Você Está Bêbada...

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Sem correção.
Desculpem pelo atraso do capítulo.

A neve caía mansamente, no início da noitinha enquanto voltavam para casa.
Tinham almoçado, os três, num pequeno restaurante e de repente, durante a refeição, tornou-se para Cindy, a coisa mais natural do mundo estar sentada ali a frente de William, conversando banalidades ou rindo de alguma observação esperta do filho.Era como se a vida inteira tivesse sido daquela forma. Como se os dias do acampamento ainda existissem.
Depois da visita à escola, levaram Noah para fazer lanche.
O bom humor deles perdurou o resto da tarde entre cafés, grandes xícaras de chocolates quentes e brinquedos de uma praça num shopping. Era maravilhoso sentir-se próxima dele, tão à vontade em sua companhia. Era extraordinariamente bom notar que ele também se sentia assim.

Agora, com o nariz grudado no vidro da porta traseira do carro luxuoso, Noah ia contando em voz baixa, sonolento, quantas figuras de Papais Noéis tinham nas fachadas das lojas que ele via. Uma meta que traçou para o caminho da volta à mansão e pelo que parecia não ia conseguir cumprir, vencido pelo cansaço da tarde.
__ Essa já é a de número vinte. Ou será a vinte e um?... Acho que me perdi...Você sabe mamãe?- indagou com uma moleza na voz sem tirar os olhos das lojas.

__ Felizmente, eu estou contando, querido! O último cartaz com Papai Noel que passamos é o de número vinte e um. Continue daí, está bem?

__ Sim... Vinte e um...vinte e dois... Os pequenos também valem, mamãe?

__ Se estão nas vitrines, valem.

__ Vinte e dois...vinte e dois....- ele repetia do seu jeito infantil para não perder a contagem para o sono.

William afastou a atenção por um segundo da rua e olhando, rapidamente, para Cindy,  sorriu. O rosto dela estava rosado devido ao ar quente do interior do carro e os incríveis olhos violetas iluminados de satisfação. Por um momento, ela ficou parada, olhando-o fixamente, depois balançou a cabeça e sorriu também, explicando:
__ Para ele a vida é formada por números. Acho que isso não é muito estranho para você, não é?

__ Acho que não. É incrível com ele consegue se concentrar, assimilar os assuntos e fazer correlações com o a matemática. Não lembro de de ter sido assim na idade dele.

Ela girou, levemente, o pescoço observando que o filho tinha acabado de perder a batalha para Morfeu, comentando:

__ Sempre foi assim. Recebia muitas elogios da sua professora quando ia às reuniões. Ele já lhe contou, com orgulho, que sabe a tabuada?

__ No nosso primeiro encontro.- informou.__ O que achou da escola?

__ Antes de mais nada quero dizer que você tinha toda a razão quando a escolheu. A metodologia de ensino é moderna e as instalações são perfeitas.

__ Não foi uma atitude muito sábia da minha parte não ter deixado para vermos isso juntos, e nem foi para demonstrar que eu estava no comando da situação que decidi sozinho. - William explicou com humildade.

__ Tudo bem, eu entendi que só queria o melhor para ele. No entanto, serviu de lição.

Ele assentiu, balançando a cabeça, informando que a didática havia surtido efeito.
__ Nunca, jamais, em tempo algum tomar decisões que envolvam a vida de nosso filho sozinho.

__ Ótimo!- ela sorriu satisfeita.__ Também farei o mesmo. Prometo sempre levar em conta o que você pensa.

__ Que bom que entramos num consenso.- apertou a mão sobre a dela, num gesto quase amoroso.
Os olhos dela baixaram e se não fosse por Elisabeth tudo estaria perfeito, ela pensou,  achando prudente retirar o toque dele mudando de assunto.

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