Orelha 🦅
Depois de dividir os moleque para irem atrás do Coronel, voltei pra casa vendo que a Luana tentava acalmar o Jorge que tava chorando, e o Goiaba falava no raidinho, tava geral na sala já.
Goiaba: E aí irmão? Decidiu o que? - Falou me olhando.- Troquei ideia com o chefe do comando, ele falou que dependendo da ideia libera um moleques dele pra ir nessa guerra com a gente.
Orelha: Boa.- Falei passando a mão na cabeça.- A Carina é a única que pode ajudar ou atrapalhar tudo. Tem que decidir cara...
Andressa: Primeiro bagulho que não tem condições de deixar ela sair por aí, se o plano ela era ser pega, porque o Fábio vai acreditar que ela fugiu? - Negou.
Goiaba: Andressa tá certa, mas esse moleque que ela falou, ela pode encontrar com ele fora do morro, longe da vista.- Passei a mão na cabeça com o Jorge chorando.
Orelha: O que ele tem, cara? - Apontei.
Luana: Provavelmente cólica.- Falou respirando fundo.
Andressa: E se você pegasse a criança que tanto fala? - Falou baixo e todo mundo encarou ela.
Goiaba: Pô mano, aliás sobre isso. Acho isso errado pra caralho, maior erro que sai da tua boca...- Falou gesticulando.- Não é bagulho nosso, não é o que o Coronel ache maneiro de fazer, nem ele nem o Gaspar.
Luana: Mas não é pra fazer nada com a criança, só uma garantia...- Falou balançando o Jorge.
Goiaba: Se te tirassem o Jorge, tu ia achar maneiro? Como "garantia.".- Debochou.- De um bagulho que tu não tem nada a ver? Se liga, vocês duas.
Andressa: Mas eu não tô cogitando arrancar o moleque da mãe, traz os dois. Deixa confortável e seguro, só um incentivo pra Carina fazer o certo.
Orelha: E se ela não fizer? Mesmo com o moleque aqui? Eu vou mandar matar eles? - Questionei.
Ana: Um de vocês podem ir com ela, pra garantir que ela faça o certo. Vocês trazem o bebê e a mãe pra cá, mas tem que ser pulso firme pra ela acreditar que realmente eles podem se machucar. Com alguém junto dela e toda pressão, ela pode fazer o certo.
Orelha: Tá foda pra gente sair Aninha, polícia deve tá na nossa cola, inimigo, tá tudo contra a gente agora. O bagulho é achar uns moleques de confiança, mas eu não queria que isso se espalhasse por aí...- Falei olhando pro Jorge, estendi os braços e a Luana me deu ele que ainda chorava pra caralho.
Luana: É arriscado pra qualquer um de nós, ela pode levar direto pra uma armadilha.- Falou com a Ana.- O jeito vai ser confiar e fazer o que a Ana falou, fingir bem pra caralho.
Orelha: Vou buscar a Vanessa e o menor então.- Falei devolvendo o moleque que já tava mais calmo.- Comanda daqui busca pelo Coronel, e manda moleque continuar procurando pelo Gaspar.
Goiaba confirmou com a cabeça e eu saí de novo, minha mente não parava por um segundo, eu tava pensando em mil bagulhos e ao mermo tempo não tava conseguindo pensar em nada.
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Estilo vagabundo.
Teen FictionHistória do Orelha. Quarta e última temporada de "lance criminoso." Desde novinho cresceu vendo coisas erradas, vivendo num mundo torto, cheio de ideias tortas. Aprendeu ter o coração grande, talvez grande demais ao ponto de ser incapaz de amar só...