K'uk'ulkan/Namor 1.3

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(lembrando que essa história tem temas dark, ou seja, se não é fã desse tipo de conteúdo, aconselho pular essa história...)

Sn sentiu delicadas carícias em sua pele, sentiu dedos subirem e descerem pelas suas costas, enquanto em seu braço, senta o toque de um carinho. Ela lentamente foi tirada de seu sono, lentamente acordando, vendo que ainda estava presa, que as carícias que recebia, era de seu sequestrador. Nada foi um pesadelo como pensou, foi tudo real. Ele era real.

Ela sentiu as lágrimas descerem de seus olhos, molhando a manta que cobria parcialmente o corpo daquele homem.

Sn sentia o desespero, sentia o medo, sentia que não havia uma saída. Sua mente a lembrava de sua família, de seus amigos que jamais voltaria a ver. E por mais que ela quisesse se debater, quisesse gritar, socar, empurrar aquele monstro para longe, não tinha forças pra isso. De alguma forma doentia, parte de sua mente estava gostando daqueles carinhos, das palavras doces, dos toques e beijos. Ela se xingava por ser tão idiota, por sentir parte de si se rendendo.

- por que está chorando, no siuatlahtoani? - ele perguntou levando uma de suas mãos para o rosto de Sn,que apenas chorou mais com o ato. - oh não... Não precisa chorar, notlasohtlalis... Seu rei está aqui, está tudo bem... - ele continuou a falar, agora, além de limpar suas lágrimas, ele também beijava sua testa.

Ela não entendia por quê... Por que ela? Por que ele não a deixou morrer? Por que sua vida teria esse destino? Por que ele era carinhoso com ela? Por que ele havia lhe escolhido? Por que?

- sua mente está muito agitada, notlasohtlalis... Está lhe causando angústias... - ele continuou a falar no Tim calmo, agora, usando sua outra mão para erguer seu rosto, tendo certeza que seus olhos lacrimejados estavam olhando para os dele. - precisa acalmar sua mente, nokualneskayouh... - Sn fechou seus olhos, tentando de alguma forma se acalmar. -Olha pra mim, meu amor... - ele falou num tom calmo, mas Sn sabia que não era um pedido. - respire fundo, igual a mim... - ele falou colocando uma de suas mãos sobre o peitoral dele, forçando seu corpo a sentir a respiração dele.

Sn imitou as respirações dele, sentindo como o coração dele era calmo comparado ao seu acelerado e assustado. Ela via em seus olhos escuros como o mais antigo dos abares, uma calma assustadora. Como o céu logo antes de uma tempestade.

Ela tinha medo dele, tinha pavor... Mas ao mesmo tempo, ela não tinha forças pra negar o quão aqueles olhos eram belos, o quão adorável era a forma que ele cuidava dela... O quão idiota era si mesma por se deixar pensar tais coisas.

- sua mente ainda está agitada, no siuatlahtoani... - ele falou vendo que a respiração calma não estava surgindo efeito. - por que ela está tão agitada? O que te aflinge, no siuatlahtoani? - ele perguntou e Sn quis rir, quis chorar, quis bater, xingar e correr dali. Como ele poderia estar perguntando uma coisa tão absurda?!
- você não pode estar falando sério?! - ela respondeu não segurando sua própria língua. Sn viu como o olhar daquele homem mudou drasticamente, seus doces e carinhosos olhos que antes tinham uma feição de preocupação, agora, pareciam raivosos e assustadores.- eu... Eu estou com medo, okay?! - ela acrescentou não querendo saber o que viria depois daquele olhar.
- tem medo de mim, no siuatlahtoani? - ele perguntou e ela balançou a cabeça, seus olhos deixando que lágrimas escorressem, seus músculos tremendo em medo do que estava prestes a acontecer. Sn viu ele erguer sua cabeça da cama até que estivesse milímetros de seu rosto, ela viu a forma que ele a olhava, não sabendo o que aquelas expressões eram. Sn sentiu suas mãos serem seguradas por uma das mãos dele, enquanto a outra, foi direto para seu rosto. - ótimo. Deveria ter medo de mim.- ele falou num sussurro, Sn sentiu as palavras dele bater em sua pele, seus olhos se fechando em medo.

Porém, para sua surpresa, ela sentiu os lábios dele contra os seus. Diferente de antes, agora, eles eram ainda mais dominates, se é que fosse possível. A mão dele puxava seu rosto pra mais perto ainda, a boca dele tentava com todas as forças decorar a sua. Sua língua invadindo sua boca, dominando a sua sem que tivesse chances de lutar. E por mais que odiasse dizer, por mais que quisesse chorar e espernear, seu corpo reagia como se estivesse gostando. Como se aquilo fosse algo que ela sempre sonhou.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora