Final de semana

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Como já esperando, a viagem foi estendida, com as grávidas parando toda hora para fazer xixi, comer e pegarem fôlego a fim de evitar as náuseas e possíveis vômitos. Levando exatamente 6 horas e 25 minutos para chegar ao seu destino.

Catra dormiu metade do caminho, mas acordou em todas as paradas, acompanhando as outras. Mara e Adora conversaram a viagem inteira, empolgadas demais para ficarem quietas. Hope era a que menos falava, prestando mais atenção na estrada e nos caprichos da esposa, que estava um poço de manha para seu lado. Aceitou a viagem por ela, arrumando em cima da hora uma folga no trabalho. Tinha dias que o humor de Mara era instável e sobrava para ela, suportar e apoiar ela em tudo que podia, nenhum humor ruim a impediria de mimar sua esposa e filha.

Para Adora, estava fazendo isso por Catra, ela precisava descontrair um pouco e sair do clima daquele apartamento. Já Catra, estava fazendo isso por Adora, a loira estava empolgada demais para jogar um balde de água fria nela, a além disso, que mal faria um final de semana ao lado de quem tem o dom de lhe aquecer o coração só pelo olhar?

***

– Finalmente! – a morena de olhos castanhos claros pronunciou no saguão de recepção – Porque demoraram tanto? Quase dei o quarto de vocês pra outra pessoa.

– Mer! – Adora abriu um sorriso e cumprimentou a amiga, a abraçando forte e contente, impossibilitando a morena de manter a postura de durona e a fazendo sorrir também – O caminho foi mais longo do que o habitual... grávidas! – revirou os olhos com humor – Mer, essas são Mara e Hope que eu te falei – apresentou as vizinhas/amigas – E Catra, que você já conhece.

– E como esquecer! – piscou para a gata que à retribuiu com um meio sorriso, daqueles maliciosos que era capaz de fazer Adora derreter. Mermista, fez somente para provocar Adora, pois sabia que a amiga era ciumenta, e só pela cara dela sabia que tinha funcionado, segurou internamente o riso.

– Mara, Hope, essa é Mermista, uma velha amiga. – Adora pigarreou dando um passo à frente.

– É um prazer conhecê-la! – Hope tomou a frente cumprimentando a dona do resort.

– Aqui é lindo! – Mara comentou olhando ao redor e se aproximando da esposa para também cumprimentar Mermista.

– Agradecemos pela estadia, nós podemos acertar tudo no checkout e... – Hope tentou falar mas foi interrompida.

– Ugh! – Mermista revirou os olhos – Apenas aproveitem!

A morena saiu depois de explicar como tudo funcionava, liberando as chaves do quarto de cada casal, claro que colocaria Catra e Adora no mesmo quarto, nem sequer passou pela sua cabeça em as colocar separadas, o mesmo com Mara e Hope. Informou brevemente o horário de funcionamento dos restaurantes e serviços totalmente inclusos para as amigas, e qualquer coisa era só ligarem para recepção ou falarem diretamente com ela.

Adora e as outras agradeceram a recepção de Mermista, e combinaram de se encontrar no almoço no restaurante de uma das piscinas do hotel. Mara queria tomar um banho e descansar um pouco antes, então foram direto para o quarto se instalarem corretamente. Cada qual em andares diferentes, mas sabendo o número de seus quartos, caso tivessem alguma ocorrência urgente.

Catra se jogou na cama imensa do quarto assim que chegou no quarto, se perdendo por entre os lençóis macios e colchões moles, e se espreguiçando feito uma gata manhosa, Adora apenas sorriu vendo a cena, enquanto dava a gorjeta para o concierge que trouxe suas malas.

O quarto era grande e luxuoso, seus tons claros mesclavam entre branco, marrom e verde água, uma cama de casal gigantesca, guarda-roupa embutido, frigobar e uma televisão enorme na frente da cama. A janela de vidro dava a claridade do quarto e uma vista privilegiada do mar, era uma imagem linda. Adora foi até o banheiro, também grande, com dois chuveiros e uma banheira suficientemente grande para caber duas pessoas. Tomou um banho rápido, e por Etheria que chuveiro maravilhoso! Não se lembrava da última vez que esteve em Salineas, aquele lugar parecia ter saído direto de algum filme de princesas. Saiu do chuveiro checando o celular, rindo das mensagens eufóricas de Mara, que estava altamente encantada com o lugar. Ao sair, Catra não estava mais na cama, e sim sentada no guard rail da janela, olhando o mar, enquanto uma mão acariciava a pequena elevação no ventre, a brisa da maré balançava levemente os cabelos da gata, que agora estavam já um pouco maiores e a deixava mais linda linda ainda, uma cena tão singela e tão serena que desejou se prender naquele momento eternamente. Aproveitou a distração da gata, sacando o celular e tirando uma foto do momento, queria guardar aquilo para sempre.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde histórias criam vida. Descubra agora