Natal²

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Acordei no outro dia, somente por conta dos chutes constantes que meu pequeno ser dava dentro do meu ventre. Eu estava me sentindo enjoada e teria de levantar. Com muito custo abri os olhos e respirei fundo tentando mandar todo o enjôo para dentro novamente. Eu podia ver o escuro da madrugada através das cortinas, isso significava que não se passavam das seis da manhã.

Ao meu lado, minha namorada dormia em um sono profundo, os fios de cabelo ruivos caiam sobre seu rosto corado por conta do frio que fazia no quarto, sua boca rosada e completamente desenhava, aquecia meu coração com fervor, céus, como eu amo esta mulher.

O bebê parece ter muito ciúmes, pois nos seguintes instantes já não parava mais quieto.

- Eu já entendi, você é quem manda. Mamãe já esta levantando. - Murmurei passando as mãos na barriga redonda, me levantei.

Meus pés descalços trilharam o caminho até o banheiro do lado de fora, aonde eu comecei a tirar a roupa quando nele cheguei e tranquei a porta. Por fim fiz um coque alto no topo de minha cabeça.

Graças a Deus era só pressa do bebê para que eu me levantasse, já estava com cinco meses e meio e não tinha mais os enjôos.

Tomei meu banho pensando em como iria contar o sexo para Cheryl, se ficaria surpresa ou se estragaria a emoção por conta de já sabermos o do bebê da Minerva.

Em meio aos meus pensamentos mais distantes, nem percebi que já se passavam os segundos, e se tem uma coisa que eu detesto, é desperdiçar água.

Desliguei o chuveiro, tremendo de frio, a neve já caia do lado de fora da casa, o que me fazia questionar por que minha mãe havia escolhido uma casa de praia.

Corri com cuidado de volta para o quarto, Cheryl ainda dormia, então fiz questão de ser cuidadosa para me trocar.

Procurei por uma calça moletom na cor rosa bebê, e uma blusa de manga longa moletom na cor branca, nos pés coloquei pares de meia e para mim estava tudo okay.

Assim que passei meu perfume, fui em direção à cozinha no andar de baixo, tendo o relógio marcando seis e duas da manhã, de uma véspera de natal.

No andar de baixo, a árvore parada na sala, estava repleta de presentes, havia escolhido o de minha filha com muito amor e carinho, era o que ela mais queria durante os meses desde que chegamos aqui. Porém a árvore estava completamente pelada, sem qualquer decoração.

Sorri indo em direção a cozinha, busquei por alimentos nos armários e na geladeira, enfim, comecei a preparar minha refeição.

- Mama... - uma voz sonolenta despertou-me dos devaneios.

- Hey mi amor. - me virei para a pequena que coçava seus olhos castanhos esverdeados. - O que faz acordada tão cedo? - a menina sorriu e caminhou até perto de mim.

- Eu perdi o sono. - respirou fundo e abraçou minhas pernas.

- Não acordou seus avós? - perguntei ao acariciar a cabeça dela com minha mão esquerda. Max batia na altura de minha cintura.

- Não mamá, eu dormi com tia Verônica hoje, acordei primeiro e desci, estou com fome, aonde está a mamy?

- Sua mãe ainda tá dormindo filha. - Voltei a mexer os ovos, voltando a segurar a panela com as duas mãos. - Estou fazendo café, senta e espera.

- Tá bem. - Não consegui ver por que estava de costas, mas era certo que Maxine já estava sentada na mesa. - Quando vamos decorar a árvore?

- Podemos fazer isso daqui a pouco meu amor. - Logo as coisas no fogo ficaram prontas, mas o café ainda tava na cafeteira. - Vai querer o que?

Reconquistar - Choni G!POnde histórias criam vida. Descubra agora