Core poupée, a Garota do Cabelo de Boneca( +18)

10-Milena

Na noite seguinte, Poncho começaria a dormir na casa da Família Rondel a pedido do pai de Core, que faria uma viagem de aproximadamente um mês para a Suíça a trabalho.

O senhor Rondel era um homem que dedicava a vida à sua família; era um ótimo agente imobiliário, mas tudo o que havia juntado em anos, gastou durante o tempo em que Core esteve doente e agora tentava se reerguer.

Os pais de Core fizeram de tudo para que a filha se sentisse melhor. Entre uma quimioterapia e outra, eles acabavam gastando muito dinheiro com tratamentos, tentando melhorar a imunidade da filha e diminuir a fadiga e os vômitos.

O senhor Rondel era um francês muito amável, tão loiro que até seus cílios eram dourados. A empresa em que trabalhava tinha a matriz na Suíça, e duas ou três vezes por ano os melhores empregados eram convocados para um treinamento na matriz, e quando voltavam à França, repassavam o que aprenderam para os demais funcionários de sua filial.

O senhor Rondel sempre confiava muito em Poncho, e sempre que precisava fazer essas viagens, pedia que o rapaz dormisse em sua casa, pois não gostava da ideia de deixar sua esposa e filha sozinhas.

Na primeira noite, Poncho chegou à casa da família Rondel com uma grande mochila de acampamento, participou do jantar em família, tomou banho e vestiu uma calça de moletom cinza claro com uma camisa regata branca para dormir.

O rapaz dormiria no sofá da sala, já que a casa só tinha dois quartos, e o senhor Rondel dizia que enquanto a filha dele fosse solteira, nenhum marmanjo dormiria na cama de sua princesa.

Na primeira noite, tudo correu bem. Depois do jantar, a senhora Rondel foi corrigir algumas avaliações de seus alunos, e Core e Poncho maratonaram uma série até que a jovem dormiu com a cabeça no colo do namorado.

Poncho chamou a namorada duas vezes, e vendo que a jovem não acordava, por curiosidade começou a observar o couro cabeludo e onde ficava a "costura" da peruca, mas não achou. O rapaz achou estranho, mas pensou que, por uma série de fatores, não havia achado a divisão entre a pele da jovem e a peruca. Talvez não tenha prestado a devida atenção, o nervosismo também conta (já pensou se a garota acorda e o vê futucando a sua peruca?), ou a escuridão (a sala estava escura, e a única claridade era a da televisão). A jovem sentindo o dedo do rapaz em sua testa se mexeu, o que fez com que Poncho parasse, pegasse a namorada no colo e a levasse para a cama, retornando para o sofá onde dormiria.

No segundo dia, já houve um empecilho: um dos policiais que fazia a segurança das jovens do grupo da Milena foi baleado enquanto fazia um serviço de segurança em uma boate, e Poncho iria cobrir o turno, a princípio, só por um dia.

Assim que Poncho soube do acontecido, contou para a senhora Rondel, que não poderia dormir em sua casa como combinado. O policial dormiu a tarde inteira, já que iria trabalhar à noite, e às 18 horas, Afonso Fernandes começou a se arrumar para ir para o serviço: tomou banho, ainda no banheiro vestiu uma camisa preta de manga comprida que realçava bastante seus músculos, uma calça jeans da mesma cor e, em seguida, foi terminar de se arrumar no quarto da namorada.

Poncho prendeu o cabelo, escondeu o rabo de cavalo no boné, colocou o tênis, passou perfume e colocou na boca dois chicletes de canela.

Core, sentada em sua cama, tentando disfarçar um misto de excitação e ciúme, falou:

- Isso tudo é para Milena?

- Você sabe que não. Não estou indo vigiar Milena porque eu quero, mas por obrigação. No momento, essa é a minha missão. Só irei falar com ela se for necessário, e a senhorita me ligará antes de dormir - o rapaz falou sentando-se na cama de Core e a enchendo de beijos.