Pressentimentos

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Oi oi mores, estamos chegando na reta final, se preparem... beijinhos 😽
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Nunca achou que fosse alguém que teria uma vida tão doméstica, mas Catra se surpreendeu como estava gostando daquilo, um alguém que amava, um bom emprego, uma filha... May parecia um anjo, cada dia que passava progressivamente mais esperta e cada vez mais seu amor por ela aumentava, estava tão apegada que jamais poderia imaginar sua vida sem sua bebê. A rotina se instalava cada vez mais, fluindo tão bem que podia jurar que era um sonho, agora tinha uma vida, e finalmente uma família.

Seu celular tocou a tirando de seus pensamentos enquanto lavava a louça, May comia suas frutinhas no café sentadinha em sua cadeirinha adequada para bebês, fazendo bagunça, secou as mãos e atendeu.

– Alô? – ninguém respondeu do outro lado, olhou para tela de novo e novamente era um número desconhecido, há dias seu celular tocava e quando atendia ninguém falava nada, aquilo não cheirava bem, estava acontecendo alguma coisa, sentia isso. May gargalhou quando Melog subiu no balcão procurando algo para mordiscar, então desligou rapidamente com o coração acelerado, seja o que fosse não queria envolver sua filha.

– Bom dia! – Adora apareceu pronta para o trabalho, tirou Melog da mesa e brincou com sua filha bagunceira na cadeirinha. Colocou seu café e sorveu um gole até perceber a gata estática atrás do balcão, franziu o cenho, a felina parecia estar em órbita – Catra? – a chamou e a gata finalmente a olhou – Tudo bem?

Catra se focou, chacoalhando a cabeça e colocando o celular no balcão, um turbilhão de pensamentos em sua mente e não sabia se devia falar sobre aquilo com Adora ou não, afinal não queria preocupá-la atoa. Mas Adora a conhecia bem mais do que imaginava e vendo o conflito interno da gata se aproximou tocando em seus ombros.

– Hey... – fez a gata olhar em seus olhos e eram tão brilhantes que soube ali que Adora poderia tirar dela toda informação que quisesse – Sabe que pode falar comigo não é mesmo? – a gata afirmou com a cabeça.

– Não é nada... – mas não soou tão confiante assim, respirou fundo e abaixou o olhar. Adora se aproximou mais, tão perto que não teria como fugir, a loira arqueou a sobrancelha, suspirou derrotada – São essas ligações! – apontou para o celular no balcão – Tem algo errado – disse preocupada.

– Pode ser engano! – a loira tentou acalmá-la.

– Mas e se não for? – perguntou irritada – Adora e se forem eles? – se referiu a Shadow Weaver e Hordak – Claro que eles não desistiram ainda, eles estão tramando alguma, todo esse silêncio, isso pode ser um aviso... – apontou para o celular novamente.

Então é disso que se trata, pensou Adora, aquela mesma preocupação de quando May nasceu, era válido mas por meses não tiveram notícias do Hordak e da Senhorita S. e duvidava muito que eles fossem aparecer agora, depois de terem reforçado a segurança do prédio, depois de Catra escolher ficar, de qualquer forma não deixaria nada acontecer com sua família.

– Mas pode ser engano! – falou novamente afagando os ombros da gata a fim de acalmá-la, Catra ia retrucar, mas não deixou – Ou... aquelas operadoras que ficam ligando sem parar! Não deve ser nada demais meu amor, estamos bem, a May tá bem – olhou para filha comendo e se divertindo com suas frutinhas, o mais engraçado era que a bebe ia direto nas frutinhas vermelhas primeiro, fazendo adora ter uma noção do porque, seu coração sempre se enchia de ternura, virou para gata novamente – Morangos! – revirou os olhos bem humorada, era óbvio que sua filha era fã do maior desejo que sua mãe teve enquanto grávida.

Catra suspirou novamente, talvez Adora tivesse razão, talvez estava só super reagindo, aquilo não era real e sua filha estava bem em seus abraços.

– Certo – concordou com a loira, mas ainda um pouco relutante por dentro. A loira abriu o sorriso e a beijou.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde histórias criam vida. Descubra agora