Talvez

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"Você é o melhor para mim, Catra"

Aquelas palavras ainda rondavam sua mente, Adora falou com tanta facilidade que parecia ser algo rotineiro e comum, mas a verdade é que para ela era, para ela era comum sua mente e coração orbitarem ao redor de Catra, como se cada minuto do seu dia dependesse disso para viver. Era fácil amar Catra, mais fácil ainda cair nos encantos dela, e a gata sequer se esforçava para fazê-lo, era natural, como se sempre tivesse sido assim, como se sempre tivesse a amado.

Pensar nela e na sua bebê como parte de sua vida, já era praxe, sabia desde a primeira vez que ouviu o coração daquele bebê, que jamais seria capaz de estar longe dele ou de Catra.

Sentada com Catra no chão, posicionou a menor entre suas pernas enquanto a abraçava e dava a segurança necessária para que ela afastasse de si todo pensamento ruim. Contornava os dedos nas listras do braço da felina enquanto seus pensamentos viajavam numa sensação de aconchego, não precisava sair para jantar, ou qualquer outra coisa que configurava algo romântico, só estar com Catra era o suficiente, independente onde fosse, seja no melhor restaurante do planeta, em casa, ou largada no chão do banheiro de um hotel em outra cidade. Suspirou inalando o perfume doce que vinha dos cabelos dela, Catra se atrelou em sua cintura, abraçando seu corpo e se encaixando na curva de seu pescoço, seu ronronar era presente, assim como sua cauda balançando lentamente inquieta.

– Podemos pedir comida se quiser – Adora falou calmamente depositando as mãos nas costas da felina e se ajeitando – Não precisamos ir a lugar nenhum.

– Você faria isso? – Catra respondeu se movendo para encarar a loira. Percebendo que Adora a segurava nos braços feito um bebê.

– Sim – respondeu convicta – Eu faria qualquer coisa por você.

Catra ronronou mais alto e enrolou a cauda na perna da maior. Era bom estar nos braços dela, se sentia segura, com aquele calor a mantendo por perto, seus olhos azuis tão brilhantes a faziam se sentir desejada. Em sua concepção seria fácil se decepcionar e quebrar sê, se entregasse à isso tudo, o que vem fácil vai fácil, foi o que aprendeu com a vida. Mas como não se entregar? Como não desejar ter aquele par de olhos em si? Se seu coração pedia por ela o tempo todo, era tentadoramente chamativo, e sua mornidão acolhedora a fazendo acreditar que tudo ficaria bem.

Acariciou a bochecha corada da loira, notando sua respiração dificultosa e pupilas dilatadas fazendo uma grande sobra naquela imensidão azul de seus olhos. Podia ouvir o coração dela em alto e bom som e sentir seu cheiro inebriante de perto, ao encostar de suas testas novamente, respirações mescladas, não pode resistir em beijá-la outra vez. O peito acelerado e seus gostos na ponta da língua, sentiu a loira a prensar mais contra seu corpo e tomar sua nuca com uma das mãos, deuses aquilo era bom.

– Eu quero pizza! – disse ao terminar de selar seus lábios mais uma vez. Adora riu a dando mais um selinho, numa intimidade nova e bem-vinda.

– Termina seu banho, eu vou pedir o serviço de quarto. – se levantou ajudando a outra em seguida.

Foi para o quarto prontamente fazendo o pedido pelo serviço de quarto. Enquanto a gata tomava banho, recolheu e guardou as roupas delas espalhadas pelo chão, arrumou novamente a cama e colocou os sapatos ao lado da porta. Pegou o celular chegando algumas mensagens de sua irmã e checando se estava tudo bem no orfanato, mandou a foto de Catra de boné para Bow, e claro que o amigo surtou com o ataque de fofura. Mara havia perguntado se jantariam com elas naquela noite, respondeu que não pois Catra estava indisposta e não queria sair do quarto, então apenas marcaram de tomar café da manhã juntas.

A pizza chegou antes mesmo de Catra sair do banheiro, arrumou tudo sobre a bandeja, deixando sobre a cama e servindo o suco que pediu, ligou a tv procurando um filme bom e desligou as luzes do quarto, acendendo somente os abajures aos lados da cama, aumentou também o ar-condicionado do quarto deixando mais friozinho, não esquecendo de vestir uma meia antes de deitar na cama. Queria fazer algo leve e proveitoso para Catra, para passar esse tempo com ela, sem interrupções e sem a correria do dia-a-dia.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde histórias criam vida. Descubra agora