82 • Impossível

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No instante em que sentiu o aperto em seu coração, não houve obstáculos que parassem a determinação de Aruna. O que sentiu naquele momento ia além do que se pode compreender, foi como ter sua alma puxada para uma situação ruim indo em direção a pessoa que ela mais ama. E seus sentidos estavam certos, claro que estavam.

Quanto mais perto chegava do perigo, mais seu coração doía e mais clamava por achar quem quer que fosse que estivesse em perigo. No entanto, jamais pensaria em alguém, um certo alguém, que claramente teria como se defender de qualquer coisa.

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No meio de algumas folhas, Aylin está jogado no chão com um ferimento escancarado em seu peito. Seu semblante é firme e cheio de terminação, no entanto, Aruna sabe que ele não se sente assim, sabe que há algo de errado. Desesperadamente ela se ajoelha diante dele e tenta de alguma forma estancar o ferimento.

Kage — Esse é o filho da senhora Sn? Isso não está certo, ele é o mais forte. — Kage também se ajoelha ao lado da menina examinando Aylin por todos os cantos. — Ele foi atacado pelas costas. Algo me diz que a minha rainha terá problemas maiores.

Aruna — Não importa quem seja, eu vou descobrir quem foi e vou arrancar cada membro.

Apolo — Que linda a sua atitude, mas temos que levar ele para a mãe. Não temos o poder de cura aqui.

Mitsuki — Nem mesmo eu posso fazer alguma coisa. Esse ferimento é errado, estranho!

Aruna — Vamos, me ajudem a carregar ele para a maluca que nos enfiou nesse mato ridículo. — Mesmo sabendo que ele está sem forças, mais pálido do que deveria, franzino, Aruna o pega em seus braços como se não fosse nada e sai andando na direção em que Kage indica. — Você não vem?

Kage — É melhor que eu fique para saber quem ou o que fez isso. Seus pais ainda devem estar no meio dessa bagunça e eu acredito que seja mais arriscado.

Aruna — Proteja meus irmãos. Vou querer boas explicações da sua rainha idiota! — A menina se vira para o caminho e o segue ao lado de Apolo e Mitsuki.

Aurora — Vou tentar contatar minha mãe, isso não pode ficar assim. Mexer com meu irmão já é demais.

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Como um raio negro passando entre as coisas, Ycaro dança elegante com sua espada cortando alguns monstros estranhos que apareceram, galhos. Cortando mais alguns matos ali e aqui, seus olhos avistam duas de sua irmã, ou melhor, Aruna e Aurora, caminhando lado a lado.

Ycaro — Aru? — O garoto corre até a irmã, tendo total certeza de que é ela quem está ali. — Esse é o Aylin? O que aconteceu?

Aurora — Ele foi atacado por uma coisa que não deveria estar nessa floresta. Você compreende a gravidade disso, não compreende?

Ycaro — Já tentaram curar a ferida? Você tem grandes poderes, não tem?

Aurora — É uma ferida infectada, foi feita para arrancar a vitalidade dele e o colocar em coma. Se eu tocar ali, o mesmo vai acontecer comigo.

Aruna — E você me deixou tocar nele desse jeito?

Aurora — Essa coisa não afeta pessoas comuns. Mas afetaria o Ycaro, eu e o ruivo ali. Eu já vi isso antes e acreditem, pessoas indestrutíveis se tornam nada diante dessa doença. — Ela olha para o irmão sentindo um peso em seus ombros. — Tentaram atingir minha mãe com isso, mas uma das suas aliadas pulou em sua frente e recebeu o golpe da espada envenenada e morreu no mesmo instante em que entrou em contato com a lâmina.

Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + SnOnde histórias criam vida. Descubra agora