About Love And Loathing, Part 1.

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Camila's POV

Ficar de tocaia sempre me entediou.

– Por quanto tempo nós ainda vamos ter que ficar aqui paradas enquanto suas amiguinhas brincam de caça-vampiros? – perguntou Lauren, em tom frustrado. É, eu não era a única entediada.

Ambos estávamos sentados no telhado de uma das criptas do cemitério, observando Dinah e Ally "patrulharem" o lugar.

– O tempo que levar até elas localizarem um vampiro. – eu respondi, em tom monótono.

– Eu ainda não entendi porque elas estão fazendo isso. Quero dizer, elas não são nem caçadoras! – argumentou Lauren.

– Elas são os únicos que sabem operar essa máquina. Enquanto está em fase de testes, são as duas que precisam usá-la. Eu recebi a missão de protegê-las, você veio porque quis. – eu disse, revirando os olhos.

Dinah e Ally haviam desenvolvido um radar de vampiros. Não me pergunte como aquele treco funcionava, mas se desse certo, mostraria todos os vampiros presentes em um raio de vinte metros. Seria inútil para mim, que nascera com um radar embutido, mas facilitaria muito a vida dos caçadores humanos.

Ficar de olho em Dinah e Ally enquanto elas testavam o novo brinquedinho era só parte do motivo pelo qual eu e Lauren estávamos de tocaia. Dois dias haviam se passado desde que eu recebera o colar, e não havíamos descoberto mais nada que valesse a pena. Reid havia sugerido então que tentássemos capturar algum dos vampiros que serviam o tal Mestre para interrogatório. Eu argumentei que não havia funcionado nas tentativas anteriores, já que os vampiros sempre pareciam preferir morrerem antes de trair o chefe, mas então Simon interferira com uma suposição interessante. Segundo ele, os vampiros que havíamos capturado haviam sido aqueles que vieram até nós. Talvez o tal Mestre estivesse mandando seus servos mais fiéis atrás de nós, para no caso de acontecer um interrogatório. Se capturássemos um vampiro que não soubesse de nossa presença, talvez obtivéssemos um resultado diferente.

Estávamos certos de que qualquer vampiro serviria, já que ultimamente parecia que todos os mortos-vivos de Miami haviam se aliado ao tal vampirão chefe. Só precisávamos colocar as mãos em um que não estava procurando por nós. Por esse motivo, Lauren e eu estávamos no alto, esperando que algum vampiro atacasse Dinah e Ally.

Horrível, eu sei.

Juro que eu me sentia meio mal por estar usando as duas de isca sem que elas soubessem disso. Mas elas não podiam estar esperando uma noite tranquila andando em um cemitério quando elas sabiam as coisas que vagavam pela noite em tais lugares. E além de tudo, elas sabiam que Lauren e eu estávamos por perto no caso de algo sair do controle. Então o fato de elas estarem sendo iscas era meio irrelevante.

– Claro que eu vim. – Lauren continuava a conversa – E perder a chance de ver a Hansen e a nerd gritando que nem garotinhas mimadas quando forem atacadas? De jeito nenhum.

– Você é tão... – eu comecei a dizer, mas não consegui terminar. No segundo que levara para eu virar minha cabeça em direção a Lauren, um vampiro atacara Dinah. Só o que me fez ciente de tal fato foi o grito que Ally soltou ao ver o monstro.

Realmente fora um grito de garotinha mimada.

Sem nem parar para pensar, eu pulei do teto da cripta, correndo em direção ao vampiro que rolava com Dinah no chão. A criatura devia estar esfomeada para atacar com tanto foco apenas uma das duas garotas, já que dessa forma dava a outra possibilidade de defender a amiga. Não que Ally parecesse capaz de parar de gritar e fazer alguma coisa útil, mas mesmo assim. Se fosse pessoa no lugar da nerd, talvez tivesse tentado ajudar.

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