Bucky Barnes 78.2

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O pequeno e leve bater na porta fez os olhos de Sn se abrirem, a mulher sequer se lembra de dormir. Ela sentiu um peso sobre seu corpo, e uma respiração rápida e profunda contra seu pescoço, junto que pequenos braços e perninhas lhe abraçando com uma força que snntinha certeza que uma bebê não deveria ter.

Antes que pudesse responder a batida na porta, viu a maçaneta se virar e o rosto de seu amado futuro esposo aparacer.

- Bucky... - falou num suspiro alegre, vendo ele sorrir ao ouvir sua voz e entrar na enfermaria que a bebê estava.
- bom dia, boneca... - ele falou andando até a mulher, que pode ver duas sacolas em suas mãos e um copo de café pra viagem. - como passou a noite? A pequena deu trabalho? - ele perguntou se sentando no banco ao lado da poltrona que sn estava. Bucky sorriu vendo a bebê abraçada no corpo de Sn, vendo a pequena boca rosada da criança entre aberta, seus olhinhos fechados, com seus cílios longos e escuros repousando sobre suas bochechas gorduchas e fofas de bebê. Seus cabelinhos totalmente rebeldes, cada fio seguindo em uma direção... Era estranho como a bebê lhe trazia lembranças que ele não fazia ideia que ainda tinha. Sua irmã dormindo na cesta acolchoada ao lado de sua cama, com uma manta tricotada pela sua própria mãe cobrindo ela, seus cabelos eram tão rebeldes como a da menina ali. Ele não conseguia deixar de sorrir com a lembrança.
- ela foi um anjo... Ficou um pouco agitada quando você foi embora, mas ela se acalmou rápido e dormiu a noite toda... - sn respondeu com uma de suas mãos acaricando a bebê, enquanto a outra tocava o braço de Bucky. - como foi a sua noite? - ela perguntou sabendo dos problemas de dormir do homem, ele ainda tinha pesadelos e lutava contra a insônia, e ela sabia que piorava quando eles não dormiam juntos, pelo menos, era o que ele dizia a ela.
- o de sempre... A cama fica muito vazia sem você comigo... - Bucky respondeu passando o café pra sua outra mão e entrelaçando seus dedos livres com os de Sn, levando a mão dela até sua boca, deixando beijos em seu dorso. - senti sua falta... - ela falou num sussurro,mas Sn ouviu perfeitamente.
- Bucky... Eu sinto muito... Mas eu não queria deixar ela sozinha... - sn respondeu olhando pra bebê dormindo em seu colo.
- eu sei... Eu sei... - Bucky respondeu com um pequeno sorriso. - talvez eu possa passar a noite aqui... Com vocês? - ele perguntou quase num tom incerto, mas sorriu vendo sn concordar imediatamente com a pergunta dele.
- ou... Poderíamos ver se nossa pequena poderia ir dormir com a gente...? - sn respondeu sim um sorriso, e imediatamente se arrependeu de sua fala mal pensada, vendo o olhar de Bucky se transformar ao ouvir ela.
- eu... Eu não sei se... Nós não... A gente não tem um berço ou... Ou qualquer coisa e... E se... Não Sn... Ela está segura aqui... Eu... Eu posso machucar ela... - ele falou se levantando e se afastando da mulher e da bebê.
- o que... Bucky... Você não vai machucar ela... Por que diz isso? - sn perguntou vendo o medo no olhar do homem.
- você sabe muito bem o motivo... - ele respondeu com medo e vergonha em sua voz.

Sn entendeu o que ele quis dizer... Algumas noites, quando Bucky voltava de uma missão estressante ou se ele tivesse algum simples gatilho, como o som de balões estourando, fogos de artifício e até mesmo o som de algum escapamento barulhento, zumbidos de eletricidade, ou a temperatura mais fria que o normal, qualquer coisa que lhe lembrasse remotamente sobre sua antiga vida de tortura... Desencadeada crises de transtorno pós traumático que, por mais Sn odiava dizer, poderiam ser violentas.

Bucky nunca a machucou, longe disso, mas ele se machucava. Uma vez, sn acordou em meio da noite com o som de vidro quebrado, ela se levantou imediatamente, ascendendo as luzes do quarto, vendo a porta do banheiro fechada, ela pode ouvir o som dos cacos de vidro sendo pesados e algo em sua mente sabia o que Bucky fazia ali. Por sorte, sn conseguiu abrir a fechadura trancada, encontrando Bucky sentado ao chão, com uma poça de sangue ao seu lado, e seu ombro esquerdo totalmente dilacerado, sua mão direita sangrava com a força que segurava o caco de vidro. Por sorte, ou azar de Bucky, seu sangue corria o soro de supersoldado, o que fez a cicatrização imediatamente começar.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora