Truth, Lies and All In Between Part 2

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Oláaaaa!Quem é vivo sempre aparece né?! Mas cá estou e com um novo capítulo para vocês.Como o natal se aproxima, pretendo postar um capítulo hoje e o especial de natal na sexta, dia 24. Espero que gostem.Boa leitura e beijos de luz <3


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Lauren's POV

Eu esperei por ela em seu quarto.

Sabia que não devia, é claro. Camila detestava que eu fosse lá sem a autorização dela. Na verdade, detestava que eu fosse lá e ponto. Eu devia ter ligado ou algo assim, mas achei que seria pior. Dar a ela tempo para se preparar apenas a faria estar com a armadura levantada quando finalmente conversássemos. Pegá-la desprevenida era minha melhor chance e aquele era o melhor lugar. Talvez o único lugar no mundo inteiro onde teríamos privacidade. A irritação dela por eu estar em seu quarto e por ter aberto a porta com um grampo seria o menor dos meus problemas quando ela soubesse da verdade.

Sentada na cama dela, eu remexi o rascunho de Mason nas mãos, nervosa. Aquela era minha bandeira branca. Minha oferta de paz. Olha, Camila, eu agi pelas suas costas, mas pelo menos descobri algo útil! Você não precisa me odiar.

Não me odeie. Por favor, Camz, não me odeie.

Ela devia ter me escutado, pois escolheu aquele momento para entrar no quarto. Vai ver foi telepatia, intuição, ou o destino tentando me dizer alguma coisa. Talvez eu devesse desistir, dar a ela uma desculpa para estar ali. Ainda havia tempo de envolvê-la em meus braços e fugir dos problemas. Seria tão fácil, e falar com ela era tão difícil... Falar sobre aquilo então seria a coisa mais difícil que eu faria na vida, mas eu não tinha escolha. Fugir agora não seria justo e tocá-la novamente enquanto não revelasse ao menos parte da verdade seria ainda pior. Eu já havia errado o suficiente com ela, já teria que esconder coisas demais... Aquilo eu precisava contar.

Assim que ela me viu, fechou a porta atrás de si apressadamente.

– O que você pensa que está fazendo aqui? – ela perguntou, irritada – Desde quando acha que pode sair invadindo meu quarto quando bem entende? Achei que tivesse deixado claro ontem que isso não deve se tornar um hábito.

– Eu sei, mas precisava falar com você. – eu tentei justificar. Ela deve ter captado algo diferente em minha voz, pois ao invés de me dar uma resposta espertinha, apenas revirou os olhos e foi em direção ao seu cabideiro, retirando sua jaqueta e a pendurando.

Ela notou o arranhão no braço ao mesmo tempo que eu.

– O que foi isso? – eu perguntei, apontando com a cabeça para o machucado.

– Acidente de trabalho. – disse ela, analisando o corte – Encontrei um vampiro enquanto estava com Dinah. Ele deve ter me acertado e eu nem notei. O desgraçado tinha uma faca, acredita? Desde quando vampiros andam armados?

– Falta de classe, realmente. – eu tentei brincar, mas minha voz não saiu divertida. Camila, no entanto, não pareceu reparar.

– Você e Normani encontraram alguma coisa? – ela perguntou, aproximando-se de mim e estendendo o braço em minha direção.

– Não, foi uma perda de tempo. – eu respondi, segurando o braço dela delicadamente e levando meus lábios até a ferida.

Para alguém de fora a situação poderia parecer estranha, mas aquele andava se tornando um hábito nosso. Sempre que Camila se machucava, oferecia a ferida para que eu a fechasse. Minha saliva a fazia cicatrizar mais rápido do que qualquer remédio humano conseguiria, e não era como se eu não adorasse o gosto do sangue dela.

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