IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE II

Dean Winchester 26

Já faziam duas horas que Dean havia morrido. Ainda se lembrava de como Sammy precisou te tirar de cima do corpo do homem, como ele precisou te forçar a largar Dean, te forçou a deixá-lo.

Suas roupas, mãos, rosto, estavam cobertos pelo sangue do loiro. Não importasse o quanto você tentasse limpar, não conseguia tirar o sangue dele de suas mãos.

Sua mente estava num looping das últimas horas. Ainda ouvia os cães do inferno rosnarem enquanto cortavam a pele de Dean, ouvia os gritos dele, ouvia Dean dizer seu nome, enquanto Sammy tensegurava o máximo possível para não deixar que os cães te levassem também.

Ouve um momento, alguns segundos em que tudo parou. Os latidos, rosnados, pararam. Os gritos de Dean acabaram, e ele apenas fechou os olhos e...

Naqueles segundos, viu seu próprio mundo desmoronar em sua frente. Dean Winchester havia morrido. Seu melhor amigo desde infância, seu primeiro e único amor, havia morrido.

Um grito de dor, agonia, desespero fez sua garganta arder como nunca. Seu corpo se debateu contra Sammy, que não pode te segurar mais, também entrando num estado de choque ao ver o corpo do irmão ali.

Correu até onde Dean estava, a poça de seu sangue quente sujou sua calça, seus sapatos. Seus olhos transbordavam lágrimas, deixando tudo desfocado, mas mesmo assim, podia ver o corpo de Dean despedaçado, totalmente sem vida. Suas mãos tremiam enquanto tocava sobre o peito dele, entrando num estado de choque tentando arrumar a camiseta rasgada, tentando tapar as feridas como se fosse trazê-lo de volta. Sentia o sangue quente sujar suas mãos.

Gritou por ele mais uma vez antes de ouviu a risada cínica de Lillith, conseguia ouvir ela e Sammy falando alguma coisa, mas seu cérebro não ficava mas palavras. Um grande brilho iluminou o cômodo, mas nem isso tirou sua atenção de Dean. Pode ver os demônios correndo dali, mas não tinha forças de ver o que estava acontecendo, tudo o que se importava era Dean.

Gritou, socou, chutou Sammy quando ele tentou te tirar de Dean, dizendo que não havia como trazer ele de volta, gritou por saber que era verdade, gritou por sentir um vazio que nunca sentiu antes, gritou por sentir seu coração se quebrar de uma forma que sabia que não teria volta.

Sammy havia ligado pra Bobby, que disse que estava a caminho. Sabia qual era a próxima etapa, o funeral de um caçador, ser queimado.

Mas simplesmente não podiam fazer isso, não podiam queimar Dean, não podiam... Não podia aceitar a morte dele.

Saiu daquela casa, ainda coberta de sangue, sangue do seu Dean, correndo até a encruzilhada mais próxima, pegando tudo o que precisava para fazer um pacto, tudo o que precisava pra trazer Dean de volta.

- Sn... Eu imagino de quem seja esse sangue... - o demônio de olhos vermelhos apareceu em sua frente, com um sorriso cínico em seus lábios pintados de vermelho. Ele havia possuído uma mulher linda, como aquelas que aparecem em revistas.
- traz ele de volta...- foi tudo o que disse, ouvindo o demônio rir mais alto ainda. - TRAZ DEAN DE VOLTA! - gritou, só causando mais divertimento para o demônio.
- oh queria... Temos um Winchester conosco... Acha que vamos trocar por uma alma qualquer? - ela respondeu com um humor ácido na voz.
- por favor... Traz ele de volta... Eu... Eu não consigo sem ele... Por favor... - suplicou caindo de joelhos sobre o chão, não conseguindo mais se manter em pé, não tinha forças. Sentiu a mão da mulher erguer seu rosto, rindo enquanto limpava o sangue de Dean dali com o polegar, sugando seu próprio dedo em seguida, fechado os olhos apreciando o sabor como um sádico.
- humanos... Sempre tão patéticos... Eu me divertiria a noite toda vendo você suplicar pra mim... Mas infelizmente, eu tenho trabalhos pra fechar, almas para recolher. - o demônio falou. - mas eu tenho uma impressão que vou te ver logo... Talvez você queira visitá-lo... - o demônio riu mais uma vez, antes de sumir dali, te deixando sozinha na escuridão.