Eddie Munson 6.2

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Quando sn abriu seus olhos de novo, sua mente imediatamente foi pra Eddie. Ela não pode deixar de sorrir pensando no que tinha acontecido algumas horas atrás. Lembranças da pele de quente contra a sua, seus lábios delicioso contra os seus, seu músculo pulsando deliciosamente dentro de seu corpo... Mas então, um pensamento não tão agradável veio em sua mente... E se pra Eddie aquilo não significasse o mesmo? Pior ainda... E se esse ato carnal tivesse declarado o fim de uma amizade de anos? E se Eddie tivesse se arrependido?

- hey... Sn? Está acordada? - a voz doce de Eddie fez a mulher se levantar da cama, usando a coberta que ela não se lembra de estar ali pra cobrir seu corpo, vendo Eddie na porta de seu quarto.

Sn viu como ele não conseguiu manter seus olhos nos dela, desviando o olhar imediatamente pra suas mãos, revirando os anéis em seus dedos num ato que sn sabia que ele fazia quando estava nervoso.

- eu... Eu pedi oizza pra gente... Se você quiser... - ele falou e aquele pensamento horrível tomava cada vez mais espaço em sua mente... Eddie tinha se arrependido. Estava óbvio. Ele nem conseguia olhar pra ela, estava nervoso como nunca esteve perto dela.
- oh... Ah eu... Eu acho melhor eu ir pra casa, Eddie... - ela respondeu se levantando da cama, ainda usando o lençol como cobertura, tentando se vestir por debaixo do cobertor, não querendo deixar Eddie mais desconfortável.
- eu... Eu achei que você ia ficar aqui...- ele falou pra mulher virada de costas, não podendo sua sua clara face de decepção.
- eu... Eu sei mas... Mas meu pai não sabe que eu estou aqui e... E você sabe como ele preocupa... - ela falou inventando qualquer desculpa, engolindo seus sentimentos a fundo, não querendo incomodar mais Eddie.
- seu... Seu pai? Mas eu achei que... - Eddie começou a falar mas ela interrompeu.
- não é só ele... Eu também tenho um trabalho enorme de... De... História que eu preciso entregar segunda feira e... E eu nem comecei a fazer ainda... Eu preciso ir pra casa Eddie... - ela falou terminando de colocar sua camiseta, finalmente se virando pra ele de novo, vendo ele novamente desviar seu olhar do dela, só confiando ainda mais suas suspeitas.
- o-okay... Eu só... Só vou pegar a chave da van... - Eddie respondeu se virando e indo em direção a cozinha, tentando ignorar aquela sensação horrível em seu peito.

Ele finalmente tinha sn em seus braços, literalmente, e agora, ela queria ir embora... Por que? Ele fez alguma coisa errada? Ele... Ele foi tão ruim assim? Ela havia se arrependido? Tudo tinha acabado? O que ele tinha feito de errado?!

Quando Eddie finalmente achou a chave, Sn seguiu ele até a van, entrando no banco passageiro com ele no do motorista.

Aquela foi a primeira viagem que Eddie não ligou seu rádio. A primeira vez que sua música não ecoava pela van. A primeira vez que ele e Sn não conversavam durante a viagem. A primeira vez que sn sequer olhava pra ele. E isso partia seu coração.

Ele deixou Sn em sua casa, não deixando de reparar que o carro do pai da mulher sequer estava na garagem, todas as luzes estavam apagadas e ele sabia que o pai dela não voltaria cedo, afinal, ele era um freguês frequente dentro do bar da cidade. Mesmo assim, ele não disse nada, Eddie podia não ser o mais esperto de toda a cidade, mas ele sabia quando sn queria ficar sozinha.

Ele ficou na van observando ela entrar em sua casa, sequer olhando pra trás pra dar o "tchau" que ela sempre dava a ele antes de entrar ali. Eddie viu a porta se fechando e em pouco tempo, a luz do quarto da mulher se acendeu. Ele não conseguiu mais conter sua agonia, sua dor.

Num ato impulsivo ele tinha acabado com sua relação com Sn. Sua amizade, havia ido pro buraco. Ele havia destruído tudo por um desejo, por um sentimento que agora sabia que ela não sentia o mesmo. E ele não conseguia não se culpar por ter acabado com tudo.

Eddie socou o volante até suas mãos doerem, seus olhos lacrimejando em pensar que Sn nunca mais iria olhar pra cara dele. Seu coração se quebrando em tantos pedaços que ele tinha certeza que havia virado pó.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora