Eddie Munson 10.2

654 57 10
                                    

(BDSM (nada muito drástico, puxão de cabelo), demônios, invocações e bruxaria, se não se sentir confortável, não leia)

5 anos depois...

Eddie sequer conseguia acreditar, sua banda tinha acabado de tocar no maior palco do mundo, a maior honra de um artista estava ali, e Eddie havia conseguido.

A banda toda estava pulando de alegria, eles ainda conseguiam ouvir os fãs gritando seus nomes, podiam ouvir eles pedindo mais e mais. E obviamente, se eles pudessem, eles tocariam a noite toda.

Porém, aquele show era o último de sua turnê, e apesar de amarem cantar para todos, eles estavam cansados, e queriam ir para suas casas, suas famílias.

Eddie não estava diferente. Ele queria ir pra sua casa, ver seu tio, seus amigos. Ele sabia que Dustin e todos da turma estavam de férias da faculdade, então todos estariam em casa.

Ele sentia falta de casa... De seu quarto, seu colchão, até mesmo seu chuveiro. Como ele sempre disse que faria, assim que Eddie conseguiu dinheiro o suficiente, ele comprou uma boa casa pra si e para seu tio, que mesmo hesitando em aceitar, agradecia seu sobrinho todos os dias por ela.

Assim que eles chegaram no hotel, Eddie imediatamente foi para o chuveiro tirando toda aquela energia de show de sua pele.

Claro, nos primeiros meses de shows, ele só queria saber de farrear, só queria saber de encher a cara com seus amigos, conhecer gente nova, viver a vida como um digno astro do rock que era. Porém, conforme o tempo passava, Eddie descobriu que, apesar de gostar de sair com seus amigos, de encher a cara, dançar e conhecer gente nova, ele desceu que também adorava chegar em seu quarto e simplesmente morrer na cama.

Porém, ainda dentro do chuveiro, Eddie sentiu uma energia no ar. Uma energia que ele não sentia há muitos anos.

Sua mente voltou para aquela noite, voltou para quando era ingênuo e queria ser um astro, voltou para quando aquela entidade lhe fez um homem, tomou sua inocência e pureza, e sem falar de sua alma. Ele pensava quando esse dia ia chegar, quando ela iria votar pra pegar a alma dele, pra coletar seu pagamento. Talvez essa fosse a noite.

Eddie saiu do chuveiro, colocando o roupão do hotel e saindo do banheiro, encontrando aquele rosto conhecido em sua cama.

Ela estava diferente, mais humana. Seus dentes não eram mais afinados, sua língua não era dividida, porém seus olhos negros ainda estavam ali, mesmo que fossem por apenas um segundo antes de se tornarem humanos de novo. Ela usava uma roupa preta, calças jeans rasgadas, uma camiseta com o nome do Corroded Coffin.

Eddie sorriu vendo sua camiseta no corpo dela, mesmo que soubesse o que significava.

- olá, Edward... - ela falou com um tom que fez todo o corpo de Eddie tremer, a mente dele vagando para as memórias passadas, vagando para aquela deliciosa noite, nos toques dela, nas sensações. Ele mentiria se dissesse que não sentia falta daquilo. - quanto tempo... Sentiu minha falta? - perguntou num tom quase inocente, mesmo que Eddie soubesse que era o total oposto.
- não posso dizer que não... - ele respondeu se virando para o mini bar e pegando uma bebida pra si. - aceita? - ele questionou oferecendo um copo do líquido âmbar para ela, mas a entidade ali negou.
- eu vi seu show... Você tem várias fãs por aí... - ela falou se levantando da cama dele e andando em sua direção, rodeando o homem de roupão ali, suas mãos tocando o tecido felpudo e os cabelos longos dele.
- graças a você... - Eddie disse dando mais um gole de sua bebida.
- eu sei... Mas por mais que goste dos elogios e agradecimentos... Eu só dei um empurranzinho... O resto, meu querido Edward, foi você... - ela falou parando em frente a Eddie, suas mãos ainda sentindo o tecido do roupão deles subindo e descendo entre os ombros e o peitoral de Eddie. - eu sinto falta quando só isso já te fazia gemer por mim... - falou num tom quase triste, fazendo Eddie sorrir e revirar os olhos.
- isso não acontece mais... - ele respondeu não deixando de notar o brilho nos olhos dela, por mais que ela não tivesse uma alma brilhando ali dentro.
- isso é triste... Vou sentir falta daquele Edward... - ela falou colocando a mão na bochecha dele, sentindo os fios de uma barba por fazer em sua pele.

IMAGINES ALEATÓRIOS PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora