Meu bebê

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Nos divertimos um pouco, e logo meu pequeno anjo reclamou de fome para mim.

- Tia Cheryl, minha barriga ronca. - reclamou apontando para o estômago.

- É só fome mesmo? - ela assentiu. - Acho que você é toda idêntica a sua mãe. - ri baixinho me ajoelhando em sua frente. - O que acha de irmos comer no restaurante de sua avó?

- No, mamá cocina igual ella. - eu ri. - quiero algo diferente.

- Mas eu não posso te dar besteiras, eu acho. - torci meu nariz em uma careta para a menina.

- Ah Cher, é só hoje.. - o apelido dito pela menina me fez ter um choque de nostalgia.

- Cher?

- Si, mamá as vezes quando me falava da senhora, usava esse nome. Ela disse que era o apelido, embora sempre me disse que seu nome era Marjorie. - pois a mão no queixo em forma de pensamento. Eu quase apertei ela em meus braços.

- Okay, então acho que podemos ir comer algo mais diferente mocinha.

- Yeaah! - comemorou minha princesa.

Nós fomos a um restaurante bem próximo ao local que estávamos. A pequena me surpreendeu ao escolher bastante salada ao invés de pegar coisas gordurosas e fritas. Toni tinha criado nossa filha muito bem.

Quando saímos do estabelecimento, peguei o telefone e me permiti ligar para a latina, perguntando se poderia dar um sorvete pra menina.

- O que vocês comeram até agora?

- Pintamos um pouco, depois almoçamos e por fim estamos indo ao parque, ela vai ver outras crianças com doces por lá.

- Eu não sei Cheryl, depois ela fica elétrica.

- Só hoje Toni, por favor. - a latina/canadense suspirou.

- Tudo bem, apenas um sorvete.

- Obrigada.

Conduzi a menina dentro do meu carro até o parque, estacionei em uma das vagas por ali, peguei em sua mão e começamos a caminhar.

- Toni deixou você tomar um sorvete. - seus olhos brilharam. - De que sabor vai querer?

- De morango! - exclamou divertida. - Com confeitos de chocolate e tudo mais.

- Sim senhorita.

Fui até o carrinho de sorvete, pedi para o rapaz que ali trabalhava, um de morango e outro de cereja, com os mesmos acabamentos. Paguei ele e entreguei o sorvete pra Max.

- Aqui filha. - ela me olhou sorrindo de lado.

- Obrigada Cher. - meu coração estava prestes a explodir de tanta emoção. Meu Deus, eu tive uma filha com o amor da minha vida. - A gente pode se sentar em um dos balanços?

- Podemos sim, por que não? - ela sorriu com a língua entre os dentes, perfeitamente como Toni fazia.

Nos aproximamos dos balanços, Max sentou no verde e eu ao seu lado no azul. Embora parecia que não poderia adultos utilizarem esse brinquedo, creio eu que ninguém se atreveria a vir falar algo logo para mim.

- Você trabalha de que? - perguntou me chamando a atenção. - Eu sei que minha mamá defende pessoas e empresas, e o tio Archie trabalha nas escolas. - revirei os meus olhos ao ouvir a pequena falar sobre o mongolóide.

- Eu sou segunda dona de uma grande empresa voltada para a mecânica mi amor. - seus olhos me avaliaram de baixo para cima. - Sabe o que significa?

Reconquistar - Choni G!POnde histórias criam vida. Descubra agora