O sócio

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Flórida-South Beach/Alguns Anos atrás.

- Aqui está o dinheiro que me pediu Luz. - Avisou Clifford deixando na mesa um bolo de notas 50 dólares.

- Isso tudo? Mas eu só te pedi do aluguel. - Rebateu a mulher olhando para aquela quantidade exorbitante de dinheiro, por fora parecia ter uns dois mil dólares.

- É pra você pagar um lugar melhor pra você ficar, esse lugar é perigoso, sujo e principalmente muito longe da cidade. - Pontuou olhando para o apartamento de dois cômodos com um certo desgosto.

- Nem todo mundo tem dinheiro como você Cliff, as pessoas sobrevivem do jeito que podem! Acha que eu gosto de morar aqui? - Apontou para o local.

O pequeno apartamento possuía as paredes cobertas de um papel de parede azul turquesa com desenhos de flores vermelhas, a cama de casal em um canto, uma cômoda marrom antiga dos anos 50, em cima cremes e acessórios para higiene pessoal, havia também um toca disco que ficava encima de uma cadeira amarela, no outro canto, uma pia onde encima dela pairava um armário branco meio amarelado, pela a sujeira do tempo, e um fogão de duas boca ali delimitava-se a área da cozinha, e havia uma pequena porta onde podia se entrar no banheiro.

- Acha que gosto de trabalhar na linha de produção da sua fábrica? Ficando em pé o dia todo? - Perguntou a mulher em um tom raivoso. - Clifford passou as mãos pelo os cabelos que estavam úmidos, não porque havia acabado de banhar, mas porque suava, tanto pelo o calor, quanto pelo o ambiente que não era ventilado.

- Luz, eu já dei a opção de subir de cargo, e você não aceita, eu não sei o que posso fazer mais pra te ajudar.

Luz Santos era um mulher linda, no auge dos seus 23 anos, pele dourada pelo o sol, cabelos negros, olhos castanhos e um corpo moldado pelo o seu sangue latino.

Decidida, bonita, inteligente e sexy, esses eram os atributos que tanto haviam chamado a atenção do audacioso e herdeiro das indústrias Blossom, Clifford.

Em um passeio de rotina pela a fábrica, ele a conheceu, e desde então vinha cortejando-a, e lhe lançando galanteios, mesmo sendo casado à 1 ano com Penélope.

As coisas entre ele e a esposa não tinham sido fáceis no primeiro ano, eles eram muito diferentes, e Penélope buscava as mudanças que todo homem sofria quando se casava, ela buscava dele responsabilidade e principalmente que o homem abandonasse a vida boêmia.

Afinal, foi por isso que seus pais providenciaram um casamento arranjado, o Sr. e a Sra Blossom, não via solução para o filho mais velho, que amava as farras e principalmente as mulheres, porém nunca mostrou interesse de manter apenas uma.

Foi então que o ultimato foi dado, ou se casava com uma jovem americana/latina e tomava jeito na vida, ou seria deserdado inteiramente da fortuna da família.

Tal uma palavra, que o clã Blossom sempre demostrou gosto, família acima de tudo, e Deus acima de todos, era o lema que havia sido passado de gerações e gerações, a regra sempre foi clara, casar, ter filhos e continuar os negócios e o nome da família Blossom.

- Me faça sua mulher Cliff, você diz que gostar de ficar comigo, mas do que com sua esposa, diz que eu o faço rir, e o ajudo a encarar a vida mais leve, você faz amor comigo, de um jeito que aposto que nunca fez com ela.

O homem olhou novamente para jovem, ela parecia tão doce, romântica e sonhadora, como ela tinha tempo de sonhar quando a vida era tão exigente com ela?

- Eu não posso Luz, eu sempre deixei claro que eu não iria me separar dela, apesar de todos as nossas diferenças, foi ela que meus pais escolheram, é ela que está lutando para ganhar meu coração, mesmo eu sendo um babaca machista, eu reconheço todos os esforços dela para que a gente dê certo....E é por isso que eu tenho deixado de vim te vê, e é por isso que vim aqui terminar, o que quer nós dois temos.

Reconquistar - Choni G!POnde histórias criam vida. Descubra agora