Estilo vagabundo.

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Andressa 🍭

Sai do banheiro enrolada na toalha e vesti minha roupa, fiquei alguns segundos me olhando no espelho até alguém entrar, olhei pra trás vendo o Coronel e ele soltou um sorrisinho de lado, me fazendo abraçar ele.

Andressa: Agora toda vez que você se distancia, eu fico com medo do que pode acontecer.- Falei com a voz abafada pelo pescoço dele.

Coronel: Qual foi, tô sempre por perto.- Fez carinho no meu cabelo e eu continuei deitada em seu ombro, fazendo ele ficar em silêncio por longos segundos.- Ficou bolada com o bagulho de Beatriz?

Andressa: Eu não me preocupo com traição sua porque eu sei que você entende muito bem o que vai perder.- Falei escutando ele soltando uma risada.- Só tô carente de colo.

Coronel: Deixa eu tomar banho que fico com você.- Falou me soltando devagar.- Ana me falou que tu não comeu nada, qual é?

Andressa: Perdi a fome.- Me sentei na cama, passando a mão pelo meu cabelo.

Coronel: Depois do banho, a gente como algum bagulho junto e deita, jae?! - Concordei com a cabeça, vendo ele entrar no banheiro e peguei mina toalha da cama, abrindo a porta.

Escutei o choro do Jorge vindo do quarto da frente e bati na porta, colocando a toalha no ombro e abrindo a porta, Gaspar tentava trocar a fralda do filho enquanto a Luana provavelmente tomava banho nem aí pra nada, pela cantoria no banheiro e eu soltei uma risada.

Gaspar: Caralho, maluco é pique ninja. Não para quieto.- Falou tirando a fralda suja.

Andressa: Claro, você tá aí demorando pra trocar ele, ele se incomoda.- Sentei do lado do Jorge.

Gaspar: Chegou agora e acha que é assim, vê só filho.- Falou passando o lenço umedecido nele.

Eu passei a mão pela barriga dele e o Gaspar ia colocar a fralda ai contrário, chamei atenção dele e ele ajeitou, coçando a cabeça ao terminar.

Gaspar: E ai? Sua falsa, ele ainda tá chorando.- Falou jogando as coisas no lixo e eu tirei o Jorge da cama, colocando no meu colo.

Andressa: Agora ele precisa de um mimo, até dormir.- Falei balançando ele devagarinho e o Gaspar colocou a mão na cintura.

Gaspar: Agora que ele tá limpo tu quer né?! Malandra.- Falou me olhando e eu revirei os olhos.- Tu acha que vai se moleque ou menina?

Andressa: Sinceramente acho que vai ser uma menina, porém não sei o que vai me deixar mais maluca. Uma menina com a minha personalidade, ou um menino com a do Coronel. Eu tenho certeza que vou ficar maluca.- Gaspar sorriu, sentando do meu lado.

Gaspar: Jorginho é pique a mãe, todo carente de colo e tal. Mas tem a cara de brabo do pai.- Olhei pra ele que tava mais quietinho, porém ainda se mexia sem parar.

Andressa: Vamos ver quando ele crescer, tomara que puxe a Luana.- Brinquei.- Toma, eu vou procurar algo pra comer.

Gaspar: Come besteira não ein cara, aprende com a Luana.- Beijou minha testa, pegando o Jorge.

Sai do quarto fechando a porta e fui estender a minha toalha, voltei pra sala e vi o Orelha e Goiaba jogando, e a Ana na cozinha bebendo água. Fui na cozinha e ela me olhou, me fazendo dar um leve sorriso.

Andressa: Maneiro que sua experiência tá sendo com todo mundo junto numa casa só, assim nem precisa se esforçar pra conhecer.- Brinquei abrindo a geladeira.

Ana: Achei incrível que esses dias todo não saiu uma briga dessa casa, achei que em uma hora de todos vocês juntos, essa casa ia desmoronar.- Sorriu fraco.

Andressa: Não comemora, só não rolou porque a cabeça de todo mundo tá longe, mas na primeira oportunidade...- Fiz cara de sofrimento e ela negou com a cabeça.- E essa cara aí? Tá preocupada com o que?

Ana: Você acha que isso acabou? Eles pegaram o tal Fábio, a Carina também e pronto. Final feliz?! - Falou baixo, olhando pra mim.

Andressa: Isso nunca vai acabar, acho que o caôs todo começou agora. Eles foram expostos nos jornais, vai ter tanta gente querendo matar eles, tanta briga de morro ainda vem...- Me sentei.- Não é fácil, amiga.

Ana: Eu sei, mas seria legal se tudo tivesse tomado um rumo, né?! Goiaba me falou que tá passando cada segundo preocupado com o que vem ai, isso me deixa tão angustiada quando. O medo de perder alguém é sufocante.

Andressa: Eu te entendo bem.- Olhei pro chão.- Mas vai ficar tudo bem, uma hora tem que ficar...

Ana: Inclusive obrigada por me acolher tão bem, todos vocês...- Falou colocando o copo na pia e parou do meu lado, beijando minha cabeça.

Andressa: Você faz parte da família agora.- Ela sorriu passando por mim e eu deitei a cabeça na mesa.

Fiquei pensando por alguns segundos até sentir uma mão gelada no meu pescoço, levantei a cabeça me encolhendo e o Coronel beijou minha cabeça. Pedi pra ele tirar a comida da geladeira e ele foi esquentar pra gente, enquanto eu esperei meu empregado me servir.