Natal

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Capítulo narrado por Toni.

- Toni, não fique mal, ei, para de chorar. - A voz do meu irmão me despertou do transe, os dedos do maior enxugaram as lágrimas grossas que insistiam em cair.

- Tudo dá tão errado na minha vida. - Mordi meu lábio soluçando em meio ao choro, em menos de dois segundos seus braços fortes passaram pelo meu corpo, afim de me abrigar em seu peito. - Droga Fangs! Eu só queria ajudar!

- E você ajudou pequena, não fez nada de errado. - Fiquei quieta por algum tempo. O resto do pessoal havia nos deixado sozinhos assim que Cheryl saiu. - Toni, não fica se margorizando com as palavras que ela te disse, poxa vocês se amam.

- É difícil quando alguém que você ama diz na sua cara que não confia em ti. - Ele olhou para os meus olhos e suspirou.

- Pensa que Cheryl não conviveu com muitos nãos dos pais, ela ainda pode ser um pouco imatura Toni, mas não significa que ela não te ame ou não confie em você. - Me senti segura no tom que ele usava para me explicar as coisas. - Vocês já estão bem grandinhas pra esse tipo de coisa, estão com uma menina linda e encantadora de oito anos, e um no forno. - Respirou fundo. - Pensa que se fossemos nós descobrindo que o papai tem outro filho fora do casamento, o cara que sempre consideramos herói, na verdade pensa se fosse a mamãe já que ela nunca nos decepcionou, e se Cheryl fosse investigar antes de te contar, iria ficar feliz em saber que ela te escondeu isso? - Neguei com a cabeça.

- Talvez eu reagisse melhor, não a insultasse. - Ele concordou meramente. - Mas sei que ela tem outros pensamentos, assim como Jason pelo que conheci não é nem um pouco confiável. - Desta vez eu quem enxuguei minhas lagrimas.

- Vai atrás da sua mulher, estamos prestes a viajar em família, não fiquem brigadas. - Assenti. - Eu amo você!

- Te amo mais. - Me entreguei nos braços do mais velho para um grande abraço.

[...]

Dirigia sem rumo pelas ruas de Miami, já era inverno e logo o gelo começaria a cair por aqui, mas enquanto isso, o calor era presente e inseparável.

Minha cabeça me levava para o nosso lugar toda vez que eu pensava, mas seria muito irônico se ela realmente estivesse ali.

Seguindo meus pensamentos mais presentes, estacionei o carro perto da nossa casa que tínhamos ali, tirei os chinelos e fui caminhando em direção as pedras tão conhecidas.

A areia entrava em meus pés, me dando sensações nostálgicas, a brisa batia em meu rosto, jogando os fios do meu cabelo para trás.

Não demorou muito para que eu avistasse a mulher sentada de frente para o mar.

Me aproximei com cautela, sem fazer nenhum barulho, o único som que emanava, era o do mar.

Sentei ao seu lado, suspirando ao vê-lá bebendo algo em uma garrafa de vidro, sabia que era álcool.

Sua cabeça se virou apenas para que ela pudesse me ver, seus olhos vermelhos mais do que nunca, denunciava o quanto ela tinha chorado.

- Ele sempre cobrou muito de mim. - Começou a mulher que tanto amo, falando com a voz amarga e distante. - Sempre disse que eu teria que ser exemplo naquela casa, que teria que ser a melhor dona que a incorporação já teve. Mas era meu herói, sempre foi. - Seu sorriso amargo denunciou o quanto estava ferida por dentro. - Mas sua capa se rasgou diante dos meus olhos quando soube que ele traiu minha mãe, e de brinde veio um fruto disso tudo, que hoje quer roubar tudo o que eu e Sophie conquistamos para ter.

- Seu pai não sabia que ele era existente, e se sua mãe perdoou, não à muito o que se possa fazer. - Disse a única coisa que veio em minha mente naquele momento.

Reconquistar - Choni G!POnde histórias criam vida. Descubra agora