Capítulo 25

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Princesa Shahnaz POV:

Vem carregando a flor vermelha e a entrega nas mãos de Banu Azimi que está logo atrás de mim, então tira o helmet e sorri, me deixando exultante.

— Não posso acreditar que acaba de sair de um acidente grave e já se põe em risco novamente, general. – digo.

— Se essa era a forma de dar uma rosa para a minha prometida e mostrar o meu valor como guerreiro em uma justa, então sim. – ele diz e sorri.

— Obrigada pela rosa, excelente estratégia. – digo.

— Com toda a minha dedicação à minha amada. – Jahangir diz.

— Cavaleiro misterioso e valente, receba toda a minha admiração. – digo.

— Estou às suas ordens, Alteza, nunca a abandonarei. – ele diz e sorri.

Reparam que o cavaleiro sem nome é o general e todos querem sua atenção, em especial o Imperador.

— Finalmente o símbolo do amor e devoção passa para as mãos da verdadeira amada. – Banu Azimi sussurra e faz um suave carinho em minha mão ao me entregar discretamente a rosa, que disfarçadamente escondo na manga de meu vestido.

— Quando e como ele despertou? – pergunto.

— Logo ao amanhecer, surpreendendo-nos por não haver qualquer vestígio dos golpes sofridos, tendo todas as suas funções normais e ávido por retomar suas atividades. Tentamos segurá-lo por algumas horas dizendo que ele devia descansar depois de um acidente tão grave, fez questão de se preparar e inscrever em segredo para a justa, querendo fazer uma surpresa para todos, em especial para Vossa Alteza, participando como cavaleiro sem nome e apresentando-se com helmet, escondendo-se na tenda até o momento da competição e tudo aconteceu como ele esperava, afinal meu menino é um guerreiro. – Senhora Banu Azimi diz e eu sorrio ao ouvir toda a sua explicação.

Assistimos todas as justas e vemos seus vencedores, mas meu coração só consegue pensar no principal e primeiro deles.

Vemos o pôr do sol e logo retornamos às nossas alcovas para nos refrescar e aprontar para a celebração.

Zena prepara meu banho, enquanto Lila separa meu vestido floral nas cores vermelho, rosa e branco, me vestem e adornam, ajustam o véu e coroa, calço minhas sapatilhas e logo estou pronta, sigo para o salão do baile na companhia das minhas damas.

Mantenho o meu papel de boa anfitriã e converso com todas as jovens nobres, mesmo que sejam fúteis e seus diálogos me desagradem profundamente, afinal só sabem falar de casamentos arranjados, da vida no palácio, os bailes e festas que frequentam e da vida na nobreza.

Assim que possível peço licença e me afasto, danço com alguns nobres que solicitam e depois volto a caminhar pelo salão até que a atenção de todos é cativada pelo entretenimento dessa noite, o teatro, que assistimos com máximo interesse, exceto pelos longos olhares que o general e eu trocamos por muitas vezes durante a encenação.

Saio discretamente e vou ao jardim do palácio, logo vejo uma sombra atrás de mim e sorrio.

— Minha amada, meu coração me conduziu à você. – Jahangir diz e sorri.

— Porque meu coração saudoso clamou por você. – digo e sorrio.

— Como está minha prometida? – ele se aproxima e pergunta em um sussurro.

— Em uma longa espera pela recuperação do meu prometido. – sussurro.

— Perdoe-me se lhe fiz sofrer e esperar, mas eu desejava... – ele começa a dizer.

Shahnaz - Orgulho do ImperadorOnde histórias criam vida. Descubra agora