Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + Sn

79 • Nao desistirei

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Ali está ela, sentada na ponta da cama com um copo vazio em mãos, tão vazio quanto seus olhos olhando para o mesmo ponto há trinta minutos. Há muitas para se fazer de sua parte, mas a sua boca não sabe por qual delas deve começar ou como dever agir, se deve correr com seus filhos para bem longe, se deve voltar a estar morta, se deve voltar ao passado catatônico de ter tido uma espada atravessada em seu corpo. O aniversário de sua filha está a um dia e meio de chegar e seus ânimos para o evento são tão nulos quanto o sorriso em seu rosto.

Era realmente isso o que queria? Você realmente prestou atenção nos mínimos detalhes à sua volta?

Levi - Até quando vai ficar sentada nessa cama com essa cara ridícula? A antiga Sn já teria dado um jeito de colocar um sorriso na cara e mostrado ao inimigo o quão forte somos. - Levi está escorado na entrada da porta do banheiro apenas com uma toalha em volta da cintura e outra em sua mão para poder secar seus fios escuros. Seus olhos encaram sua esposa com seriedade, esperando a mais dura resposta para poder retrucar da melhor forma.

Sn - Vê se ela está enfiada na sua bunda. - /n se levanta e alonga os ombros, deixando o copo no exato lugar que Levi odeia, apressando-se para sair. Sua saída elaborada consiste em retirar a camisa bege de dentro das calças e logo jogar sob a cama, dando a bela vista de seu corset azulado de pequenas pedrinhas pratas.

Levi - Você não disse uma coisa dessas, Sn Ackerman Smith, trate de voltar para esse quarto imediatamente. - Deixado para trás, Levi vai até a porta e a vê se afastar cada vez mais virando no corredor mais próximo. Parado na porta em sua situação deplorável, o homem desconta sua raiva com um mínimo golpe na porta, fechando em seguida.

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Em um corredor ao norte onde há uma longa linha onde não há janelas, cortinas ou guardas, a rainha está debruçada na mureta adornada por detalhes feitos por tinta. Seus cabelos estão soltos e deixam que o vento que vem de lá, os balance para trás como se estivesse navegando em direção a uma nova aventura em busca de um tesouro perdido.

Erwin - Você vem comigo. - Aparecendo na janela do lado, o homem a chama com a voz e com os dedos. No entanto, para a sua surpresa, seu coração é acertado por um sorriso doce da mulher, um grande sorriso largo e envolvente que o faz corar podendo ser comparado a um tomate. No entanto, passando pelo sorriso tão quente e brilhante, algumas lágrimas caem incontrolavelmente. - Eu sei que está preocupada, mas vamos vencer esse inimigo, vamos proteger o reino e nossa família. Dessa vez não estamos sozinhos, na verdade nunca estivemos!

Sn - Eu sinto que falhei quando disse que as coisas seriam diferentes depois da Batalha de Eldia. Mas essas pessoas parecem brotar de algum buraco sujo pra tentar fazer o mal e eu tô tão cansada de tudo isso.

Erwin - O outro Erwin disse que depois que a gente se acostumar com essa vida, é até divertido fazer um joguinho com eles. Mas eu sei que não quer um jogo, sei que quer proteger as crianças e é o que vamos fazer, mesmo que custe nossas vidas!

Sn - Acredita que ainda podemos morrer?

Erwin - Acredito que podemos fazer tudo que nos for possível, então pare de chorar e vamos, as pessoas precisam ver o seu rosto e o seu marido quer te dar uma boa lição! - Ao se aproximar, o rei a envolve em um abraço quentinho, como estar embebida por um banho de água quente em um dia frio.

Sn - Acha que eles me acham um fracasso?

Levi - Fracasso? - O vento bate mais uma vez e as expressões se encontram. Levi quer entender o motivo de sua esposa estar tão apática, ele deseja voltar a sentir o que tinham antes de todo o caos cair como uma bomba entre os três e fazê-la sentir medo de expressar seus sentimentos, assim como ele foi um dia reprimido em seu próprio mundo. - Me diz onde fracassou, Sn, quero que... Eu ordeno que fale onde foi que fracassou. Porque quando eu olho pra você, eu não vejo alguém que fracassou e eu tenho certeza que nunca vai.