Baby

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Catra estava sentada no sofá de braços e pernas cruzadas, Adora estava a frente sentada da mesinha de centro da sala, com os cotovelos apoiados nas pernas segurando a cabeça com as mãos, digerindo tudo o que Catra tinha acabado de falar, e foi exatamente o que ela ouviu quando ela entrou, Catra estava grávida e alegava que estava grávida dela.

– Você tem certeza? – Adora finalmente se pronunciou, Catra tirou uns papéis da bolsa e entregou a ela. – O quê é isso?

– O resultado do exame de sangue, deu positivo. – Catra voltou a cruzar as pernas, mas recusava olhar para Adora.

– Com todo respeito mas como tem certeza que é meu? – a loira realmente não queria ofender e sim entender o que tava acontecendo.

– Você só pode estar brincando né... – a olhou com fúria. – De quem mais seria essa porra? Eu te garanto que eu não fiz sozinha.

– E-Eu não sei, você sumiu por semanas e agora volta com filho meu, quer dizer... a gente usou proteção e...

– A GENTE TRANSOU A NOITE INTEIRA ADORA! – Catra a interrompeu gritando. – PODIA TER ALGUMA CAMISINHA FURADA EU SEI LÁ, E ATÉ ONDE EU ME LEMBRO A SENHORA "EU GOZO FORA" – gesticulou aspas com os dedos. – RESOLVEU DAR UMA SEM CAMISINHA!

– NÃO VENHA ME CULPAR PORQUE EU LEMBRO MUITO BEM QUE VOCÊ TAMBÉM QUERIA, EU NÃO TE OBRIGUEI A NADA. – Adora se levantou cuspindo as palavras de volta. – Droga... Droga! - falava para si mesma andando de um lado para o outro.

Catra murchou de volta no sofá, afinal não conhecia Adora, nem sabia do que ela era capaz, apesar de parecer inofensiva, ficou um pouco assustada com o surto da loira, acompanhava com o olhar Adora inquieta de um lado para o outro murmurando algo, respirou fundo, estava cansada.

– Olha, não precisa se preocupar, eu só preciso de um lugar pra passar a noite e amanhã cedo resolvo isso, prometo que nunca mais vai me ver. – Catra falou, fazendo Adora parar de andar.

– Vai resolver como?

– Eu vou tirar! – respondeu e Adora entendeu o que ela queria dizer com "resolver" sentou de volta da mesinha de frente para Catra. – Só preciso juntar uma grana porque essas coisas são muito caras aqui em Ethéria, mas eu dou meu jeito, posso vender a Harley sei lá. – Catra deu de ombros de referindo a moto.

Adora a olhava e sua pose de durona estava se esvaindo aos poucos, seus braços cruzados pareciam mais um abraço, Catra estava abraçando a si mesma, estava se sentindo vunerável, as olheiras e olhos inchados da felina não negava que ela esteve chorando, e pela mala junto a ela, concluiu que onde quer que Catra estivesse não pode mais ficar lá, parecia cansada e evitava contato visual, Adora sentou com cuidado ao seu lado no sofá, afinal gatos eram ariscos.

– Catra... – pousou a mão no ombro na felina, que se eriçando brava virando o rosto. – Catra, olha pra mim. – pediu com a voz mansa, buscando o outro ombro da felina e fazê-la ficar de frente para si. – Tudo bem, eu estou aqui, você não está sozinha. – Adora limpou com o polegar algumas lágrimas que caíram do rosto da felina. – Eu sei que você está assustada, eu também estou, mas eu só te peço para não fazer nada precipitado, me deixar te ajudar, vamos resolver isso juntas.

– Como vamos resolver isso? – perguntou Catra.

– Eu não sei, mas confia em mim! – Adora se levantou indo até cozinha, voltando com um copo de água. – Aqui! Agora se acalme, você pode ficar pelo tempo que quiser.

– Eu só preciso dessa noite, não quero que pense que vou te extorquir ou algo assim só porque o filho é seu. – disse terminando de tomar a água, a verdade é que Catra não queria dinheiro ou qualquer coisa de Adora, só precisava de boa noite se sono.

ACCIDENTAL (G!P) (CATRADORA)Onde histórias criam vida. Descubra agora