Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + Sn

56 • Não mais um mal presságio

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Para pessoas comuns, o que torna a morte tão temerosa, é algo que se tem, algo que cheira ao desconhecido, um breu ao fechar os olhos após o último suspiro de vida, desespero que consome até o último fio de cabelo, incerteza em saber se haverá algo após o abraço frio da criatura de manto surrado sem rosto. Mas, a questão é, quem são as pessoas capazes de responder perguntas vagas como essas?
Perguntas necessitam de precisão e certeza, e essas duas coisas, são o que a humanidade nunca teve e talvez nunca tenha.

Ainda chove, os raios caem com crueldade, os ventos sopram para aterrorizar e o silêncio é cortado pelo bater do coração. O homem que atirou do meio do nada, segue cauteloso para a entrada do castelo, esperando as más vindas dadas pela família, um soco ali, um grito aqui, um choroso desesperado e total certeza de que nem mesmo a magia do ser mais antigo presente no castelo, é capaz de reverter a maldição de um raio puro quanto o que a atingiu.

Edward — O que eu devo dizer a eles? Com certeza vão achar que eu a matei e por trazê-la para casa para ser tratada do jeito certo. Esperava mais de alguém da minha linhagem, mas isso? Deixar ser atingida por um raio desses, é patético.

Aylin — Quem é você? — Ainda com suas roupas ensopadas, o garoto decidiu procurar os filhos dos reis antes de poder se trocar e ir proteger Cadente dos raios. Após mais uma vez ter sido dispensado pelas incertezas de Aruna, lhe restou agir para esquecer e tentar mais uma vez. Talvez seja um pouco de humilhação da sua parte, talvez tenha algo mais no meio de toda sua insistência. — Eu perguntei, quem é você?

Edward — Não reconhece o próprio tio? Acredito que não tenha se passado tantos anos desde a última vez que nos vimos nas terras de sua mãe. — Suas palavras fazem Aylin franzir a testa até onde pode e não pode.

Aylin — Meu tio? Que tipo de piada é essa no meio da tempestade, aliás, quem é essa nos seus braços?

Edward — Eu sinto muito! — Edward Snow, o único homem vivo até agora capaz de ser imune as tempestades amaldiçoadas, monstruosas e irracionais. Com poder suficiente para controlar os raios, os desviar para lugares onde não há nenhum tipo de vida, fazer com que os pingos de chuva não sejam tão cruéis com a vegetação. Alguns anos após a morte de sua esposa, Amanda de VengLouá, o seu disfarce para com as pessoas fora arruinado e sua obrigação como um ser que vive mais que humanos normais, foi fugir e se esconder na ilha antiga de Paradis, presenciando tudo, observando tudo cautelosamente como uma alma penada. Em um desses momentos, antes de sua linhagem se estender, uma dessas tempestades o pegou, atingindo em cheio seu coração, modificando totalmente sua forma de viver, o tornando o Senhor das Tempestades. No dia em que a mãe de Sn morreu, ele estava lá, olhando de cima de uma das casas a cena toda acontecer e o raio cair. Estava lá quando Kenny chegou e encontrou Levi e sua mãe já sem vida em um simples lugar. Estava lá quando Erwin se tornou comandante e marchou em direção ao que são agora. Edward Snow estava lá, quando eles se viram pela primeira vez e desde então, nunca mais precisou ficar tão próximo, pois por ser filho de cigana, suas previsões saíram como deveria. — Eu não sei se cheguei a tempo, há uma ferida nela e eu espero que ela esteja bem.

Aylin — Não chegou a tempo de que? — Disposto a tomar toda a culpa para si, por ter em seus braços o sangue do seu sangue, Edward a coloca no chão molhado, dando ao menino a horrorosa vista da rainha "morta". Finalmente, alguns diriam, a matadora finalmente está morta depois de tantas tentativas vindas das mãos do homem ou em parte do destino para levá-la para o outro lado. Mas aqui está a pobre mulher que sofreu tanto, estirada no chão quase irreconhecível, com a roupa queimada, os olhos abertos sem expressão, um buraco na barriga, sorrindo para o nada como se desejasse morrer. — Não... Não, não, não, não. O que foi que aconteceu?