111

839 53 17
                                    

Tinhamos finalmente voltado para Londrina e eu estava morrendo de saudades do meu bebê, e a Irene iria o trazer hoje mais a noite, e no caso tínhamos chegado cedo.

Subo pro quarto do Renato para arrumar algumas roupas nossas no closet e organizar as malas certinho para levar pra nossa casa.

— meu amor, gostosa da minha vida cadê você? - Renato fala no quarto e a sky vem correndo no closet pulando em mim me fazendo cair.

— ai, sai sky. Tô aqui amor! - falo afastando a sky que lambia o meu rosto.

— Sky, para com isso! - fala sério e ai a cadela para de me lamber e pular em mim.

— obrigada, o que foi meu amor? - levanto e paro a sua frente ajeitando a sua camisa.

— nada não, só estava com saudades. - fala me abraçando e deixa as mãos na minha bunda.

— ah meu bebê, eu também estava com saudades, apesar de que nos vimos a menos de uma hora atrás.

— aqui, seu advogado ligou e disse que tem audiência marcada sobre a casa da sua vó, apesar de que já é causa ganha com testamento, mas os seus pais são doidos e estão falando que seus irmãos também tem direito.

— meus pais e meus irmãos vírgula né, eu não tenho pais e muito menos irmãos. - nego  ficando brava

— tudo bem, tudo bem. Agora, sabia que foi a Dani que me lembrou que o Henri faz aniversário mês que vem?

— mas já? Meu Deus, eu esqueci completamente! Eu tenho que começar a organizar a festinha dele, ai meu Deus. Meu neném já vai fazer um aninho! - faço drama abraçando meu marido que ri.

— ele tem que crescer né amor, eu pensei e se a festa fosse de balões ou mundo encantado?

— e se fosse candy land do Henri? Muitos doces, alguns brinquedos grandes, carrossel, tudo colorido? - sugiro

— ótimo, temos que ver isso depois. Saudades do meu bebê. - faz o drama dele passando o indicador debaixo dos olhos me fazendo rir.

— eu também. - falo ainda rindo e volto a organizar as roupas no lugar certo.

Termino um tempo depois me sentindo extremamente cansada.

Fecho os olhos em pura preguiça, voltando até o closet aonde escolho uma calça de moletom cinza e um cropped preto e procuro uma calcinha minha na gaveta de cueca do Renato, achando algumas.

Aproveito para pegar uma toalha limpa e entro no banho, sentindo um alívio enorme por estar em um ambiente em que eu conheço e que sei que não vai pular nenhuma rã em mim ou qualquer bicho.

Fico alguns minutos pensando no processo que enfrentaria contra os meus progenitores e a dor de cabeça que isso está me causando  ultimamente.

Saio do banho com o cabelo molhado e só penteio o mesmo, não sentindo vontade alguma de secar. Me visto de maneira rápida e acabo calçando um chinelo meu que estava no meio dos sapatos do Renato.

— Amor, tá aqui?

— não, ainda tô na Amazônia! - respondo o Renato enquanto passava um hidratante no rosto.

— cavala. Quer gravar comigo? - para na porta do banheiro me observando de braços cruzados.

— gravar o quê? - paro o olhando, mas logo volto a massagem facial que fazia em mim mesma.

— vamos fingir uma briga foda pra todo mundo, você pode até me bater. Eu deixo!

— mas você já apanha. - paro o olhando de cima a baixo

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora