Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + Sn

55 • O Silêncio barulhento

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Semanas mais tarde

Desde então, algumas semanas se passaram, semanas que pareceram centenas de anos, como estar diante de tudo e não poder fazer nada. Quando os dois homens partiram, a mulher se viu no mesmo ponto de partida de quando foi obrigada pelas leis tiranas divinas, a viver sozinha da forma mais imunda possível. Sn não costuma se arrepender de seus atos, mas se mantém em estado de silêncio quando a onda escura chamada passado a atinge com toda a força e a arrasta para o fundo do mar da escuridão.

Nos dias que se seguiram, não se viu a matadora em lugar algum, muito menos na torre de seu escritório ou aterrorizando algum soldado por ai. Em seu quarto, apenas suas roupas no mesmo lugar deixadas. Seus maridos mal entendem o motivo do sumiço e não sabem por onde procurar, já que, seria óbvio demais usar o antigo QG ou a casa no norte como refúgio. Os filhos, sentem falta da mãe, mas não ousam falar sobre, pois conhecem a história, sabiam que em algum momento ela seria engolida por fingir estar bem.

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O dia que ardia brilhante se apaga, ofuscado por uma massa de nuvens negras, cinzas e sem escrúpulo algum. De lá para cá da para se ouvir o som dos trovões ecoar como o som de um canhão potente de munição infinita, indicando para os mais antigos a tempestade de raios que presenciou coisas que apenas olhos marcados pela morte podem contar. Que ironia do destino, mais uma vez pondo os três no meio de uma perigosa aventura para se encontrarem e no fim se separarem novamente. Pobres almas, fadadas a viver a boa vontade de um ser ganancioso e medíocre como o destino.

Levi — É a mesma tempestade da última vez, não temos mais tempo e não podemos mais sair. Erwin, o que vamos fazer?

Erwin — Eu não sei, me perdoe por falhar mais uma vez, me perdoe por ser um péssimo marido.

Levi — Você nunca foi péssimo, Erwin. Apenas quis descobrir o que estava acontecendo, quis levar adiante a humanidade para um caminho que poderia ser ruim tanto para eles quanto para nós, ainda sim, nós não o culpamos por nada!

Erwin — Mas a nossa mulher está lá fora em algum lugar e eu não tive a capacidade de acha-la, muito menos de achar uma pista sobre ela!

Levi — Onde está a sua fé? Se você não acreditar, nós iremos a ruína, pois Erwin Smith é o único capaz de os fazer viver um pouco mais. — Com as mãos apoiadas na mesa em frente aos tronos, sua mão direita tenta conter as lágrimas irritantes que insistem em cair. Quanto a Levi, docemente tenta afastar o desespero de seu marido para que apenas ele se sinta afligido com o sumiço de sua esposa.

Aylin — Me perdoem por chegar agora, mal consegui sair do porto com a tempestade que está vindo do sul. Tive que ajudar os soldados a se proteger criando uma barreira anti-raio e anti as ondas do mar, que podem causar um bom estrago. — Com as roupas pesadas de tão molhadas, o jovem não tão jovem, aprofunda-se pela o salão com o humor de um ogro esfomeado.

Erwin — No seu caminho de volta, a encontrou ou sentiu algo?

Aylin — Eu sinto muito, majestade, meus poderes estão sendo afetados por essa tempestade e a última estabilidade que me restava, usei para ajudar meus companheiros. Se me derem licença, preciso preparar a princesa Cadente para suportar essa chuvarada toda, ela é nova nisso.

Erwin — Proteja as minhas filhas Aylin, quando eu não estiver mais aqui, as confiarei a você.

Aylin — Se eu pudesse morrer, daria a minha vida por elas!

Levi — Vá se secar e peça para que meus filhos venham direto para a sala do trono!

Aylin — Majestades. — Reverenciando seus reis, o menino se afasta aos poucos sentindo algo esmagar lhe o coração como quem esmaga uma laranja para tirar o suco. Claramente a falta que a rainha faz em meio aos outros, é notável e desagradável. Afinal, mesmo que seja uma mulher de palavras físicas, o povo e a família a amam incondicionalmente.