, dessa vez aprofundando o beijo o deixando me guiar. Sua língua passava de leve sobre a minha me fazendo querer mais e mais, e não parar.

Ouço o forno elétrico apitar, me fazendo nos afastar e só aí noto que já estávamos nos beijando a uns belos minutos, e que beijo!

— deixa eu ir ver o pudim e a lasanha. - deixo um selinho sobre seus lábios um pouco avermelhados e inchados e vou até a cozinha vendo que o pudim já estava pronto e a lasanha quase pronta já.

Deixo o pudim esfriando e coloco a segunda água no arroz e tiro a salada da geladeira caso ele queira também.

— Rê, você come lasanha acompanhada de alguma coisa ou pura? Eu tô fazendo um arroz porque eu amo e tem salada. - falo parando na porta da cozinha.

— tanto faz Vi, o que tiver pra mim tá bom. - assinto o vendo vir até mim.

— okay, bom saber.

Espero mais alguns minutos a lasanha ficar pronta e coloco a luva térmica e pego a travessa de vidro dentro do forno e coloco sobre o apoio na mesa, justamente para comida quente não se chocar com o vidro.

— aqui ou na sala de jantar Re?

— acho que aqui é mais descontraído, na sala de jantar parece uma reunião. - fala me fazendo rir.

Nós dois ajeitamos a mesa juntos e nos servimos.

— hmmm meu Deus, isso tá maravilhoso Victória. - fala após provar o primeiro pedaço da lasanha.

Sorrio feliz por ele ter gostado da minha comida e pego um pedaço pra mim o comendo, constatando que ele não tinha falado por educação, estava de fato muito gostosa.

— que bom que gostou Rê. Quer uma marmitinha pra amanhã no almoço?

— acho que vão desconfiar se eu chegar em casa com uma marmita de lasanha e você chegar amanhã com a mesma marmita.

— deixa que eu levo e digo que te falei que fiz lasanha e você quis um pedaço. - pisco o fazendo sorrir de lado.

— Cê' é linda, sabia? - fala me fazendo o olhar tímida.

— deixa de ser bobo, come aí à vontade Rê. - falo terminando de comer e me sentindo satisfeita.

— não vai comer mais não?

— não, já enchi. - dou de ombros o vendo parar me olhando de lado.

— ah pois vai comer sim. Da onde já se viu, pegou um pedaço minúsculo e mal comeu e diz que tá cheia. - fala me fazendo rir.

— sério Rê, eu não quero mais. Eu fiquei provando enquanto fazia e meio que já "forrou" o estômago.

— ah sim.

Levanto e desinformo o pudim e deixo na mesa. O cheiro estava divino.

— hmm, parece que está bom e olhe que foi você que fez. - falo brincando enquanto ele termina de comer.

— não vai ser a única coisa boa que você vai provar de mim não. - pisca fazendo meu coração acelerar..

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora