Reconquistar - Choni G!P

The night

Capítulo Narrado por Toni.

- Vocês precisam respirar e manter a calma, isso não vai levar a gente a lugar algum. - comentou Penélope, assim que entregou a xícara de chá de camomila para mim e a filha, que estávamos sentadas lado a lado no sofá.

- Isso não deveria ter acontecido. - Cheryl murmurou nervosa olhando para um ponto fixo no chão, suas lágrimas caiam silenciosamente, e eu chorava do mesmo jeito. - É a melhor escola que eu pude matricular a menina, Verônica nunca teve problemas assim com o Jacob. - disse amarga.

- Por isso, nenhuma criança vem com GPS filha. - pontuou a minha ex sogra. - Estou com o coração dilacerado por vocês, mas não devemos pensar no pior. - a mais velha disse olhando para mim.

- Sua mãe tem razão Cher, devemos nos acalmar e ficar juntas pra qualquer tipo de situação que venha aparecer na frente. - Cheryl olhou pra mim e concordou com a cabeça, segurando em minha mão e apertando, sorri.

- Olha, eu vou avisar o detetive pessoal do seu pai, mas ainda acho que devem ir até a escola ajudar na procura, Maxine ama brincar de esconde esconde, e deve estar escondida em algum lugar. - pontuou dando um beijo na cabeça da filha, e depois em meu rosto.

- Concordo dona Penélope, iremos ver o que faremos. - a mulher sorriu sumindo para outro cômodo.

O silêncio pairou sobre a sala, talvez não me incomodasse tanto pois tudo o que eu queria saber era aonde estava minha filha, com quem estava, se estava com fome ou passava bem, eu só queria ter ela em meus braços novamente para poder aperta-la com amor e carinho.

Cheryl não falava nada, mas apertava suas mãos em sinal claro de nervosismo, sua pele retratava a coloração de quem tinha medo, ela soava frio, e eu não estava diferente.

- Toni.. - chamou-me com a voz rouca e falha, olhei pra mulher que um dia teve meu amor todo só pra ela.

- Oi? - virei para enxerga-la melhor.

- Eu tenho que te pedir desculpas. - começou.

- Pelo que? - perguntei ainda em entender.

- Por ter sido grossa com você durante esses dias, as coisas não estão certas, não tendem a ser assim. - suspirou me olhando. - Olha, temos uma filha juntas, um vínculo que sempre será maior do que todas as nossas brigas e desencontros, nossa filha, o ser mais importante da nossa vida, que agora está em qualquer lugar, menos conosco Toni. - seus olhos começaram a derramar lágrimas lentamente, meu coração se apertou, não pensei duas vezes antes de abraçar seu corpo e permitir que ela chorasse.

- Shhh Cherry, tá tudo bem, eu te desculpo, e me desculpe também. - eu dizia enquanto acariciava seus fios de cabelo negros. - Você tem razão, Max é o amor das nossas vidas, independente de qualquer coisa.

(...)

Meia hora depois das desculpas minhas e de Cheryl, a escola nos ligou novamente, nos informaram que encontraram Max para a glória.

- Aonde você estava? - Cheryl perguntou ao apertar nossa filha nos braços pela milésima vez, meu coração batia tão afoito dentro do meu peito, mas era de alívio.

- Ai mamy, está me sufocando. - a menina reclamou ao gargalhar dos beijos babados, olhei para a coordenadora da escola que me olhava com receio.

- Ela estava dormindo dentro do armário de limpeza, disse que estava brincando de esconde esconde com os amigos, e ninguém à achou. - explicou a mulher.

- Eu sou muito boa mamy, temos que brincar no parque qualquer dia desses. - juro que por instantes vi Cheryl quase sumindo de tão branca.

- Não, nem pensar! Não brincamos mais de esconde esconde enquanto a mocinha souber à não dar sustos em nós. - Maxine não entendia nada do que a mãe falava.