Um Amor Para Jason?

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Sem correção.
Postando dois capítulos para compensar o atraso.
Queria ter chegado até a surpresa que vai virar a vida de Elisabeth de cabeça para baixo, mas não consegui.

William olhou para o relógio na sala de reuniões, que já marcava nove e meia da noite e  finalizou o seu último compromisso daquela semana. Depois de sete dias e mais de 10 horas de vôo, tinha regressado de Istambul, no final daquela sexta-feira. Embora morrendo de saudades do filho e de Cindy, ainda tivera que ir do aeroporto, direto para uma reunião de emergência no escritório. No entanto, pedira a Srta Abigail que avisasse a noiva que não o esperasse para o jantar.

No carro agora, exausto e em silêncio, revirava o envelope fechado com o resultado do espermograma, que o laboratório havia enviado naquela manhã para o seu escritório. Estava em dúvida entre abri-lo ou não, e mal sintetizava as palavras do motorista que tentava puxar uma conversa sobre o trânsito intenso. Pensou que o melhor seria deixar a cargo de Cindy a decisão de querer ou não saber o resultado. Para ele, aquele exame não definia o quanto de amor nutria por ela ou o rumo da relação deles.

Já em casa, subiu as escadas, aliviando o nó da gravata.
Naquele momento, só queria entrar no quarto, poder abraçar e fazer amor com a mulher amada. Mas encontrou-a rendida ao sono, sobre a cama com o corpinho de Noah aconchegado em seus braços.
Silencioso, ele largou a pasta e a gravata em cima de uma poltrona e pôs o envelope sobre a mesinha de cabeceira. Delicadamente, retirou o filho do calor do corpo da mãe.
"Sinto muito seu folgadinho, mas hoje essa mulher é minha.", pensou, emitindo um leve sorriso por ver os dois bem. Ela se revolveu na cama e abraçou o travesseiro suspirando, sem notar a presença dele e logo voltou a manter a respiração cadenciada, indicando que dormia profundamente.

Andou devagar,  implorando para a criança não acordar, mas as suas pálpebras começaram a se agitar e Noah em seus braços abriu os olhinhos sonolentos. Pediu com seu modo infantil enquanto o pai seguia pelo corredor.

__ Quero dormir com a mamãe...

__ Eu ficarei com você na cama, pode ser?- indagou baixinho.
O garotinho assentiu, logo voltando a fechar os olhos.
Ultimamente, o filho andava exigindo a companhia da mãe para qualquer coisa que fosse fazer, o que William entendia bem. E embora ainda não tivessem contado a ele que em breve haveria um novo morador na casa, inconscientemente, Noah pressentia que teria de dividir uma parte da atenção dos pais com a nova vida que crescia dentro de Cindy. 
__ Onde você estava?- o garotinho indagou com voz manhosa assim que foi ajeitado sobre o colchão.

__ Estava viajando a trabalho.

__ Trouxe presente?

__ Claro. Mas ele está lá embaixo na sala. É tarde, volte a dormir. - pediu, ajeitando o próprio corpo ao lado do filho na cama estreita.

__ Não gosto mais dela. - disse sonolento.

__ De quem, querido?

__ Da minha mamadeira. Olívia disse que só bebês usam uma para tomarem leite. Ela tem um copo com um canudinho.

William sorriu embevecido com a confissão.
__ Vamos providenciar um copo como o da Olívia amanhã mesmo. Agora, durma.

__ Fechou os olhos, papai? - indagou ele, com os olhinhos fechados.

__ Fechei - murmurou William confortado pela respiração cadenciada da filho.
Aconchegou-se mais ao corpinho de Noah. Um perfume gostoso de xampu infantil lhe penetrou as narinas e mesmo com o cansaço  ameaçando pegá-lo, se recusou a sucumbir. Estava com uma saudade imensa de Cindy. Queria fazer amor com ela e quando o dia clareasse queria ter o seu corpo esguio e suas pernas entrelaçadas na sua cintura novamente antes do café manhã. Em poucos minutos, o filho dormiu profundamente e com todo o cuidado William deixou a cama e saindo fechou a porta atrás de si.
Tomou um banho rápido e enfiou-se nu debaixo do edredom, a puxando para moldá-la junto a si, beijando a curvatura de seu pescoço.
O toque, o perfume e o calor do corpo dele a despertaram.
__ Will...diga que não estou sonhando...- ela sorriu sonolenta.

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