Capitulo 18

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Suspirei fundo, e coloquei minha mão na maçaneta abrindo a porta.

Ao abrir, observei o quão concentrado ele estava ao ponto de nem olhar para quem estava entrando.

Era algum tipo de jogo de tiro, o som era absurdamente alto.

Ele estava totalmente sem nada na parte de cima, e largado em sua cama com o controle na mão.

— Fala dona Naira.

Ele disse sem tirar o olho da televisão.

— Não sou sua mãe Jge.

Ele interrompeu sua concentração no mesmo segundo.

— Larissa? O que tá fazendo aqui?

Ele se levantou. E por um momento me senti fraca, não tinha escapatória a não ser olhá-lo de cima a baixo, como ele estava gato.

Me perdoe Deus.

— Han, é, você me deixou entrar.

— Não ouvi sua voz, achei que era minha mãe, foi mal.

Ele deu de ombros e se sentou.

— Não avisou que viria.

— Pois é, foi de última hora. Sua mãe que me trouxe até seu quarto. Não me achei doida, por favor. Não invadiria seu espaço desse jeito.

Ele pareceu achar graça.

— Se acalme, você sempre acha que me deve mil explicações.

Ele pegou uma camiseta e vestiu.

— Han, não é isso. É que, sei lá.

Ele sorriu de canto.

— Seu pai está aí?

— Uhum, veio fazer reunião com seus pais e me pediu para vir junto.

Ele fez sinal com a cabeça para me sentar.

— Da hora.

— Desculpa atrapalhar seu jogo.

— Você não me atrapalha.

— Quer fazer o que?

— Na verdade, se lembra sobre o que conversamos ontem?

— Lembro sim.

Ele me olhou com aquela mesma cara estranha do outro dia.

— Quer que eu te leve?

— Se não for te incomodar, quero sim.

Ele pareceu contente, e saiu andando em busca de algo.

Segundos depois voltou com uma chave.

— Vamos?

— Agora?

— E por que não?

Sorri e fiz sinal com a cabeça para que saíssemos.

descemos para o andar de baixo, e o resto do caminho fui apenas o seguindo já que não sabia muito bem onde os lugares ficavam.

— Ainda não esqueci que estou te devendo um tour.

Dei risada

— Quando chegarmos, você me mostra.

— Com todo o prazer do mundo.

Ele piscou.

— Vamos na sua moto?

— Só no nosso encontro.

Ele disse brincalhão mostrando um carro. Era um Jeep.

— Ele é seu?

Ele confirmou com a cabeça e então entramos no veículo.

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