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Na janela de seu quarto ela observa como a noite vai embora com delicadeza, como o céu muda sua cor ao decorrer do tempo que vai passando e como todas as coisas parecem tão pequenas se olhar por um ângulo diferente. No dia em que saiu andando pela cidade ao libertar Galliard, ouviu coisas, conversas que a fizeram pensar em como tudo parece tão diferente agora e como terá que lidar com tudo.
Enchendo seus pulmões de ar, ela respira fundo diversas vezes, da meia volta e caminha para fora de seu quarto em silêncio, sem fazer barulho com seus sapatos no chão esperando conseguir sair de uma maneira tranquila para ver o mundo com os olhos que necessita há um bom tempo. Mesmo que tenha trancado um mistério vários outros continuam e talvez alguns precisem passar por suas hábeis mãos.
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Ela desce as escadas em frente ao castelo observando atentamente algumas luzes acesas do lado de fora das casas, alguns gatos passando, os passarinhos começando a sair de seus ninhos. Vez ou outra acha ver um vulto ou dois, como se as coisas da noite corressem de quem ela é e do que ela pode fazer. Sabendo onde quer ir, ela vira a sua esquerda no quinto beco que leva a uma pequena praça da cidade, onde há uma grande beleza marcante, uma fonte de água pura vinda do rio que corta a ilha. A direita, três ou quatro quadras para lá, está o rio que corta a cidade, com várias pontes renovadas, com luzes e lanternas, no entanto, seu primeiro foco é a fonte que reflete a mudança de aquarela do céu.
Com mais alguns passos em direção a fonte, ela sente um arrepio em suas costas e sabe que seu corpo está a alertando de um perigo incomum, algo que não seja normal. Fingindo não se importar, ela chega até a fonte, se senta na beira e cruza suas pernas esperando o que quer que seja aparecer para tentar contato. Se fosse há alguns anos, ela estaria receosa, mas aprendeu a conviver com a ideia de as coisas são mais do que os olhos podem ver.
Pelo mesmo caminho que ela veio, ela nota uma coisa diferente e para ter certeza, pisca duas vezes e finge mudar o rumo de seu olhar fingindo total desinteresse. No entanto, sua visão periférica pode ver algo se materializar diante dos prédios naquele corredor, uma pessoa completamente igual a Erwin. Ele se aproxima normalmente, seus passos são comuns e a sensação de ameaça que ela estava sentindo, foi completamente tomada por uma sensação de calma.
Sn — O que te traz aqui em um momento como esse? — Sua voz sai em sobressalto e seu visitante deixa de lado a ideia de se passar pelo marido da mesma. — De qualquer forma, seja bem-vindo!
Erwin — Como notou que não sou o homem com quem é casada? — Despreocupado, ele se senta ao lado dela com um sorriso terno, como se fosse seu pai ali. Mesmo que por um instante, Sn soube o que foi ter um pai amoroso e gentil. Além disso, o Erwin que está ao seu lado, tem suas notáveis diferenças, mesmo que seu rosto seja parecido com o seu Erwin.
Sn — Por mais que vocês dois sejam iguais, você me olha com a ternura de um pai, não de um homem. Você veio de lá para cá com um sorriso amoroso, como se estivesse reencontrando uma filha.
Erwin — Você tem total razão, eu não poderia mentir em meus olhos!
Sn — O que te traz aqui? Foi ela quem mandou você?
Erwin — Infelizmente sempre estamos por aqui, escondidos de uma forma que ninguém possa ver. Ela me pediu para te contar uma história, mas eu não sabia quando e como fazer. — Ligando os pontos, Sn consegue a certeza de que a sensação ruim não vem dele e que as coisas que as pessoas estão vendo escondidas nos lugares, é o motivo do povo de outro mundo estar ali.
Sn — E qual história seria essa?
Erwin — Há um tempo, quase no mesmo tempo em que você conseguiu derrotar seu pai, nós do outro lado passamos por uma revolução e uma quase extinção completa. No entanto, tudo era mais complexo que um evento natural do espaço. A nossa rainha estava passando por uma intriga familiar onde um parente distante destruiu sua família para obter aquilo que ele mais desejava. Suas ações resultaram na extinção de vários povos, reinos inteiros e no final de tudo, ainda não conseguiu o que queria porque ele não poderia pegar com suas próprias mãos. Houve batalhas após, houve linchamento e tudo que pensar de pior naquele mundo e um dia, o seu, o meu e o dela, acabaram se encontrando.
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Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + Sn
FanficPoder [...] Afinal de contas, o que é o poder? Por que nos tornamos insaciáveis quando se trata de obter aquilo que se mais deseja? Não importando onde e quando, o poder sempre será uma fonte instável e de grande perigo nas mãos de qualquer pe...