Eddie Munson 5 (ATUALIZADO)

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Eddie estava a mais de uma hora atrasado para o Hellfire, e isso definitivamente não era algo comum. Eddie sempre fazia questão de chegar ao menos uma hora antes do jogo, para arrumar toda a sala, deixar seu cenário propriamente arrumado e organizado, deixar o tabuleiro pronto para receber os guerreiros daquela partida.

Mas hoje, quando os meninos abriram a sala esperando ver Eddie em seu trono, com a mesa montada, e todo o cenário arrumado, receberam apenas um vazio de uma sala escura, desarrumada e esquecida pelo resto da escola.

Meninos então, se entre olharam, pensando que talvez seria apenas um cenário para a entrada dramática de Eddie com sua nova campanha do jogo em mãos, mas, minutos se tornaram horas e nada do mestre do jogo aparecer.

Depois de exatas duas horas a espera de Eddie, Jeff e Garret decidiram ir até a casa de Eddie, afinal, não era nem um pouco comum o homem se atrasar tanto assim, e ambos, apesar de não parecerem, estavam preocupados com o "desaparecimento" do amigo. E claro que Dustin, Mike e Lucas se ofereceram param ir com eles até a casa de Eddie, todos com uma preocupação clara em seus rostos.

Dustin pensava em todos os cenários possíveis, sabendo que Eddie era constantemente alvo para os atletas e populares da escola. Mike estava irritado com a situação, e só pensava que Eddie estava sendo irresponsável, como ele sempre era nas obrigações escolares. E Lucas pensava que algo tinha acontecido no último encontro de vendas de Eddie, pensando se era realmente uma boa ideia ir até a casa de Eddie, com medo de ver os policiais prendendo seu amigo.

Apesar de seus receios estarem óbvios para todo o grupo, eles decidiram ir até a casa do homem.

A pequena viagem de carro até o parque dos trailers foi apertada no pequeno carro da mãe de Jeff, com os três meninos se apertando no banco de trás e Garret lutando contra a grande bolsa de tricô que a mãe do amigo carregava no banco dianteiro. Apesar de estarem em um claro desconforto ali, ninguém Oi usava dizer uma única palavra, preocupados com o que encontrariam assim que chegassem na casa de seu amigo.

Depois do que pareceu horas dentro no carro, os meninos finalmente chegaram em seu destino, vendo a van de Eddie estacionada ali na frente de sua casa, e um pequeno alívio tomou conta do ar tenso de dentro do carro.

Assim que o motor do pequeno carro foi desligado, os meninos desceram correndo do veículo, Dustin precisando se levantar do chão ao abrir a porta e perder o apoio que utilizava a viagem toda. Apesar de seu pequeno tombo, o menino sequer limpou suas roupas da terra que havia caído, ao invés, correu para a porta da frente do trailer, batendo freneticamente até que finalmente abrissem.

Porém, ao invés de ouvir os xingamentos e os passos rápidos até a porta como de costume, ouviram apenas passos leves e calmos, junto com o que parecia ser uma canção de ninar, cantada num ritmo leve, calmo, é extremamente baixo.

Quando finalmente a porta se abriu, os adolescentes se depararam com uma cena extremamente incomum. Eddie carregando uma bebê de cabelos negros e enrolados, uma roupinha com pequenos desenhos de dinossauros e uma mamadeira em sua boca, na qual, Eddie segurava.

Os olhos de Eddie imediatamente se surpreenderam ao ver os adolescentes ali, olhando para Eddie e a pequena bebê em seus braços.

- o que vocês estão fazendo aqui?! - Eddie falou em um tom extremamente baixo, mas com uma expressão de confusão com um toque de raiva pelos adolescentes terem feito barulho ao baterem na porta. - sabem quantas horas estou tentando fazer ela dormir?!
- você... Você sequestrou uma criança?! - Jeff foi o primeiro a falar, olhando pro bebê e Eddie assim como todos seus amigos faziam, tentando entender o que raios Eddie fazia com um bebê em seus braços.
- o que?! - Eddie falou um pouco mais alto, fazendo a pequenina em seus braços soltar a mamadeira e olhar pra ele com aqueles grandes e escuros olhos se enchendo de lágrimas, sua pequena, porém extremamente potente boca tremendo e Eddie sabia exatamente o que significava aquilo. - não, não, não, não... Não chora... Não precisa chorar... Papai não quis te assustar, meu amorzinho, está tudo bem... Está tudo bem... - ele falou colocando a menina em seu ombro, massageando as costas dela enquanto balançava seu corpo de forma lenta e rítmica, fazendo a pequena bebê parar de chorar quase que imediatamente.
- PAPAI?! - os cinco adolescentes se indagaram em alto e bom som, ganhando um olhar de raiva de Eddie.
- entrem logo! E... Não façam barulho! - Eddie falou entrando em sua casa, virando de costas deixando o rosto da pequena bebê virada para os adolescentes, que não deixaram de notar como suas feições, apesar de serem pequenas, eram claramente parecidas com a de Eddie.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora