A New LifeOiiie!

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Oiie! Espero que ainda estejam aqui hahahah
Peço mil desculpas por esse longo tempo de espera, mas como eu disse no aviso eu andei tendo alguns problemas. Ainda estou tentando resolver tudo, mas já posso voltar a atualizar kkkkk
Importante: Os eventos desse capítulo se passam dez anos do começo de Vampire. 
Esse capítulo pode ser útil para clarificar alguns aspectos da história.

Boa leitura para vocês. 

E obrigada por esperarem tanto tempo para voltarem a ler.

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Dez anos atrás, L.A., Califórnia

Lauren's POV

Os desgraçados não paravam de soltar fogos.

Era pedir demais que tivessem respeito com aqueles com ouvidos mais apurados? Pra que tantos fogos de artifício, tantos risos, tanta comemoração? Eles agiam como se estivessem felizes. Mortais idiotas. Mais um ano apenas significava mais um passo em direção à morte. Era a mesma palhaçada dos aniversários: pra que comemorar? Por que eles insistiam em celebrar a passagem do tempo se para eles tempo era algo finito?

Talvez fosse por isso. A filosofia do carpe diem e aquela porcaria toda. Eles não tinham muito tempo, por isso o comemoravam enquanto tinham. Viviam o momento, davam valor ao que sabiam que um dia iriam perder.

Eu não tinha isso, e por esse motivo não ligava pra merda nenhuma. Oh, mais um ano! Grande coisa. Já vira a virada de centenas de anos e nada nunca era diferente. Eu tinha a eternidade. O réveillon para mim era só mais um dia. Não havia nada de especial na data.

A não ser o champagne, claro.

Sim, eu estava bêbada. De sangue, de álcool... De sangue intoxicado por álcool. Havia invadido uma festa em uma praia e me servido da bebida e dos convidados. Ninguém nem havia reparado. A maioria estava tão bêbada quanto eu.

Estava sozinha, é claro. Cora havia desaparecido logo que o sol se pusera, sem dar nenhuma explicação. Devia estar se agarrando em algum canto com algum infeliz. Não era como se ela já tivesse alguém na vida dela... Oh, espere, ela tinha. Mas ai de mim se dissesse alguma coisa. Para Coraline eu era apenas sua cria, a idiota apaixonada que ela mantinha por perto sabe-se lá por quê. Eu devia simplesmente deixá-la, mas então o que faria? Cora era tudo o que eu tinha no mundo, como ela fazia questão de me lembrar sempre que eu demonstrava insatisfação. Não de forma dura, é claro. Não, ela o fazia com um sorriso doce no rosto, enquanto me abraçava e me beijava. Dizia aquilo entre os outros argumentos que serviam para me hipnotizar e me manter ali, com ela. Cora não queria exclusividade, mas também não queria ficar sozinha. Por isso costumava me tratar bem... Muito bem, bem até demais. Mas nunca com amor, nunca com afeto ou carinho. E de vez em quando, quando eu menos esperava, vinha uma alfinetada para que eu não me esquecesse qual era o meu lugar. Às vezes era uma frase maldosa, outras com algum desgraçado que ela trazia pra nossa cama, não importava. A mensagem sempre era clara. Não sou sua, Lauren. Você é minha, mas eu não sou sua.

Eu podia ter arranjado alguma garota pra passar a noite, mas não estava no clima. Não que isso fosse machucar Cora... Muito pelo contrário, a vadia sempre me incentivava a procurar outras mulheres, como se para reforçar o fato de que não ligava a mínima para mim. Às vezes eu fazia isso, mas não essa noite. Essa noite eu apenas queria beber até esquecer quem eu era.

Eu havia tido um dia ruim. De uma semana difícil. De um mês terrível. De um péssimo ano. De uma existência patética.

Comecei a me afastar da festa antes que fizesse uma besteira como matar todos os presentes e chamar a atenção das autoridades. Estávamos em Miami apenas de passagem, mas era melhor não arriscar. O pensamento era tentador, no entanto. Todos aqueles humanos tinham tanta esperança... Esperança que eu não tinha, esperança que eu me irritava por não ter. Eles viam o novo ano como uma oportunidade para mudar suas vidas, mas para mim ano novo nunca significara vida nova. Era apenas o marco de mais 365 dias para viver sem ter algo que fizesse isso valer a pena.

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