ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)

Feel Good

Depois de algumas canecas de chopp, Adora já estava mais solta e sorridente, brincando com os amigos, era difícil vê-la assim no meio da semana, extremamente distraída sem falar de trabalho, estava mais leve, não somente por conta do álcool que ingeriu mas também pelos amigos terem aceitado tão bem a notícia de que seria mãe, quando falou que teria um bebê, Perfuma e Hawk choraram de emoção, Bow que já estava com a cara vermelha de bêbado se juntou a eles e chorou exageradamente, mas o choro logo cessou depois que ela completou que a outra mãe era Catra, e então todos tiveram uma crise de fofura juntos, com olhinhos brilhantes e suposições de como nasceria o bebê, até Mermista se rendeu e entrou na onda, só de imaginar o pequeno gatinho da amiga a deixou de coração mole.

Catra estava do outro lado do pub, no mais puro tédio já que foi proibida de beber, Entrapta não saia do tablet e Scorpia estava trabalhando, vez ou outra recebia alguma investida de alguém por estar sozinha no bar, se quisesse poderia sair com qualquer pessoa dali, mas só de pensar nisso, seu estômago começava embrulhar e se sentia enjoada, seus pensamentos iam direto numa loira sorridente e tagarela, então apenas rejeitava automaticamente qualquer um que aparecia. Até uma figura já conhecida por ela se aproximar.

– Olha só o que temos aqui... – a morena de olhos verdes se aproximou com um sorriso convencido e um drink na mão – Quem é vivo sempre aparece!

– É o que dizem. – Catra respondeu seca, não queria dar trela para ela.

– Afiada como sempre! – pontuou passando a mão em uma mecha de cabelo curto da gata, Catra deu um passo para trás a fim de evitar o toque e acabou encostando no balcão do bar – Gostei do corte.

– O que você quer Lonnie? – foi direta.

– Você sabe. – a morena falou sugestiva olhando de baixo pra cima de um jeito malicioso.

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Do outro lado Adora curtia com os amigos, de vez em quando dava uma olhada em Catra e via pessoas se aproximando dela, o que demandou muito esforço para não ir até e tomar a gata nos lábios na frente de todo mundo, mas não podia fazer, não era dona dela, não chegava ser ao menos qualquer coisa dela, e após o episódio da cena que fez na lanchonete Catra havia deixado bem claro que não tinha gostado daquela atitude, uma que nem ela mesma sabia porque tinha feito. Então ficou parada vendo as pessoas tentando pagar bebidas para Catra e agradecia mentalmente por ela ter negado cada um deles, não só pela bebida, mas de certa forma a gata estava evitando as investidas de outras pessoas, e isso a deixava aliviada.

– Não olha agora... – Mermista abraçou Adora envolvendo os braços no pescoço dela, estavam em pé, e a morena se jogou quase derrubando as duas – Mas tem uma gostosa dando em cima da sua gostosa! – apontou na direção de Catra e Lonnie.

– Mermista, você está completamente bêbada... ai, cuidado – cambaleou para o lado quando Mermista jogou mais ainda o corpo em cima dela.

– Ah lá! Ah lá!!! – exclamou apontando de novo, na cena em que a morena acariciava de perto o cabelo de Catra – Se fosse a minha gata eu não deixava.

Adora sentiu o sangue do rosto ferver, se soltou de Mermista que não parava de rir da cara dela. Estava lutando tanto para não interferir diretamente na vida de Catra e dar espaço, mas aquilo já era demais, não conseguia controlar a ansiedade e se Catra resolvesse simplesmente passar a noite com aquela mulher? Ou com qualquer outra pessoa? Afinal não estavam num relacionamento e a gata poderia muito bem sair com outras pessoas, não tinham conversado sobre isso, na realidade não tinham conversado sobre nada que envolvia o que estava acontecendo com elas, mas tinha plena certeza de que não queria vê-la chegar em sua casa de madrugada após uma noitada com outra pessoa, se isso é o que chamavam de ciúmes, foda-se, seria ciumenta então.