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Orelha 🦅

Acabei desenrolando papo com uma ficante antiga, comi ela tranquilinho só pra desestressar. Depois disso fui pra minha casa, tranquei os bagulhos tudo e fui tentar dormir. Acordei cedão e fui resolver os b.o, na hora do almoço desci pra casa do Coro e quando cheguei tava geral, menos o Goiaba.

Orelha: E aí?! Qual a boa? - Falei batendo na mão dos moleques.

Gaspar: Tão fazendo maior suspense aí mano, tão achando que eu sou mulher fofoqueira pra te interessado! - Falou bolado se jogando no sofá e eu beijei a cabeça das meninas que conversavam no outro sofá.

Orelha: Se pá, eu já peguei a ideia do que é! - Me gabei.

Coronel: Enfia a língua no cu, maior chatão. Deixa a Andressa fazer os bagulhos dela! - Eu soltei uma risada.

Gaspar: Ih filho, maior mandado ein! Meu mano aqui não falou nada, só disse que sabia o que era. Tá na coleira mermo! - Gastou ele.

Orelha: E tu pior ainda, pode nem falar. Nem o Goiaba mais tem essa moral, só eu que tenho agora.

Coronel: Pelo menos minha mulher nunca tentou me matar! - Gastou me fazendo rir e Gaspar soltar uma risada.

Me sentei no sofá e o Goiaba chegou, os moleques foram ajudar ele a descer do carro até aqui e ele veio gastando, se sentindo rei do bagulho.

Goiaba: Só o pai tem esse privilégio de ser carregado.- Falou quando sentou no sofá.

Luana: Goiabinha! - Falou se levantando animada.- Eu tava com saudades de você.

Goiaba: Tá falando comigo? - Falou debochando.- Qual foi sócia, tem uma mulher me perturbando aqui. Tira ela de perto, te pago pra isso.- Falou sem olhar pra Luana, com a Ana.

Ana: Vai se fuder, Victor.- Falou revirando os olhos e falando com a Andressa.

Luana: O que eu fiz? - Falou cruzando os braços.

Orelha; Ele descobriu que tu me chamou pra ser padrinho do Jorge e tá assim, não liga pô! - Goiaba virou o rosto e Luana riu.

Gaspar: Vai tomar no cu vocês tudinho com esse bagulho de padrinho, não vai ser ninguém nessa porra! - Se intrometeu.

Luana: Claro que vai.- Repreendeu o Gaspar.- Vão ser todos os tios deles, não importa se pode ou não. Cada um de vocês têm bons motivos pra serem padrinhos do nosso filho.

Orelha: Não quero dividir.- Neguei.

Luana: Cala a boca, dumbo! - Falou brava comigo.- Você quer ver seu sobrinho? - Olhou pro Goiaba, e a Ana sentou do lado dele.

Goiaba: Eu quero, mas só porque o moleque deve tá querendo me ver, ouvi ele pedindo quando entrei.- Neguei com a cabeça rindo e a Luana pegou ele da cadeirinha que ele tava.

Ela sentou do lado do Goiaba com o Jorge no colo e ele abriu um sorriso de canto a canto, igual uma criança. Ele não conseguia segurar o moleque ainda, na verdade não conseguia fazer muito movimento, mas a Luana aproximou o molequinho e o Goiaba beijou a cabeça dele todo orgulhoso.

Orelha: Mas conta aí agora, qual a boa.- Falei curioso, olhando pra Andressa.

Andressa: Eu tô grávida.- Falou de cara fazendo geral ficar em silêncio.- E eu só queria dar a notícia com todos vocês juntos.

Luana: Tá grávida mesmo? - Falou animada.

Andressa confirmou com a cabeça e eu abri maior sorrisão, Coronel beijou a cabeça dela e o Gaspar foi o primeiro a abraçar ela. Os dois passaram uns minutos falando algum bagulho enquanto ele abraçava ela e ela sorria escutando, Luana colocou Jorge na cadeirinha e pulo no colo da Andressa.

Orelha: Eu falei menor, essa orelha aqui nunca falha.- Falei me levantando pra abraçar ela que riu. 

Andressa: Se você estragasse a emoção da coisa, eu já te proibir de chegar perto.- Falou me abraçando e eu beijei a testa dela, Andressa sorriu e eu me afastei, abraçando o Coronel.

Goiaba: Caralho Andressinha, tu é pica mermo.- Ela se aproximou dele e agachou, Goiaba beijou a bochecha dela e sorriu.- Vem ai uma bandida pra fazer o coração do menor Jorge sofrer.

Coronel: Começa com esses caralho não filho, vim falar que vai ser uma menina com esses papos vou expulsar maneiro! - Falou apontando e eu soltei uma risada.

Orelha: Que isso, não vivia de gabando dizendo que ia ter filho moleque pra macetar geral? Peixe morre pela boca mermo.- Falei gastando ele.

Gaspar: Meu filhão já é o pica de mel.- Falou rindo.

Ana: Gente.- Falou soltando da Andressa e geral olhou pra ela.- Não são vocês?!

Coronel: Caralho...- Falou assim que a gente olhou pra televisão.

O rosto de nós quatro estava estampado na mídia como bandido de alta periculosidade, eu abri maior olhão vendo nossas fotos ali e os moleques da mesma forma, geral desacreditado do que tava vendo ali.

Eu me sentei no sofá sentindo o peso desses bagulhos caindo sobre a gente e na minha mente só veio uma pessoa, até as idades tavam botando no bagulho e eu sabia que a única pessoa que teria coragem de denunciar a gente agora era a Carina.

Orelha; Felicidades, mana! - Falei me levantando depois de ver ele bagulho e olhei pra Andressa.- Cuida bem do bebê, quero o melhor acompanhamento por ele ein!

Andressa: Aonde você vai? - Falou sem entender e eu fui saindo.

Orelha: Eu vou atrás da puta da Carina e só volto depois de colocar ela no inferno, nem que pra isso eu vá junto! - Falei abrindo a porta e tirando a pistola da cintura.

Eu tava cego de ódio, tava disposto a rodar o Rio de janeiro da cabeça aos pés até encontrar. Nem que eu precisasse ir de casa em casa, eu ia matar aquela filha da puta! Escutei os moleques tudo me chamando e quando eu fui saindo na moto eles apareceram atrás, mas não dei espaço pra eles e fui atrás de arma, era um bagulho que eu precisava resolver sozinho.

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