2 • Os Sussurros do Vento

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Já havia passado das nove da manhã quando ela estava realmente pronta. No instante em que se arrumou, ela saiu para fora, desceu algumas escadas, atravessou alguns corredores que dão acesso a sua torre no castelo construída com a ajuda de suas mãos. A sala na torre é um lugar no qual ela costuma passar boa parte de seus dias, principalmente por ter se tornado uma mulher que também rege os negócios da família.

Agora em sua sala, com uma janela grande o suficiente para ter uma vasta vista da cidade que vem crescendo cada vez mais, ela analisa mais uma vez o horizonte, que é banhado pela luz do sol. O cheiro que invade o seu nariz assim que o vento muda seu rumo, nunca fora sentido antes e a deixa curiosa, com um desejo de querer ficar um pouco mais na posição em que está. No entanto, o vento sopra mais uma vez, mas desta vem em sua direção, como uma lâmina afiada que corta seu peito e gera um lamento agonizante de dor, que a faz colocar a mão sob seu peito como se também sentisse.

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Estando na segunda torre do castelo com os olhos fixos em nada e a mente tão branca quanto o quadro que está ao seu lado esquerdo, Levi e desperto pela sensação parecida que afligiu Sn, um sussurro ecoando aleatoriamente de não se sabe onde, mas que o faz olhar em uma direção conhecida, a direção do antigo QG.

Levantando-se, seus pés o levam em direção a janela, que está contrária ao vento que sopra. Mas mesmo que esteja, o cheiro incomum também alcança seu nariz e o faz se sentir curioso com o que quer que seja.

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Do lado de fora do castelo no pátio arborizado, Erwin está sentado em uma das cadeiras do pátio e Cadente está ao seu lado e ao mesmo tempo, sente seu corpo arder de forma estranha, como se estivesse no meio das chamas e o fogo o consumisse de dentro para fora. Ingenuamente, as lágrimas caem de seus olhos, preocupando a menina que está ao seu lado, que usa a manga de seu vestido para limpar o rosto de seu pai.

Erwin - Obrigado, querida! - Segurando a mão da menina para tentar disfarçar o que sentiu, ele deixa um beijo em sua mão como forma de um segundo agradecimento.

Cadente - O que foi, pai? Eu nunca te vi chorando assim. - Com seus olhos de duas cores apreensivos e lindos cabelos marrons quase vermelhos, a menina o encara com seriedade. Já o pobre homem, que está diante de uma mente curiosa, tenta se conter para não chorar um pouco mais, afinal, as lágrimas que querem cair, ainda não fazem sentido em sua cabeça.

Erwinn - Não se preocupe, não é nada com que tenha que ter toda a sua atenção. Sempre fui o mais sentimental de nós três e agora não seria diferente. - Por outro lado, Cadente Ignora as tentativas do homem em fazer com que ela deixe o assunto para lá, se levanta do banco e o abraça.

Cadente - E um péssimo mentiroso também!

Erwin - Você também sentiu isso? Bem que sua mãe disse que vocês sentiriam com o tempo.

Cadente - Desde que me entendo por gente, eu escuto as coisas. Eu nunca contei, porque achei que me achariam estranha, mas se isso é comum e a mamãe sabe, eu posso falar disso agora. - Ela volta a se sentar e confiante espera que Erwin diga algo que não a faça parecer estranha, ou que a faça querer falar mais sobre as coisas que vem escutando a vida toda.

Erwin - E o que você acha que é? - Prendendo-se na curiosidade, ele seca seus olhos e volta sua atenção total para a menina assim que toda a sensação vai se esvaindo a medida que o vento vai mudando de lugar.

Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + SnOnde histórias criam vida. Descubra agora