Mandalorian

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Era mais um dia que sn acordava em sua pequena e confortável casa, sozinha.

Ela sempre esteve sozinha, desde que se lembrava, era ela por si. Não sabe o motivo de terem a deixado sozinha naquele mundo, mas ela já havia desistido de procurar sua família a anos. Ao invés, ela aprendeu a viver por si só.

Sn saiu de sua casa, indo em direção ao seu jardim, onde ela tinha uma pequena horta, contendo diversos alimentos que a sustentavam. Porém, sua manhã pacífica foi totalmente destruía ao ver uma nave caindo na atmosfera de seu planeta, despencando no ar até atingir o solo, não mundo longe de onde morava.

Ela não resistiu a sua curiosidade, pegando uma de suas armas e saindo de sua casa indo em direção a onde a nave havia caído.

O planeta onde morava, mal podia se considerar um planeta de fato, era pequeno e vagava ao redor de uma estrela branca, o único planeta em sua órbita. Sua casa era esquecida em algum canto do universo, nunca haviam visitantes, tropas ou qualquer outro ser ali. Era apenas ela, em todo seu pequeno mundo.

Sn não precisou andar muito, já achando a nave caída ali, com chamas saindo de seus motores, a lataria quebrada deixando que ela entrasse facilmente.

- olá? Tem alguém aqui? - Sn falou andando pelo interior da nave. Ela ouviu um som que parecia pequenos passos no metal, vindo do andar de cima da nave, onde ela julgou ser a cabine da aeronave.

Sn subiu até encontrar a cabine, vendo a porta de metal entre aberta, ela podia ouvir diversos alertas vindo dos painéis da aeronave, o que ela julgou estar indicando os problemas ali.

Porém, o que mais chamou a atenção da mulher, foi um resmungado infantil, vindo de dentro da cabine. Ela respirou fundo, carregando sua arma e entrando no lugar.

Tudo estava destruído, haviam fios e pedaços de vidro em todos os lugares. Ela entrou mais a fundo ainda, vendo uma movimentação entranha na poltrona do piloto. Ela deu a volta ali, deixando sua arma pronta para atirar, porém, ao ver o que fazia os resmungos e causava a movimentação estranha, ela imediatamente largou a arma, chamando a atenção da pequena criança ali.

- oh não... - Sn falou vendo as lágrimas nos grandes olhos da criança ali, suas grandes e pontudas orelhas caídas pra trás de sua cabeça, num sinal de tristeza talvez. Ela batia contra a armadura brilhante do piloto desacordado. - oh não... Você se machucou pequeno? - ela perguntou pegando a criança em seu colo, que imediatamente a olhou resmungando ao mesmo tempo que usava suas mãos pra gesticular para o piloto ali. - ele é seu pai?... Oh... Ele está ferido... Tamos que tirar ele daqui... - ela falou olhando pra criança, antes de colocá-la não chão com cuidado, dando a volta para a frente na poltrona do piloto, podendo ver o típico design do capacete do homem ali. - um mandaloriano? - Sn falou surpresa, ela podia estar sozinha naquele lugar, mas em sua época de busca pela sua família, ela vagou pelo espaço por tempo o suficiente para descobrir e entender diversas culturas. Sn notou que o encosto da poltrona onde ele estava tinha sangue, o que indicava que ele estava ferido. - temos que tirar ele daqui, ele está ferido... - ela falou olhando pra criança, que pareceu entender o que ela dizia, balançando a cabeça concordando com sua fala.

A viagem de volta a sua casa foi extremamente longa e cansativa, arrastar um homem pela trilha na mata não foi nem um pouco fácil, mas foi ainda mais difícil impedir que a criança colocasse tudo o que achava na boca.

Quando finalmente chegou em sua casa, levou o homem desacordado para seu quarto, o colocando em seu colchão. Ela olhou pra aquele capacete ali, ela teria que tirá-lo para ver os ferimentos... Porém, Sn conhecia a cultura mandaloriana, ela sabia que eles nunca tiravam seus capacetes. Nunca. E ela não iria fazer isso com ele. Não poderia causar essa desonra.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora