Twisted Games - Part 1

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Oiiie! Tudo bem por aqui? Demorei né?! Mas cá estou para presenteá-los com mais um capítulo dessa estória maravilhosa que eu tanto amo kkkkkEspero que gostem e que estejam criando várias teorias sobre quem é o mestre. Boa leitura para vocês.


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Camila's POV

Só pra deixar claro, eu sabia o quanto estava errada.

Eu tinha um trabalho a fazer. Naquela manhã haviam chegado os primeiros relatórios vindos de diversas partes do mundo. Já havia se passado mais ou menos uma semana desde que eu conversara com Reid sobre a ideia de Lauren e ele a colocara em prática. As demais Organizações do mundo haviam começado suas próprias pesquisas sobre o Mestre, e no momento eu me encontrava na sala do meu QG, rodeada pelas minhas amigas e por milhares e milhares de papéis. Por segurança, havíamos decidido analisar nós mesmas os resultados preliminares que haviam chegado, já que a ameaça de um traidor ainda pesava sobre nossas cabeças e a possibilidade de o ajudante do Mestre se encontrar naquela sala era bem menor do que em toda a Organização. Para me dedicar à análise, eu havia sido dispensada da patrulha naquela noite.

Aquilo significava, é claro, que eu devia estar trabalhando. O maço assustador de folhas em minha mão precisava ser lido com cuidado, e anotações precisavam ser feitas. Todas à minha volta pareciam estar dando o melhor de si.

Ou quase todas.

Porque, entenda, eu tinha consciência de estar errada. Mas que culpa eu tinha se ela não permitia que eu me concentrasse?

Eu não havia lido sequer uma palavra do texto em minhas mãos. Ao invés disso, me encontrava em meio a um jogo estúpido e perigoso com Lauren.
Tudo havia começado de forma inocente. Graças a Clarke, Lauren Jauregui havia sido convidada a analisar os textos conosco. Segundo Simon, aquilo era uma boa ideia, já que tornaria o processo mais rápido. O que meu mentor falhava em perceber, no entanto, era que a presença de Lauren ali não significava uma leitora a mais, e sim uma a menos.

Eu não conseguia me concentrar. No começo foram os olhares furtivos, quase impossíveis de se ignorar. Em minha defesa, porém, eu tentei. Tentei ignorá-la, tentei fingir que não me importava, cravei meus olhos no texto que segurava e me esforcei para extrair dele algum sentido. A cada pequeno intervalo, no entanto, eu sentia os olhos de Lauren em mim e sabia o que estava em sua mente. Sabia porque também não conseguia pensar em outra coisa.

Havíamos estado juntas quase todos os dias dessa última semana. Nossa rotina noturna consistia em despistar os Cromwell, patrulhar um pouco, voltar para a sede e nos trancarmos na sala de treinamento sob o pretexto de treinar. Na verdade, nem sempre era só um pretexto. Às vezes lutávamos um pouco quando a noite de caça não esquentava suficientemente o nosso sangue.

Mas lutar não era a razão pela qual queríamos estar a sós.

E nossas roupas nunca permaneciam em nossos corpos por mais de um round.

Eu já havia me conformado com o fato de que encontrava estímulo na violência. E lutar com Lauren, ou ao lado de Lauren, sempre resultava naquela necessidade absurda de tocá-la, de tê-la me tocando e de esquecer o resto do mundo. Eu nunca antes havia me dado conta do quão frustrante meu trabalho costumava ser antes de Lauren Jauregui chegar. Acumular aquele nível de tensão e não ter com quem extravasar agora me parecia insuportável.

O sexo era mais do que bom, era libertador. Eu podia descontar o que quisesse em Lauren sem grandes consequências. Ela me dava à liberdade, e eu não hesitava em usá-la. Canalizava e exorcizava todas as minhas frustrações no ato, sendo capaz então de experimentar alguns momentos de perfeita paz.

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