Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + Sn

49 • Tem algo para dizer?

🔥

Deixando as agressões de lado e a euforia do lado de fora da porta, o trio real observa atentamente o pavor nos olhos dos convidados não desejados. Erwin como um homem de palavra e um bom observador, analisa o caso em suas mãos para que não haja de modo algum alguma desavença que o faça ter que agir com um embate ou uma guerra que considere desnecessária em parte. O homem de fios loiros estava crente que voltaria e encontraria tudo na mais perfeita ordem, mas como se trata de sua vida e do mundo onde vive, o caos está sempre lado a lado com a paz.

Erwin — Vejamos, há um certo tempo o atrás mandei para uma missão longe do meu reino como forma de punição por seus atos, além de ter esperança em sua melhoria para consigo e com os demais. No entanto, o grupo enviado raramente mandava os relatórios da missão me fazendo pensar que o pior tinha acontecido e eu de fato não poderia fazer nada. Com tudo, me parece que esse grupo acabou chegando em suas terras e coisas aconteceram, coisas que nos trazem ao agora, essa jovem segurando duas crianças e sua mão decepada. Consegue entender isso, senhor Rya?

Rya — E o que quer que eu faça agora?

Erwin — Me conte a verdade, é tão simples e fácil de se fazer. A não ser que queira esconder algo ruim que tenha feito ou queira proteger alguém tão ruim quanto ele! — Saindo de seu trono, Erwin vai até o homem e coloca as mãos em seu ombro e os pressiona com força na tentativa de intimidá-lo a falar qualquer coisa que seja certa e verdadeira. — Eu sou um homem diferente da minha esposa e do meu marido, mas há momentos em que minha paciência e bom humor se esgotam com facilidade. Estamos apenas nós dois nesse salão e acredite, eu já estive no mesmo lugar em que está agora.

Rya — Não me diga que um rei tão bom quanto a vossa majestade, tenha sido um criminoso?!

Erwin — Fui considerado um por alguns anos e vi minha família ser caçada e quase morta, mas no fim, eu matei todas as pessoas que tentaram me matar. É um preço a ser pago quando se tem o desejo de ser livre, de ter em suas mãos o poder de poder escolher se vai acordar amanhã sem ter um alvo nas costas. E se acha que escondemos que somos para as pessoas que vem de fora, está totalmente equivocado, fazemos questão de mostrar nosso lado bom e o nosso lado ruim, por isso que peço para que diga de uma vez, pois não irá querer ver o meu pior lado.

Rya — A vossa majestade sabe usar palavras bonitas, mas ainda assim, não confio nelas!

Erwin — Então vai ser do jeito difícil. — Voltando ao trono, Erwin deixa sua cora no banco, retira suas roupas ficando apenas com uma camisa branca sem mangas, suas calças e uma adaga em mãos. — Eu acho que, a tortura se tornou um ritual de passagem para os membros da família. Claro que, não há nada melhor que torturar alguém tão ruim quanto alguns de nós, fazer com que a pessoa implore pela vida, mostrar que tem misericórdia e depois... Depois fatiar cada parte dela ainda viva. Mas não pense que sou um psicopata, não faço isso por diversão, apenas com aqueles que merecem. Então, tem algo para dizer?

Rya ─ Quando eu o vi pela primeira vez, ele demonstrou ser apenas um rapaz estrangeiro com boas intensões e um bom sorriso que fazia as jovens caírem aos seus pés. No começo, ele e seus amigos se mostraram leais e apenas buscando formar alianças para um reino que estava começando, com histórias sobre criaturas enormes e pessoas que pareciam deuses. Com o tempo, eles se tornaram agressivos e passaram a roubar de outras pessoas mais pobres da minha cidade no litoral.

Erwin — E qual é o tamanho da sua cidade?

Rya — É uma cidade bem grande de se formos pensar na época em que vivemos, mas há certa distância entre um ponto da cidade e outra, tornando a cidade do litoral a menor. Eu não sabia quem era o líder daqueles malditos, mas aqueles que se opuseram ao terror que estavam cometendo, eram mortos ou açoitados como escravos. Gabriel não parecia ser um desses e vivia em minha casa com a desculpa de ser um bom samaritano.