Core poupée, a Garota do Cabelo de Boneca( +18)

38 Escolha

- "Sua vaca, eu te poupei e você me faz uma coisa dessas?" - Louise falou, levantando o moletom e rasgando a camisa de algodão para tentar estancar o sangue da perna.

- "Samantha, graças a Deus que chegou, essa louca está querendo me matar com aquele graveto. Me tira daqui, por favor." - Duda falou, olhando para a flecha.

Samantha mirando em Core foi até Roberta e olhou se a jovem ainda respirava.

- "Samantha, você não vai atirar em mim, tem medo, medo de não ser perdoada pelo policial bonitão. Ele nunca perdoaria." - Louise falou, encarando a jovem.

- "Não preciso matar Core, apenas separar vocês duas."

Samantha constatando a morte de Roberta pegou Duda, apoiando-a em seu ombro, tentou tirá-la do apartamento. Porém, quando Duda ficou de costas para Louise, esta pegou as flechas caídas no chão e, com a mini besta, atirou. A flecha entrou por suas costas e perfurou o coração. Em seguida, Louise atirou na coxa de Samantha, e as duas jovens caíram perto da porta.

Louise aproveitou que havia pessoas correndo pelo corredor do prédio por causa do barulho dos tiros de Samantha. Misturando-se com as pessoas, conseguiu sair do prédio.

- "Nãaaaaaaao." - Samantha gritou, vendo Eduarda morrer em seus braços.

Samantha ainda ligou para o Samu, pedindo uma ambulância, e depois ligou para seu pai, mesmo sabendo que ele ficaria com muita raiva dela por não ter avisado que sabia onde estava a assassina. Enquanto a ambulância e a polícia ainda não chegavam, a jovem ligou para Poncho e o perguntou:

- "Onde você está?"

- "Sam, aguenta aí que já estou chegando."

- "Não, Poncho, não venha para cá. Louise conseguiu fugir. Ela acertou uma flecha na minha perna e matou Roberta e Duda." - Samantha falou, chorando.

- "Meu Deus, Sam, como você está?"

- "Com dor, mas viva. Preciso que vá atrás de Core. Eu dou um jeito. Ah! A Core foi baleada, acertei na panturrilha dela, acho que transpassou."

- "E as notícias só pioram, Samantha. Você sabe que não é Core que está fazendo isso. Por que atirou nela?"

- "Poncho, se eu tivesse acertado no coração, e eu podia ter feito isso, Eduarda estaria viva. Mas eu mirei na perna. Se tivesse acertado as duas pernas, agora ela estaria sendo presa."

Samantha desligou a ligação ao começar a ouvir a polícia chegando. Andou pela casa procurando a bala que havia acertado Core e, ao encontrá-la, guardou-a na calcinha. Quando o capitão Lohan chegou, Samantha já havia quebrado e tirado a flecha que estava em sua coxa. Seu pai queria levá-la para o hospital, mas Samantha disse que não tinha necessidade, pois socorristas já haviam estancado o sangue.

Samantha viu o pai brigando com o policial de plantão que havia saído para comprar cigarros e, por isso, não viu o que aconteceu. Enquanto o capitão Lohan vigiava, Samantha ficou sentada na ambulância respondendo às mesmas perguntas centenas de vezes. Mas, assim que as perguntas terminaram, a jovem pediu licença para se retirar e começou a andar pelo estacionamento, procurando a moto de Poncho. Quando a achou, começou a fazer alguns percursos possíveis até a casa de Core, devagar para ver se encontrava a jovem.

...

- "É horrível essa sensação de ter que escolher entre tentar salvar Core ou ir ver como Samantha está. Sam é muito forte, corajosa e impulsiva, quando não está naquelas crises. Já Core sempre foi tão sensível e delicada... Ainda bem que Samantha não pediu para que eu escolhesse porque eu não saberia o que fazer. Cara... Core não tem culpa de nada, foi tudo a Louise, ou foi tudo culpa minha que dei a merda da peruca para ela."

Poncho falava sozinho enquanto dirigia, tentando colocar seus pensamentos em ordem. O rapaz ligou para a casa de Core, dando uma desculpa qualquer para saber se a jovem estava em casa, mas seus pais falaram que era seu dia de folga, que Core passou a tarde inteira dormindo e que, quando acordou, falou que iria para a casa de uma amiga do serviço e que provavelmente ela iria dormir lá. Poncho começou a ligar para alguns hospitais, afinal, ela tinha que cuidar daquele ferimento.

- "Aí, que merda, Core não sabe dirigir, deve estar em algum táxi, a não ser que a defunta saiba."

O policial ligou o rádio do carro para saber se estava passando alguma notícia sobre o caso e ouviu um locutor falando que a violência havia aumentado muito desde que esses assassinatos começaram, pois jovens que antes sofriam bullying calados agora estão se vingando, tendo como exemplo o caso do serial killer de Juvisy.

- "Só piora." - Poncho falou, trocando de rádio.