39 • Confusão

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Dentro da sala de Hange, Aylin se mantém procurado ao ver a menina deitada sob a cama em um estado inconsciente, com os ouvidos sangrando e uma situação ruim com toda a família, afinal de contas, sua identidade real foi revelada. No entanto, a verdade contada no dia anterior, tinha oitenta por cento de verdade, mas optou por não contar tudo, não havia necessidade dos demais saberem sobre quem é. Hange como uma mulher de mente aberta, fez questão de deixá-lo dentro da sala para que não fosse empurrado contra a parede para poder explicar o motivo das asas e os olhos verdes brilhantes.

Hange — Quer me contar como conseguiu asas? — Enquanto limpa os ouvidos da sobrinha para poder examinar, a mulher se disponibiliza para ouvir o lado do jovem assustado no canto da sala. — Eu não vou te julgar, Aylin, já vi tantas coisas nessa vida, que eu posso facilmente entender o seu lado!

Aylin — Eu não sei por onde começar, a história que eu contei aquele dia tem boa parte da verdade, mas eu deixei algumas coisas no escuro, não achei que precisassem saber.

Hange — Pode falar no seu tempo, vamos ficar aqui até as coisas se acalmarem lá fora. Aqueles três querem acabar com você, garoto.

Aylin — Eu não tenho dúvidas.

Hange — O que foi aquele grito?

Aylin — Foi a minha mãe há quinhentos anos atrás em uma situação que felizmente não aconteceu. Ela conseguiu sair de um destino que não deveria existir.

Hange — Espera, me explica isso direito, como assim há quinhentos anos atrás?

Aylin — Há muito tempo, minha mãe foi mandada para uma jornada para acabar com uma criatura que estaria prestes a destruir diversos mundos, incluindo o dela. Então ela atravessou um portal e caiu em um mundo paralelo a esse, com as mesas histórias, com os mesmos acontecimentos. A sua chegada lá, afetou boa parte do curso dela e para evitar um desastre maior, ela decidiu colocar tudo nos eixos quando descobriu a verdade sobre a sua tal missão naquele lugar.

Hange — Está dizendo que você e sua mãe são de outro mundo?

Aylin — Somos de outro universo, um universo solitário e antigo, que não tem ramificações para se manter como todos os outros universos comuns. Mas a sua missão não foi a primeira vez que a fez cair naquele mundo. Quando era pequena e estava brincando com meu avô, ela atravessou um portal natural indo parar naquele mundo influenciada por um acontecimento que viveria mais tarde, uma conexão de almas, assim como a senhora Sn tem com o senhor Erwin e o senhor Levi. Na época em que era menina, atravessou toda ilha de Paradis em busca da versão do senhor Levi daquele mundo e foi assim que se conheceram pela primeira vez até meu avô a encontrar no meio daquela gente.

Hange — E o que mais?

Ayli — Para eles, daquele mundo igual a esse, ela viveu essa história quando criança, há trezentos anos atrás, ao menos para ela. Afinal, vocês tinham uma forte maldição gerada pela criatura que deu origem aos titãs, de reviver determinadas coisas graças ao poder do titã de ataque. E quando falo sobre os quinhentos anos atrás, me refiro ao dia em que ela caiu no mesmo lugar anos depois para eles, reencontrando aquele Levi, que não se lembrava dela graças ao meu avô, que ocultou algumas partes da vida dele.

Hange — E o que aconteceu depois?

Aylin — Nesse momento a história daquele mundo está acontecendo no passado e as coisas que acontecem lá, afetam esse mundo diretamente. Não só por viver em uma única linha de ramificações, mas também por ter ligação direta com o mundo do passado. Essas ramificações são fortes e gosto de chamá-las de teoria do multiverso. — Aylin procura por um papel para poder desenhar a forma como enxerga o momento do mundo onde pisa. — Esse ponto no centro, é o mundo original, vamos chamá-lo de mundo X. Tendo o mundo X, ele passa a ser único até certo ponto, no entanto, um evento recorrente faz uma outra história surgir, um outro mundo, que vamos chamar de A.

Nasty Desires - O Poder Em Nossas Mãos | Levi + Erwin + SnOnde histórias criam vida. Descubra agora