Acordou num suspiro ofegante novamente, o coração acelerado e sentia o suor úmido atrás da nuca e suas mãos tremiam, percebeu os lençóis destruídos por suas garras e o quanto estava necessitada, não podia crer que teve aquele tipo de sonho de novo, do tipo em que ela se enlaçava e se entregava completamente ao corpo da outra que frequentemente dormia ao seu lado. Respirou fundo tentando não se lembrar dos detalhes, falhando miseravelmente, pois seu corpo parecia estar em combustão ao lembrar de qualquer mínimo detalhe de certa loira sorridente. Sentia urgentemente a necessidade de alívio, mas estava ficando cada vez mais difícil se satisfazer sozinha, uma por não ficar completamente satisfeita outra por sua barriga estar aumentando a cada dia que passava dificultando mais ainda seu trabalho, quando ficava muito excitada perdia o controle de suas garras e a última vez quase se machucou, sem contar que sentia falta de outro corpo junto ao seu, de outro toque, fazia um tempo desde a última vez que esteve assim com alguém, que esteve assim com ela.Adora
Claro que pensava nela desse jeito, afinal era Adora que invadia seus mais íntimos sonhos e a tomava como sua, como se fosse a única mulher no mundo, com todo fervor e carinho tão característicos de sua Adora. As semanas se passaram desde a primeira aula de maternidade, assim como seu apetite e seu tesão, tinha dias que não suportava nem ficar perto de Adora, pois só a respiração da loira próxima a sua a fazia querer subir pelas paredes ou pior, subir em Adora, a fazendo se controlar drasticamente e isso demandava muita energia.
Toda semana a loira lia algo novo sobre as mudanças do bebê e da gravidez, seu entusiasmo ainda era visível e a loira não parava de falar sobre a próxima aula. Além disso, pegou firme no seu trabalho de CFO nas Empresas Dryll e conseguiu montar uma equipe de elite que comandava de longe para explorar novos recursos da nova tecnologia que Entrapta estava desenvolvendo, deixando a cientista extremamente contente com os resultados.
Assim os dias passaram e se tornaram semanas, gradativamente o relevo em seu abdômen aumentava, e toda vez que se olhava no espelho sentia que o bebê estava crescendo saudavelmente e seu coração afundava no peito, um calor desconhecido por ela, que mantinha a sete chaves somente para si e que fazia seu coração acelerar só de pensar sobre o que aquilo significava, levou a mão ao ventre baixo dedilhando lentamente, sentindo a mornidão acalmar seu coração ansioso.
– Parabéns, você entrou no segundo trimestre, na 17° semana! O bebê pesa aproximadamente 140g e mede 18cm – Adora saltou na cama se deitando ao lado de Catra, tirando a gata de seus pensamentos e assustando o que fez a híbrida soltar um trinado felino por quase ter saltado da cama junto e a direcionar um olhar mortal, a loira sorriu sem graça – Desculpa! – pigarreou se ajeitando no travesseiro para ficar mais próximo a gata e voltou a seu celular, onde estava mais uma vez checando o aplicativo de gestação – O corpo do bebê já está formado, assim como as extremidades superiores e inferiores igualmente desenvolvidas, os lábios da boca, genitais e falanges... nossa quanta coisa pra uma coisinha tão pequena – divagou.
– Agiliza Adora, tenho que passar no escritório antes de ir naquela sua aula chata – se referia a aula de maternidade, fingiu desdém, afinal nunca daria o braço a torcer – E o que você tá fazendo aqui ainda, achei que tivesse ido para o Instituto.
– Eu ia, mas como... como teremos aula hoje, e vai ser mais cedo, eu pensei que... pensei que poderíamos ir juntas e pensei que... – gaguejou, envergonhada em dizer que na verdade gostaria de acompanhá-la ao trabalho e depois irem juntas para a aula.
– Você pensa demais – a gata resmungou – mas já que tá aqui você pode me levar para a empresa, assim eu dispenso o motorista da Entrapta – falou simples.
A loira parou por um minuto sentindo os pulmões contraindo no peito, então Catra também queria sua companhia? Queria o mesmo que ela? Se prendeu naqueles olhos tão próximos aos seus, e não pensava em ter mais nada além do que tinha ali naquele momento, apenas ela, Catra e seu bebê que logo estaria entre elas. Será que estaria? Céus como queria que sim, como queria que um momento tão precioso fosse interrompido por um gatinho que teria a características das duas, pulando no meio delas, e formando outro momento mais precioso ainda, estava tão próxima de ter isso, de ter uma vida encantadora, mas ao mesmo tempo tão longe. Sentia a respiração da gata próxima a sua e a vontade de tomar os lábios dela novamente ardia no fundo de seu âmago, passou a língua nos lábios involuntariamente.
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ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)
FanfictionAdora e Catra nunca imaginaram que uma noite casual com uma desconhecida poderia mudar suas vidas de uma hora para outra. *Avisos* Fanfic G!P (Adora intersexual) +18