Core poupée, a Garota do Cabelo de Boneca( +18)

25 Visita inesperada

Enquanto isso, Core havia começado a trabalhar no shopping. Os pais da jovem a obrigavam a frequentar um psiquiatra toda semana, e o psiquiatra suspeitava de transtorno de personalidade múltipla, mas precisava de mais tempo antes de dar um diagnóstico definitivo.

Roberta e Duda levavam a vida que pediram a Deus, aproveitando o fato de morarem em uma república, conseguiam escapar da vigilância policial e frequentavam todas as festas da faculdade. No entanto, nem tudo era perfeito, já que suas notas estavam em queda, e seus pais estavam ameaçando parar de pagar pela república se as notas continuassem baixas.

Milena estava em um relacionamento com o filho do prefeito. Na verdade, era um namoro de conveniência, pois Milena estava em alta na sociedade e o filho do prefeito queria melhorar sua imagem pública. Era uma situação em que ambos se beneficiavam: ele ganhava status por namorar Milena, e ela aproveitava a conexão política que isso proporcionava.

O exército já havia deixado as fronteiras de Juvisy-sur-Orge, mas ainda mantinha presença nas fronteiras da França. As patrulhas em Juvisy continuavam ativas, mas os policiais ainda estavam perdidos quanto ao que procurar.

A pressão sobre o capitão era intensa, a ponto de o próprio presidente da república ter ligado, exigindo resultados. Milena, Roberta e Eduarda conseguiam sair de casa sem a escolta policial, o que só piorava a situação. Elas compartilhavam cada saída nas redes sociais, o que colocava a polícia em uma posição de incompetência. Enquanto isso, a senhora Sampaio lançou sua candidatura à prefeitura e aproveitou para criticar a polícia publicamente, questionando como eles lidariam com um assassino se não conseguiam lidar com três jovens.

Independentemente de tudo isso, uma tempestade com relâmpagos e trovões havia tomado conta do céu de Juvisy, escurecendo o dia. Eram 22:00, e a tempestade ainda não mostrava sinais de diminuição.

Samantha havia encerrado a videochamada com Poncho devido à péssima conexão de internet.

A senhora Morel, que tirou licença do trabalho para cuidar de sua filha, estava sentada em um pufe próximo à cama, vigilante enquanto Samantha tomava um chá de camomila, fazendo caretas a cada gole. Após cerca de 20 minutos, Samantha começou a bocejar.

O senhor Morel estava no andar de baixo, assistindo ao noticiário para se manter atualizado, já que passava a maior parte do dia no trabalho. Os trovões ocasionalmente o faziam pular e, em duas ocasiões derrubou café no tapete.

Após um trovão especialmente barulhento, as luzes piscaram, o que era incomum na região de Île-de-France. Logo após a breve queda de energia, a campainha tocou, pegando o senhor Oliver de surpresa o fazendo quebrar uma xícara.

Murmurando para si mesmo, ele comentou: "Maldição, quem pode ser a essa hora? Só pode ser o Lohan Caron, quem mais apareceria na casa dos outros a essa hora?"

Segurando os pedaços da xícara, o senhor Morel foi até a porta e a abriu. Sua surpresa foi evidente ao se deparar com uma senhora de cerca de 90 anos, 1,60 de altura, com longos cabelos grisalhos trançados. Ela usava um vestido preto, xale branco nas costas e carregava um guarda-chuva preto.

"Boa noite, senhor Morel", cumprimentou a idosa. "Peço desculpas por aparecer a esta hora, mas minha neta Samantha Caron estava me chamando. Sou Angèle Caron, mãe de Lohan."

Oliver fez um gesto com o braço, convidando-a a entrar, e sussurrou quase inaudível para si mesmo: "Parece que aparecer na casa dos outros na hora que quer é um hábito da família."

O padrasto de Samantha guiou a avó biológica até o quarto de Samantha e, antes de entrar, anunciou: "Samantha, temos uma visita. Sua avó disse que você a chamou."

"Não, não, senhor Morel, eu apenas disse que minha neta estava me chamando".- corrigiu Angèle Caron, enquanto entrava no quarto. O senhor e a senhora Morel saíram do quarto, ainda confusos.

" Grand-mère" exclamou Samantha, abrindo um sorriso e correndo em direção à senhora Caron.