Possibilidades

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Adora saiu do banho dando lugar a Catra que entrou no chuveiro logo em seguida, reclamando estar com fome, olhou as horas é o relógio não batia nem 22hrs ainda, mas já era um pouco tarde para fazer comida e não ia negar e as últimas horas com a gata a cansou bastante, mordeu o lábio inferior apenas por lembrar de poucos minutos atrás, seu coração estava a mil mas não deixava de sorrir. Pegou o celular no outro quarto e pediu comida pelo aplicativo, logo terminando de se vestir e ir para a sala. Sentou no carpete da sala e começou a organizar algumas coisas que tinha comprado.

– O que está fazendo? – Catra apontou no corredor, com roupas mais confortáveis, uma barriguinha aparente e sua pelagem mais fofa pelo banho. Adora não pode evitar de se apaixonar novamente por ela naquela noite, sorriu estendendo a mão chamando ela, Catra aceitou prontamente, recebendo ajuda da outra para se sentar ao lado dela no carpete.

– Apenas desembrulhando algumas coisas que comprei em Mystacor – respondeu já corando as bochechas, desviando o olhar da gata, como se fosse culpada de algo, e Catra sabia o porquê daquilo.

– Não precisa ter vergonha de dizer que comprou coisas pro bebê, Adora – falou se aproximando da loira que ainda evitava a olhar nos olhos, e a fez encarar cara a cara – É seu filho, é mais do que normal você fazer isso – pontuou gentilmente, deixando a outra sem fala, riu de canto pela reação dela – Quer me mostrar?

Adora assentiu após longos segundos, pigarreando a garganta e focando nas coisas de bebê espalhadas pelo tapete, não importava quantas vezes fosse, nunca se acostumaria com aquele olhar da gata, a fitando com tanta intensidade, brilho e desejo, Catra tinha a capacidade de a deixar sem fala, não importa como.

– Uh, e-eu... eu só er... comprei algumas coisas – limpou a garganta novamente, respirando fundo – Pensei em começar a comprar as coisinhas dele, aos poucos, afinal daqui a 4 meses teremos ele conosco e ele ainda não tem nada, ele... ou ela, t-tanto faz – coçou a nuca sem graça, coisa que Catra achava adorável.

– Por isso comprou aquilo daquela cor? – a gata provocou batendo o ombro ao dela e apontou para algo que parecia um kit de mamadeira, estampados com as cores rosa e azul claro.

– Na verdade eu nem ligo pra cores – pegou o kit nas mãos – Eu só pedi a melhor mamadeira da loja e a moça me trouxe isso, ela disse que é anti refluxo, seja lá o que isso for – riu sem graça.

– É pra impedir o ar de entrar enquanto o bebê mama, ajuda evitar cólicas e como o nome já diz, refluxo também. Próximo... – Catra respondeu, pegando o produto da mão da outra para analisar melhor, o deixando de lado logo em seguida – O que foi? – perguntou ao ver que Adora a encarava demais.

– Nada, uh er... próximo...

Mostrou todas as coisas que trouxe com animação, seu coração batendo tão rápido que poderia infartar. O motivo? Catra estava interagindo tão animada quanto ela, okay, não tão animada assim, mas ela estava interagindo, sem brigas, sem receios, apenas observando tudo atentamente e com cuidado, que Catra tinha uma alma gentil já sabia, e que a relutância dela em não aceitar aquele bebê era causada por todo abandono que ela já sofreu no sistema de adoção, também, mas não pode deixar de ter esperanças com aquilo, era nisso que Catra parecia diferente, ela estava começando aceitar melhor toda aquela situação, e se dependesse dela, jamais deixaria Catra desistir, e planejava mostrar para ela que nunca a abandonaria.

– Acha que vai servir? – Catra perguntou a tirando de seus pensamentos, quando olhou para a gata, a híbrida, ela estava indicando o par de sapatinho branco com detalhes vermelhos, que sua tia adotiva que mora em Mystacor, havia tricotado especialmente para seu bebê. Catra apontava a peça ao lado da barriga como se estivesse medindo o tamanho, sorriu com a cena encantadora.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde histórias criam vida. Descubra agora