Demorou pra ser

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Oi oi mores 💕

Preparem os surtos...
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O silêncio continuou por alguns minutos, Catra suspirava fundo tentando não chorar mais, e se apegando naquele momento desesperadamente, não o deixaria escapar.

– Você está mesmo aqui? – teve a necessidade de reafirmar mais uma vez  – Parece um sonho.

– Mas não é – a loira reafirmou beijando novamente seu rosto – Eu estou aqui. Por quanto tempo eu dormi?

– Duas semanas, já estávamos indo para a terceira – Adora suspirou pesadamente. Para ela parecia ter sido apenas alguns minutos de apagão, não semanas inteiras – E-eu  senti... – engoliu seco – Eu senti tanto medo de te perder.

– Eu sei, eu sei... – bufou – Me desculpa... eu estou aqui agora – beijou seus cabelos novamente – Como estão os outros?

– Todos estão esperando por você – a gata respondeu vendo a loira suspirar, ergueu a cabeça para encarar melhor o rosto dela novamente, mal podia acreditar que sua Adora estava mesmo ali. Segurou gentilmente o rosto pálido da outra fazendo-a olhar para ela outra vez, e se apegando firme naquela imensidão azul – May sente sua falta! – viu a loira vacilar por um instante, seu queixo tremeu e as lágrimas da loira caíram silenciosas logo em seguida, acariciou seu rosto e chorou junto com ela.

– Eu q-quero vê-la... – Adora soluçou – Eu quero ver minha filha.

A felina assentiu e se levantou devagar para não machucá-la. Saiu da sala ainda atônita pelo que tinha acontecido, mas seu coração estava pulando do peito. Avisou os médicos primeiro que foram imediatamente examinar Adora, e logo depois avisou a todos. O alívio caiu como um bálsamo para todos, Glimmer chorou copiosamente e abraçou a gata pelo boa notícia recebida, enfim aquele pesadelo tinha acabado. Os médicos voltaram minutos depois, confirmando a estabilidade de Adora, e que poderiam ver ela, apenas por alguns minutos cada.

Aos poucos, todos foram entrando, Glimmer foi a primeira, seguida por Bow e se abraçaram por longos minutos, com os amigos chorando e agradecendo aos deuses pela loira ter finalmente saído do coma. Adora tentava acompanhar, mas ainda se sentia cansada e dolorida, no entanto manteve-se em silêncio, pois não queria atrapalhar ninguém, Scorpia e Perfuma aparecem depois, ambas aliviadas e felizes por Adora ter voltado. Por fim Mara entrou com a companhia de Catra, com Sofi no colo, quase fazendo a loira chorar, a bebê parecia ter crescido mais, a morena cumprimentou a vizinha que em pouco tempo criou uma afeição e amizade enorme, estava feliz por ver a loira bem, Catra explicou como Mara foi a causa de sua melhora, e como ela a salvou, e Adora só pode agradecer.

Catra a acompanhou para fora, retornando poucos minutos depois com a única coisa que fez o coração de Adora derreter no peito, ela trazia consigo uma May espoleta no colo, brincando com as orelhas pontudas da outra mãe, seus olhos marejaram na mesma hora, tentou se levantar rapidamente, mas doía muito, se esforçou devagarinho e conseguiu se sentar mais ou menos.

– May, olha só quem acordou... é a mamãe! – a bebezinha olhou diretamente para a outra mãe, fazendo o coração da loira errar uma batida.

Assim que a reconheceu, May abriu um sorriso com poucos dentinhos e apontou para Adora.

– Mãma! – balbuciou chamando Adora com a mãozinha. A loira não pode segurar as lágrimas, percebendo o quanto aquilo era valioso.

Catra sorriu se aproximando mais, não queria que Adora fizesse esforço, mas a loira ignorou todas as dores que sentia e esticou os braços para pegar a filha. Catra sentou a menina em seu colo cuidadosamente, May estava animada e tentava pular no colo da mãe, com saudades de suas brincadeiras e bagunças, a loira riu aguentando firme a dor, era sua filha ali e nada tiraria aquele momento dela.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde histórias criam vida. Descubra agora