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- mamã. - escuto o Henri me chamar e em seguida o pequeno coloca a boca no meu queixo me mordendo.

- aí Henri, o que foi filho? - abro os olhos, vendo o bebê todo animado me olhando enquanto cai uma quantidade considerável de baba pelo seu queixo.

- fala com a mamãe o que você quer filho. - Renato fala o segurando e o pequeno deita no meu peito me olhando.

- o que foi meu amor? Fala com a mamãe o que você quer.

- tête - murmura ofegante batendo as mãozinhas no meu peito me fazendo rir.

- mas já, meu amor?

- ele me acordou falando isso, ele tá tão espertinho né? Filho fala o que o papai ensinou hoje

- não que - Henri fala a sua primeira frase negando me fazendo parar atônita o olhando.

- meu filho quem te ensinou isso? - o seguro o deixando sentado na minha barriga enquanto ele puxa a minha blusa pra baixo.

- bobó papai.- resmunga querendo chorar por eu não deixar ele puxar a blusa.

- minha mãe é ótima viu! - Renato fala rindo.

Sento na cama e prendo o cabelo em um coque alto, seguro as mãos do Henri e o mesmo levanta desajeitado e se joga no meu colo puxando minha blusa enquanto eu mesma a tiro e ele mama me olhando.

- oi meu amor, você é lindo minha vida. - passo a mão devagar pelo seu rosto, afastando o cabelo dos olhos.

- ele é o bebê mais lindo do mundo amor, olha isso! - Renato senta ao meu lado e deita a cabeça no meu ombro olhando o Henri que mexe com ele, colocando o pé quase na cara do seu pai

- ele é. Eu tento não pensar, mas imagina se o nosso outro bebê estivesse ficado, teríamos dois filhos já.

- quem diz que em dois anos a nossa vida mudou tanto né?

- sim, demais amor. Obrigada por me fazer ver o mundo de outra forma e me mostrar o melhor de tudo que posso ter vivido.

- eu vivo e vivi tudo o que sonhei e além disso com você, porquê você é tudo e mais um pouco que eu idealizei como amiga, esposa, namorada, companheira.

- você é o homem que eu sempre sonhei amor, você é chato, me irrita, me deixa doida em todos os sentidos, mas eu não sei se saberia viver sem você.

- eu te elogiando e você me esculhambando aí, ninguém me ama mais, até a minha esposa fala de mim, eu sei que você pensou que eu tô barrigudo.

Paro o olhando fazendo drama segurando o riso, não aguentando por muito tempo, gargalhando alto fazendo o Henri assustar e me empurrar parando de mamar para olhar o pai dele que fingia chorar, no seu habitual drama.

- papai. - fala se jogando no colo do pai dele achando que ele estava chorando de verdade

- aí filho, o papai tá chorando porque a mamãe chamou o papai de bigorna. - fala segurando o Henri que prestava atenção em tudo.

- não mamãe. - fala me olhando com a cara de bravo, me fazendo paralisar o olhando e a reação do Renato não era muito diferente.

- agora eu vi mesmo, ah pronto... - coloco as mãos na cintura levantando da cama.

— isso filhote, defende o papai da mamãe. - fala segurando o pequeno no alto fazendo aviãozinho com ele o fazendo gargalhar alto.

Ouço meu celular tocar e visto minha blusa novamente e vou pegar o mesmo que carregava desde a noite passada.

— oi Anna, tudo bem amiga?

Vivi amiga, eu tô grávida! - fala ofegante me fazendo paralisar.

— mas hein, como assim Anna Bueno?

— grávida Victoria, igual você ficou com o Henri na barriga.

— meu Jesus amado, e agora?

— amiga eu vou surtar

— amiga, é benção. Eu estou muito feliz por você, como você tá? - sento na cama de costas para o Renato que fazia bagunça com o Henri

— eu estou em choque né amiga, mas não conta pra ninguém ainda por favor.

— pode deixar, eu não conto. Aqui, tudo que precisar pode contar comigo viu?

— obrigada amiga, é tão bom ouvir isso. Vou pro trabalho agora, só liguei pra contar a novidade mesmo.

— sabe desde quando?

— ontem a noite menina, foi uma surpresa, mas deixa eu ir que tô atrasada já.

— vai com Deus amiga, qualquer coisa da o toque

— pode deixar amiga, com Deus também, beijo.

— beijo amiga! - desligo a chamada sorrindo igual boba e me jogo na cama

— o que a Anna queria?

— me contar um babado ótimo. - seguro o pé do Henri fingindo que vou morder o fazendo rir

— que babado?

— não posso contar, não é meu. - jogo meu celular na cama e levanto novamente para ir tomar um banho e escovar os dentes.

— ah chata, bora trabalhar? - levanta fazendo o Henri reclamar.

— vou só tomar banho e escovar os dentes. Ô gordinho da mamãe, parou de manha hem o cururu te pega. - falo com o Henri o fazendo parar na hora e me olhar assustado

— fica fazendo medo no meu filho não hem. - pega o pequeno

Sorrio e entro no banheiro pra tomar banho e escovar os dentes.

Após todo o processo me visto com uma calça preta cargo e um cropped preto liso de alcinha e calço meu ALL star preto

— segura o gordinho! - Renato chega rindo com o Henri que estava com o cabelo todo suado e risonho

— que bebê mais gostoso da mamãe meu Deus! - vou pro quarto dele e começo a separar uma roupa pra ele e coloco a banheira dele pra encher enquanto tiro seu pijama e fralda.

— cocô eca! - fala após eu abrir a fralda e ver que ele tinha feito cocô

— eca né Henri, foi você que fez. - rio da cara dele e o limpo pegando a toalha dele de uma vez e o levo para tomar banho.

Assim que o coloco na banheira tento ao máximo não o deixar agitado e termino rápido vendo seus olhinhos cansados.

O levo de volta para o quarto e visto uma roupa mais fresquinha nele e me sento na poltrona de amamentação do quarto o deixando mamar enquanto dou tapinhas leves no seu bumbum o fazendo dormir quase que instantaneamente.

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora