ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)

Pure Intentions

A semana que passou não foi uma das melhores para Adora, atarefada e entupida de trabalho, chegava em casa exausta, mas corria direto para cozinha fazer comida para jantar com Catra e deixar o almoço dela pronto para o dia seguinte, Catra havia falado que não sabia cozinhar e ela precisava se alimentar bem por conta da gestação, por mais que estivesse cansada jamais deixaria de cuidar da gata e a saúde dela, e a melhor parte era usar isso como desculpa para acompanhar a gata no jantar, não teve um dia na semana no qual não apreciou a companhia dela, suas jantas agora eram regadas de conversas e risadas, então aproveitava esses minutos do jantar para curtir mais isso, sua casa já não era tão silenciosa.

Após o jantar sempre arrumava as coisas e, ou ia direto para o banho ou para o quarto que fazia de escritório para terminar coisas do trabalho, depois se entregava ao sono seja na cama ou na própria escrivaninha que trabalhava, Catra a pegou dormindo lá algumas vezes e sempre a acordava para deitar na cama, mesmo contragosto pois sabia que ela estava cansada, mas também sabia do empenho da loira e fazê-la dormir mais confortável em uma cama, era o mínimo que podia fazer, até a loira acordar no outro dia e fazer a mesma rotina novamente.

A semana já findava, já era sexta-feira e Adora chegou mais cedo do trabalho, fez o jantar, e comeu junto com Catra, riu de algumas piadas que ela fez, mas não falou muito, estava cansada, Catra percebeu e não se atreveu a incomodar muito, também falou pouco dando espaço para a loira. Depois do banho sentou em seu escritório novamente, suspirou pegando o fôlego para começar.

– Achei que tinha voltado mais cedo pra descansar! – Catra escorou no batente da porta, de braços cruzados, a olhando com uma sobrancelha arqueada.

– É, mas tem essa denúncia de maus tratos que eu preciso averiguar e estudar melhor o caso. – falou levando a mão ao pescoço o virando de um lado para o outro o que não passou despercebido pela gata.

– É mas se você não descansar não vai conseguir estudar direito, e não adiantará de nada. – se aproximou depositando as mãos nos ombros da loira, começando a massageá-los, o que fez Adora suspirar e recostar no apoio da cadeira.

Adora fechou os olhos sentindo as mãos da gata trabalharem, pendeu a cabeça para frente enquanto a outra investia mais a massagem em seu pescoço, sentindo bons arrepios pelo corpo.

– Isso é bom! – soltou baixinho erguendo novamente a cabeça, sem abrir os olhos, mas logo os abriu ao sentir que Catra havia sentado em seu colo de frente para seu rosto. – C-Catra o que você tá fazendo?

– Você tá muito tensa, só relaxa um pouco. – falou despretensiosa, passando as garras nos braços da maior, para baixo e para cima, sentiu a loira tremer diante a situação e riu maliciosa da cara dela.

Adora suspirou e fechou os olhos novamente, segurou nas coxas da gata que estava sentada de frente para ela com uma perna de cada lado, e seu corpo já reagia a massagem que ela fazia, segurou a respiração quando sentiu as unhas da felina subirem sutilmente pelo seu pescoço, a ponto de se mover na cadeira, não ousou abrir os olhos, pois sabia que seu rosto estava vermelho de vergonha porque seu membro já dava sinais dentro de sua calça, e a gata sentada em cima dele não a ajudava muito.

– Catra, você tem mesmo que sentar aí? – perguntou baixo, jogando a cabeça para o lado, para sentir melhor a massagem. Catra sabia do que ela estava falando e se mexeu mais no colo dela propositalmente, recebendo um apertão das mãos da loira e a responder com a voz embargada de desejo. – Não se mexe assim, por favor.

– Por quê não? – sussurrou próximo aos lábios da outra.

Adora abriu os olhos subitamente, encarando aquele par de olhos bicolores que sempre a fazia perder as estribeiras, grudou as duas mãos na cintura da híbrida e a trouxe para mais perto de seu corpo, sem desgrudar os olhos dos olhos felinos dela, e fez o que estava com vontade de fazer a semana inteira, a beijou calorosamente, suas línguas se entrelaçavam desesperadamente para cessar a sede que tinham daquele beijo, não soube quanto tempo ficou grudada aqueles lábios, segurando até o último fôlego de seus pulmões, se separando num beijo estalado.